A VERDADEIRA FÉ DE UM HOMEM: “Eu, porém...”.
Não há algo mais glorioso a ser visto
neste mundo do que a fé. Nós vivemos no meio da incredulidade, e para Deus não
há algo mais detestável do que um coração que não crê. Nunca o Senhor
simpatizou-se com a incredulidade; nunca o Senhor teve dó daqueles que recuaram
por não crê; nunca haverá qualquer premiação para as atividades do incrédulo,
daquele que desconfia de Deus. Em nossos dias são pouquíssimos os que realmente
creem em plena confiança no Senhor.
Olhando do ponto de vista negativo, digo
e afirmo que a fé verdadeira não é mostrada por lampejos dos sentimentos, como
vemos em nossos dias homens e mulheres declarando que têm fé em Deus. Fé
verdadeira não é atitude de desafiar Deus, achando que ele é impelido pelas
ordens dos homens, como se fosse ele um serviçal à disposição daqueles que
simplesmente dá ordens. Que somos nós? Podemos dá ordens a Deus? Podemos nós
mandar que ele faça acontecer aquilo que nós queremos que aconteça? Claro que
não! A fé bíblica é simples, cheia de temor e que diante de Deus se enxerga como
sendo nada. Foi assim que Abraão se viu diante da majestade que estava perante
sua face em forma humana (Gênesis 18). O Senhor estava determinado a destruir
Sodoma e Gomorra, por essa razão enviou os dois anjos para lá. Foi então que
Abraão sentiu-se movido de compaixão por seu sobrinho Ló e passou a interceder
por ele e pela família. Mas aquele homem de Deus sentiu-se tão miserável e aproximou
de Deus com suas petições, não de forma atrevida, mas humilhante.
Creio que a fé verdadeira se destaca nas
Escrituras como uma atitude de plena confiança em Deus, porque conhece Deus
segundo suas revelações. Quando Moisés intercedeu em favor do povo rebelde que
fizera o bezerro de ouro, eis que ele mostrou ser um conhecedor profundo do
Deus de Abraão, por essa razão não hesitou em se prostrar perante o Senhor e
assim rogar pelo seu povo. Realmente carecemos hoje de homens e mulheres assim,
os quais sabem em quem confiam; que conhecem bem o Deus invisível e que correm
para ele fundamentados em suas promessas. Ora, o mundo não pode entender as
atividades da fé cristã. Como pode um
homem confiar naquilo que não vê? Como pode homens erguer suas vozes e suplicar
o favor de um Deus que simplesmente prometeu responder as orações daqueles que
nele confiam?
Mas Miquéias mostrou ser esse homem de
fé, alguém que estava firmado nas promessas do Senhor. Encaremos o que o texto
diz? “Eu, porém...”. O que vemos é que alguém determinou agir de forma diferente;
alguém resolveu não seguir os padrões adotados pela multidão; alguém resolveu
ser diferente, não por causa de personalidade, mas sim porque conhecia seu Deus
e sabia bem que podia confiar nele. Não estamos precisando disso em nossos
dias? Estamos vivendo em dias de profunda confiança no homem; muitos são os que
se afastam diante da gigantesca onda de apostasia e maldade que imperam neste
mundo. Precisamos de homens e mulheres que creem no Senhor e que estão
determinados a firmar a fé na graça e não se afastar. Precisamos de homens e
mulheres que não são abalados diante dessa luta incessante do diabo e do mundo
para destruir a fé cristã e assim firmar o mundo na maldade e na impiedade.
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