“Há caminho que ao
homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Provérbios 14:12)
O CAMINHO APARENTEMENTE DIREITO.
Amado leitor, temos perante nossos olhos
outra maneira de encarar o caminho, porque o caminho pode parecer, também, aparentemente
direito. E eu creio que é nesse ponto que muitos se perdem, porque o engano
aparece exatamente onde tudo é belo aos olhos dos homens.
Primeiramente vemos que é feita uma
avaliação pelo próprio homem: “ao homem...”. Conheci e conheço pessoas que
avaliam a vida do seu ponto de vista, mediante o que ele pensa ou sente.
Especialmente em nossos dias esse critério tem sido muito usado por aqueles que
buscam um modo religioso de viver. Muitos dizem: “Nada vejo de errado”, ou “Deus
tem me abençoado”, ou “estou me sentindo bem”, etc. Mas não foi assim com o
povo da pequena cidade de Laís? (Juízes 18). Pois é, aquele povo se sentia
seguro e nada havia de perigo ao derredor, segundo o que eles asseguravam. Mas
eles nem sequer imaginavam que as assolações estavam pertos e que suas vidas
estavam ameaçadas pela ira de Deus, conforme o relato de Juízes 18.
Os homens costumam avaliar seus caminhos
à luz da sua própria opinião, seguindo os preceitos do seu próprio coração, mas
eles nem percebem que estão caminhando por lugares escorregadios e inseguros.
Por quê? Porque não baseado em algo documentado. Eles estão sendo sábios aos
seus próprios olhos; falta neles o temor ao Senhor, por isso andam sozinhos e
no íntimo afirmam que estão certos, e que no final tudo terminará bem. Milhares
se assentam em sua religião e dizem que estão bem, e até mesmo afirmam que Deus
os tem abençoado muito. Conheço alguns que vivem em seus pecados e ainda querem
orar para sentir que nada há de errado em suas vidas.
Mas quero aqui mostrar que tais caminhos
parecem direito aos olhos deles, mas não aos olhos de Deus. Digo que é tudo
feito à luz da situação presente, e é aí que o pecado mostra sua sutileza. Os
homens pensam que a vida é maravilhosa enquanto estiverem sentindo de perto os
raios do sol brilhando e que nada os perturba; que estão com saúde, que podem
andar, passear, ter amigos, ter comida e bens. Que caminho perigoso e letal!
Também, muitos avaliam seus caminhos à
luz das suas emoções. Aliás, a religião dos sentimentos tem crescido muito em nossos
dias. Satanás tem feito com que os homens não pensem, e eles até mesmo evitam
pensar. Por essa razão a saudação mais comum hoje é a mesma que os falsos
profetas tinham em suas bocas: “Paz, paz”. Eles não querem conflitos, não
querem pensar; não querem saber se o conteúdo do viver tem veneno; não querem
discutir opinião; para eles todos estão certos, porque é assim que devemos
proceder numa democracia. Tudo hoje funciona como “parede de proteção” contra
tudo o que é absoluto. No viver social estão solidários com todo tipo de
pecado; na religião estão todos curvados à uma divindade que não os leva a
pensar, mas apenas a sentir. As músicas são feitas com a intenção de evitar
confronto com a verdade.
Ora, esse caminho é belo, lindo,
encantador e admirável ao gosto dos homens. Ele parece ser direito e ninguém
pode se opor a ele. É lindo e parece ser direito, mas seu final dará em
caminhos de morte. Homens e mulheres sem uma fé documentada, são como navios à
deriva num mar revoltoso; são como cegos circulando à beira de um precipício;
são loucos que pensam que são sábios. Eles podem exaltar a fé deles; eles podem
saltitar de alegria e dançar à luz das suas emoções, mas nada percebem que
estão caminhando para os perigos eternos e que a falsa paz será mudada em
terror, a qualquer momento.
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