“...Em
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:43)
O
PARAÍSO – UM FATO.
O que devemos esperar de um paraíso aqui
na terra? É claro que devemos esperar que tenha as características que diferem
de um paraíso tão buscado pelos homens aqui. A primeira de todas é que deve
haver a presença do criador e a comunhão dos homens com ele. Sem a presença de
Deus, sem sua face graciosa e benevolente, não pode haver paraíso. Aliás, o
paraíso tão buscado pelos homens aqui, realmente torna-se um lugar de extremo
perigo, porque é uma invasão na propriedade de Deus, sem que ele autorize. É
como se alguém entrasse em minha casa sem que eu estivesse presente, a fim de
usufruir daquilo que pertence a mim e minha família. Notamos que Enoque andou
com Deus num período de relativa prosperidade e de um mundo com elementos
prazerosos. Mas, como um genuíno crente, Enoque optou por andar com Deus,
porque para ele não há felicidade aqui sem a presença do Senhor.
Posso adicionar o fato que para haver um
paraíso aqui deve ter da parte da criatura ausência de toda e qualquer
rebelião. Deve haver paz entre os homens e entre os animais. Não deve haver
nada que ameace a vida, trazendo morte, dor, doenças, desamparo e ódio. Se os
homens querem fazer da terra um lugar de conforto, paz, prosperidade e
segurança, então a harmonia deve brotar de seus corações; os animais devem ver
os homens não como ameaça, nem como fonte de alimento, mas sim elementos que
utilizam a criação como fonte de inspiração para adorar a Deus e mostrar sinais
de bondade, respeito e maturidade.
Outro detalhe é que se pode haver um
paraíso terrestre, seria não ter a presença da morte. Ela é a fera imbatível,
que aparece para arrancar toda esperança e lamber a inútil existência dos
homens aqui. Então, se a morte estiver presente é impossível criar um paraíso
aqui, assim como é impossível viver tranquilo numa casa, sabendo que há ali uma
cascavel escondida. Sendo assim, a morte deve ser destruída, se é que os homens
desejam fazer da terra seu lugar paradisíaco. Aliás, a prioridade deve ser extinguir
a morte; as nações devem lutar e se inspirar em aniquilar esse poder que
desafia a riqueza, a cultura e a força, se é que querem ser felizes e seguros
aqui. Outro detalhe é que um paraíso deve ser um lugar de pureza física, mental
e espiritual. Não pode haver nada de sujeira, consciência culpada, ódio,
inveja, vingança, assassinatos, e outras atividades semelhantes, as quais fazem
parte deste mundo. Deve ser um lugar onde reina confiança mútua, onde nada há
de malícia e outras maldades.
Diante desses desafios, podem os homens
construir neste mundo um império do bem? Podem erigir um lugar onde todos
querem viver para sempre? Podem os homens trabalhar para varrer deste planeta
todo mal? Há possibilidade de anular as atividades de satanás? Afinal, ele é
chamado de deus, de príncipe e outros nomes ligados à suas atividades. Quando o
Senhor em sua graça levou o ladrão para além deste véu terrestre, é porque ele
estava anulando qualquer esperança que homens e mulheres podem ter nesta vida
presente. Ele prometeu aos discípulos que iria preparar lugar para eles na casa
do pai (João 14). O grande Deus já decretou o que irá fazer com esse planeta e
até mesmo com os céus que agora existem. Tudo será destruído pelo fogo. A praga
do pecado deve ser extinta para sempre; as injustiças devem ser arrancadas cem
por cento pela raiz. Incrível, mas essa visão que temos do céu e da terra, os
quais revelam a glória de Deus, toda ela será aniquilada.
Sendo assim, vemos como é inútil as
lutas dos homens e das nações. Em Jeremias o Senhor declara que as nações
trabalham para o fogo, lutam para o nada, tudo porque estão trabalhando como
cegos, como funcionários do diabo, a fim de vigorar as fantasias do pai da
mentira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário