“Por isso quem crê no
Filho tem a vida eterna. O que, todavia se mantém rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36).
A
AUTENTICIDADE DA GENUINA FÉ: “...quem crê no Filho...”.
Amado leitor, visto que estamos
presenciando os dias mais terríveis, de apostasia e de planos diabólicas para
confundir a nossa fé, não há dúvidas de que é de vital importância que
examinemos à luz da Bíblia a diferença entre a fé verdadeira e a falsa fé.
Precisamos saber que há a fé natural, a fé que crê em Deus, mas que jamais
confessa ao Senhor; a fé que busca sinais e maravilhas, a mesma que habitava
nos corações incrédulos dos judeus; a mesma que nada diferencia da fé que os
demônios têm, conforme Tiago fala em sua carta (2:19).
Cuidemos porque Satanás é o principal
articulador dessa fé, e é claro que ele pode encher igrejas de pessoas que
creem naturalmente, creem como qualquer outro pode crer, mas que em nada opera
de diferença na maneira de viver. A fé verdadeira tem asas de águias (Isaías
40:39), por isso avança, espera, confia e é perseverante. A fé genuína não tem
a assinatura de Deus no coração, ela é apenas a forma melhor que o homem no
pecado pode viver religiosamente e até mesmo pode ir longe em mostrar o quanto
é capaz de realizar nesta vida, assim como os fariseus faziam.
Mas em João 3:36 o Espírito de Deus
trata ali da verdadeira fé: “Aquele que crê no Filho”. Como o homem no pecado
pode crer no Filho de Deus? É impossível! Pode ter aprendido alguma coisa
acerca de Jesus; pode ser instruído em confiar em Jesus e Maria, em Jesus e
noutro nome qualquer, mas o crer que opera salvação e vida eterna é algo
impossível e não pode, jamais, vir do coração corrompido e incrédulo do homem natural.
Se o leitor for atento no exame das Escrituras, sem dúvida vai perceber que essa
fé natural opera em homens e mulheres, mas ao mesmo tempo percebe-se que ela é
dinamizada por elementos naturais e influenciada por superstições.
Note bem que a mulher de Pilatos
acreditava que Jesus era de fato o Justo (Mateus 27:19), mas o fato que a fé
foi mobilizada pelo sonho que tivera na noite anterior. Seu temor não veio de
uma obra realizada no coração pelo Espírito Santo; não houve uma confissão em
sua boca para crer no Filho de Deus, mas foi algo do momento para alertar o
marido, a fim de ele não se envolvesse na morte do Filho de Deus. Note bem que
Pilatos tomou a providência de “escapar”, mas da maneira supersticiosa dele,
lavando suas mãos, a fim de livrar-se do sangue Justo.
Veja o ladrão na cruz que morrera no
pecado. Ele cria em Jesus sim; ele O via como o Salvador, mas segundo os moldes
de sua fé natural. Sua esperança era a mesma que a multidão de judeus tinha
quando buscavam sinais e maravilhas da parte de Jesus. Note bem caro leitor,
que a petição daquele ladrão condenado era a mesma que tem num coração onde
habita a fé natural. Ele anelava um Salvador segundo as expectativas da carne;
ele anelava ver um Salvador livre da cruz e pronto para tirá-lo também da
agonia da morte. A sua fé não o levou à salvação, mas manteve estável em sua
condição de um réu condenado e assim partiu para as trevas eternais.
Milhares estão nessa condição, e são
iludidos pensando que realmente são salvos. Cuidado amigo, porque satanás é
extremamente habilidoso e fazer essa “rede” que prende milhares, como se pega
peixes. Cuidado com a confiança vã; cuidado com a fé que brotou num coração
natural, mas que em nada manifestou em lábios purificados, a fim de confessar a
Jesus como Salvador e Senhor; que jamais invocou o Nome do Senhor, a fim de ser
salvo. Que perigo! Por essa razão que a Palavra de Deus ordena para que
examinemos nossa fé (2 Coríntios 13:5). Veja que a verdadeira fé está firmada
na cruz e estruturada na Rocha dos séculos. Veja que a fé verdadeira repousa
apenas na suficiência do Salvador bendito e caminha firme nas sólidas promessas
da graça infalível
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