“Assim,
pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a
eleição da graça” (Romanos 11:5).
CONHECENDO O PODER DA ELEIÇÃO.
Caro
leitor, não esqueçamos jamais que quando é por eleição, então todo poder é de
Deus e não do homem. É o Senhor quem chama e não os homens quem chamam a Deus.
É o Senhor e Salvador quem procura o perdido e não o perdido que o procura o Salvador
(Lucas 19:10). Visto que o homem é o que é, inimigo no coração e pronto para
desafiar Deus, eis que é necessário o poder de Deus, a fim de que toda rebelião
natural seja vencida de forma definitiva (Salmo 45:5). Visto que o homem é
espiritualmente um morto no pecado, eis que é necessário a força incrível de
Deus, a fim de chegar e erguer o homem da morte para a vida, da mesma maneira
que Deus ressuscitou Seu Filho dentre os mortos (Efésios 2:1). Visto que os
homens são escravos, prisioneiros num império de escuridão, eis que é o Senhor
que vem para arrancar os pecadores desse sistema maligno, a fim de
transportá-lo para Seu reino de amor (Colossenses 1:13). Meu caro leitor, não
temos para onde fugir; não há qualquer esperança no pobre pecador, pois seu
estado é de desespero e miséria. Fujamos da confiança vã e inútil do homem e no
homem; fujamos do evangelho anátema, o qual põe sua esperança na decisão do
homem e que por isso os efeitos são drásticos no mundo inteiro, especialmente
aqui neste país.
Também,
precisamos saber que o tempo de realizar Sua obra salvadora em atrair pecadores
da morte para a vida é de Deus e não nossa (Salmo 110:3). Nós os pregadores não
temos que tentar fabricar decisões; não temos que produzir vida no meio dos
mortos. Fomos chamados a entregar a mensagem com fidelidade, convicção e
firmeza. Fomos chamados a orar, interceder e suplicar pelos mortos espirituais;
fomos chamados para crer de todo coração que Deus é realmente capaz de fazer o
que somente Ele pode fazer, por isso trabalhamos nessa absoluta confiança no
poder de Deus e também na esperança de dias maravilhosos, com o grande
derramamento da Sua graça no meio dos homens.
Mas, o
fato que o tempo de salvar é Deus, reconhecemos sim que temos nossa obrigação.
Somos semeadores, esperando que no tempo certo a semente há de brotar e almas
desejosas da verdade serão erguidas pelo Senhor. Trabalhamos firmados no fato
que Ele é um Deus compassivo, e que está agindo sim no meio dos homens. Não
consideramos nosso serviço como algo inútil, pois cremos que aquele que nos
enviou é capaz de realizar grandes coisas, atendendo nossas orações e
intercessões.
Além
disso, a eleição é uma demonstração da glória salvadora desse Deus. Quando o
homem age, então a glória é do homem. Mas quando Deus age, a glória é somente
Dele. A mensagem do evangelho é um tesouro que Deus nos confiou, por isso
requer de nossa parte completa fidelidade àquilo que nos foi designado fazer. A
eleição não nos torna levianos e preguiçosos; a eleição nos faz entrar na
batalha, porque a causa já é ganha. Quando empunhamos nossas armas espirituais,
sabemos que Deus as utilizará, a fim de promover Sua obra graciosa no meio dos
homens. Nossa fé é nada, se não for ao combate na força da graça.
Eleição
é isso, é Deus chamando pecadores mediante o poder do Seu evangelho, utilizando
homens para lidar com homens. É uma responsabilidade tremenda que está sobre
nossos ombros. Deus está chamando os perdidos à salvação. Mas quanto aos
demais, os que estão vivendo na euforia deste mundo, eis que a verdade é que são
entregues à dureza dos seus corações corrompidos. O Senhor prometeu salvar
homens e mulheres que se humilham e se arrependem, mas também irá endurecer os
rebeldes, os quais tapam seus ouvidos, a fim de não ouvir a verdade dessa tão
grande salvação.
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