“Assim,
pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a
eleição da graça” (Romanos 11:5).
CONHECENDO O PODER DA ELEIÇÃO.
Amado
leitor, veja bem como Paulo mostra no texto que não pode haver qualquer
combinação entre graça e obras. Onde tem a mão do homem, a decisão do homem,
então é obra. A graça opera onde o homem mostra o que ele é – um verme –
incapaz de mover-se um milímetro para Deus. Por essa razão a doutrina da
eleição vem para silenciar a religiosa carne, porque até mesmo nesse santo
ensino ela ainda ousa sobressair-se, tentando ostentar uma eleição baseada numa
suposta previsão de Deus, vendo os que tomariam uma decisão para Ele: “Mas, se
é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.
Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é
obra” (Romanos 11:6).
Agora
veremos o poder gracioso da eleição. Examinemos bem o texto, porque a resposta
está sempre naquilo que Deus prova nas Escrituras, e não em meus frágeis
argumentos. Para mostrar o poder da eleição, o que Paulo faz é mostrar o que
acontece quando não é feito por eleição. Se odiarmos o precioso ensino da
atuação soberana de Deus, certamente teremos perante nossos olhos tudo o que a
carne gosta. A religião de nossos dias oferece sim um prato cheio que satisfaz
os anelos do homem natural em exibir seus atos e mostrar no mundo o quanto ele
é capaz de ser “espiritual”. Veja, então, como Paulo exemplifica isso com a
própria nação de Israel. O que acontece quando Deus, em Sua livre misericórdia
não atua numa nação?
1. Exemplificando em Israel: Primeiramente haverá
uma religiosidade sem nenhum valor. Foi exatamente o que nosso Senhor
presenciou quando nasceu e viveu como homem em Israel. Havia uma religiosidade
fundamentada em conceitos de homens, os quais usavam a lei de Moisés para seus
fins perversos. Ilustro aqui com aquela ocasião que Jesus, lá em Nazaré entrou
naquela sinagoga e passou a expor uma passagem em Isaías, a qual se tratava da
Sua vinda. O resultado foi terrível, pois aqueles que ali frequentavam, com
intenso ódio quiseram matar o Senhor, simplesmente porque mexeu no orgulho
religioso deles (Lucas 4:14-30). Lembramos também de como nosso Senhor lidou
com os arrogantes e perversos fariseus e escribas, e que sem qualquer timidez
os chamou de “víboras” e “hipócritas”.
É
exatamente isso o que Paulo quer mostrar no cap. 11 de Romanos. Quando não é
por eleição, eis que prevalece sim a religião, mas sem vida e totalmente cheia
da força da carne e do mundo. Veja bem caro leitor, que essa verdade está sendo
vista em nossos dias, quando reina a apostasia; quando vemos pastores e igrejas
abandonando a verdade revelada, a fim de dar plena ênfase ao homem. É incrível
como tem crescido a popularidade desse atraente “evangelho” em nossos dias. Mas
vemos que por detrás de tudo isso nada existe de valor eterno; tudo não passa
de encenação da carne, a qual quer sim arrancar toda verdade e estabelecer no
mundo a religião que é segundo o coração dos homens.
Nessa
atmosfera de prevalecente afastamento da verdade, eis que paulatinamente os
homens vão arrancando os verdadeiros valores; a verdade da cruz é arrancada e
aquilo que é de fundamental importância para a igreja de Deus é transformado em
motivo de chacota. Estamos já presenciando a ausência da mensagem do
arrependimento; estamos vendo com tristeza a tentativa de unir o que é santo
com o que é profano. Ó, que tristeza! Não falta uma genuína manifestação da
bondade de Deus em nossos dias? Não é o momento para que choremos, vendo a ruína
de tudo ao nosso derredor? Não é o momento para que lamentemos vendo a ira de
Deus sendo despejada sobre a terra?
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