“Assim,
pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a
eleição da graça” (Romanos 11:5).
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, eu sei que ao tratar de um
tema como esse, é inevitável que a oposição ferrenha se manifeste com desdém.
Muitos lutam para silenciar a doutrina da eleição, justamente porque ela chega
para anular a abominável atuação da carne; ela chega para mostrar que Deus é
soberano em todos os detalhes, não somente de Seu governo no céu e na terra,
como também em todos os detalhes da salvação. É claro que o humanismo está
solto e toda sua ferocidade aparece com sofismas, criando fortalezas e tentando
assim tapar a boca daqueles que foram chamados para pregar com intrepidez toda
verdade.
Caro leitor, a eleição é o próprio
evangelho; Paulo tomou esse tema para exibir o fato que a mensagem é feita do
puro ouro de Ofir; que tudo foi talhado na eternidade; que tudo foi providenciado
segundo o conselho do Deus triuno; que nada veio da disposição do homem, porque
todo seu ânimo não foi para buscar Deus, nem como criador, nem como o Salvador.
Sendo assim, um evangelho onde esse assunto é arrancado como se fosse um
elemento estranho, na realidade torna-se um evangelho anátema – amaldiçoado por
Deus (Gálatas 1:6).
Então caro leitor, entender eleição
conforme as Escrituras nos ensinam, realmente é entrar na sala de aula da
graça; é penetrar na santa faculdade onde o professor é o Espírito da glória, o
único quem pode nos ensinar a esse respeito. Facilmente a natureza adâmica pode
entender do humanismo, mesmo sob uma fachada de evangélico. Não precisamos orar
para entender esse evangelho atual, porque os homens fabricaram com suas
habilidades isso que eles chamam de evangelho e pintaram das cores da opinião
humanista; lixaram com o “verniz” da sabedoria humana e puseram um gostoso
petisco nele, a fim de atrair a “boa vontade” dos homens.
Oh! Meu caro amigo não tente empurrar
esse tema para seus arquivos mortos, pois o assunto foi claramente propagado
pelo Senhor Jesus: “E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca
de todos os que me deu; pelo contrário, eu o ressuscitarei no último dia” (João
6:39). Não tente argumentar dizendo que é um assunto de mais de mil anos de discussão,
porque a pura verdade é atacada por milhares de inimigos, os quais sempre quiseram
silenciar a verdade.
Qual é o alvo do evangelho? Não é a
glória de Deus? Claro! Qual é o alvo desse evangelho humanista? Não é a glória
do homem? É claro que onde Deus é glorificado, e o homem por sua vez é
humilhado, por isso a doutrina da eleição leva os homens à humilhação, porque
ele fica sabendo que a decisão não parte dele, mas sim de Deus. Não adianta
declarar que estou arrancando a responsabilidade do homem, porque a verdade
atinge a responsabilidade individual que é humilhar-se perante Deus.
Mas, por outro lado, a doutrina da
eleição é a base segura e certa para que homens e mulheres humilhados sejam
elevados à dignidade de verdadeiros homens e mulheres, segundo o molde do
perfeito Homem – o Senhor Jesus. Então, por que essa rejeição à essa verdade
tão revestida de glória? É o medo de perder pessoas na sua igreja? É o medo de
ficar só? É o medo de não ver resultados acontecendo? É o medo de não estar
seguramente salvo?
Mas, aquilo que parece ser negativo, na
realidade é justamente o modo como a graça opera. Quando o homem vê sua própria
desgraça e indignidade, eis que é o momento certo da atuação de Deus. Se
desvencilharmos dessa verdade, certamente teremos a aprovação de satanás,
porque este ser é habilidoso para elevar com dolo a suposta dignidade e livre
vontade do homem, cujo coração é enganoso e desesperadamente corrupto (Jeremias
17:9).
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