segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

BUSCANDO O VERDADEIRO PARAÍSO (1)

                       
“...Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”  (Lucas 23:43)
INTRODUÇÃO:
       Essa promessa do Senhor Jesus ao ladrão convertido deve nos chamar nossa atenção para o fato que há um paraíso além deste mundo. É bem provável que fixamos nossa atenção sempre na conversão do ladrão e que nos atinamos para esse detalhe. Mas o fato é que estamos tão mergulhados neste sistema mundano de vida que nem sequer meditamos que há um paraíso para os salvos após a morte. É claro que não há palavras humanas que podem descrever as perfeições daquele lugar para onde milhares de santos já foram e que outros milhares que aqui estão aguardam sua entrada lá. Notamos bem que nosso Senhor não tinha intenção de melhorar a condição daquela alma convertida aqui neste mundo; não tinha a intenção de livrá-lo da angústia da morte física. A salvação promete a excelência da eternidade; a salvação anula os efeitos dominadores deste mundo e seu fascínio que exerce na alma aqui. O que o Senhor promete vai infinitamente além de qualquer pensamento humano.
        Então, diante dessa promessa do Senhor em levar aquele convertido para o paraíso, nossa atenção deve estar voltada para as seguintes conclusões: A primeira é que tem um paraíso após a morte. Isso significa que enquanto estivermos aqui neste vale de dor e da sombra da morte, jamais homem algum conhecerá o verdadeiro significado do que é um paraíso. Não há dúvida que foi por causa dessa promessa tão preciosa que os santos que já morreram tanto aguardavam com ansiedade a sua chegada a esse lugar; homens e mulheres resolveram pela fé recusar este mundo com seus confortos e promessas vãs, a fim de aguarda o momento certo de ir para o lugar que está além desta vida aqui. Foi por essa razão que homens santos de Deus encararam a morte como sendo ela um veículo que lhes transportaria deste vale para o lugar eterno.
        Isso significa que não há qualquer promessa do Senhor, a fim de que os crentes busquem um paraíso aqui, porque não há qualquer possibilidade de que isso venha a acontecer. Nosso paraíso aqui é somente experimentado quando andamos com Deus; só desfrutamos dessas delícias quando realmente desfrutamos da amizade do Senhor, de sua presença, do seu conforto e consolo. Enquanto os crentes estiverem olhando para este mundo, mirando nele suas riquezas, prazeres e amizades, eis que vão enfrentar o que realmente significa a perversidade deste sistema. Satanás não oferece nada, sem que mais tarde venha a cobrar caro. Os homens no pecado morrem de amores por esse suposto paraíso terreno e acreditam no íntimo que mesmo após a morte hão de desfrutar dele.
        Em segundo lugar, vemos que os homens anseiam fazer deste mundo um paraíso; que eles trabalham arduamente para isso. Aliás, a vida consiste de sentir bem, de buscar felicidade, satisfação, paz, alegria e conforto. Os homens entram neste mundo tendo em vista achar tudo isso. Notamos a atitude do outro ladrão, porque ele viu Jesus pendurado na cruz como alguém que lhe possibilitaria uma vida melhor aqui. Ele não podia conceber um salvador pendurado na cruz como ele estava. Seus pensamentos giravam em torno de um salvador que lhe tiraria da cruz e que o levaria de volta à sua vida aqui. Mesmo diante da morte, ele queria voltar atrás, queria descer da cruz e queria ser um vitorioso em seu anseio de obter o mundo.
        E em terceiro lugar, o fato que há um paraíso após a morte, deve ser a causa para que pecadores venham a se converter a Cristo. Quando homens descobrem os embustes deste mundo, então eles podem correr para as promessas divinas. Cristo veio ao mundo buscar perdidos; ele não veio salvá-los para deixa-los aqui, mas sim para leva-los purificados pelo sangue e santificados, a fim de gozar as delícias eternas com ele no paraíso.

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