“Assim,
pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a
eleição da graça” (Romanos 11:5).
INTRODUÇÃO:
Amado leitor, se você realmente ama o
livro de Deus, certamente entenderá por que estou dinamizando tanto essa
introdução. Não podemos tratar de um tema tão importante superficialmente. A
doutrina da eleição é vital para a saúde espiritual do povo de Deus e para
mantê-lo eficiente no discernimento da prevalecente mentira de nossa época.
Apenas para recordar, o capítulo 11 de
Romanos é o final do assunto que teve início no capítulo 9 dessa carta de
Paulo. Paulo está declarando que, não obstante a nação de Israel ficar
endurecida contra a mensagem aos gentios; não obstante parecer que a nação de
Israel estar fora do plano da salvação mediante o evangelho, realmente o
verdadeiro Israel sempre existiu. Paulo declara que, para Deus o verdadeiro
Israel não é a nação constituída por indivíduos fisicamente descendentes de
Abraão. Nos pensamentos de Deus o verdadeiro Israel é constituído por aqueles
que creem, assim como Abraão creu.
O que vemos no cap. 9 é que Paulo mostra
um Deus que age livremente, tendo compaixão de um e endurecendo a outro, e
Paulo ilustra essa verdade com Jacó e Esaú: “...amei Jacó e me aborreci de Esaú”
(9:13). Para afastar quaisquer buscas por justiça do ponto de vista humano,
Paulo salienta o fato que Deus age entre os homens por compaixão e não por
justiça, porque é evidente que se Ele agisse com justiça ninguém escaparia da
eterna condenação. Vemos isso no fato que Jacó não era melhor que Esaú. Então,
a doutrina da eleição processa-se no fato que é Deus agindo com misericórdia
com quem Ele quiser usar de misericórdia. E quando isso acontece, eis que é
óbvio que Ele há de salvar uns e endurecer a outros. É essa a lição que Paulo
de modo profundo trata no capítulo 9 dessa tão maravilhosa carta.
No capítulo 10 é revelada a fé como a
maneira evidente dos eleitos achegarem a Cristo. Deus opera assim neste mundo,
fazendo com que pela pregação do evangelho por meio de homens chamados por Ele,
eis que a fé verdadeira vem direto ao coração do eleito por meio da pregação: “E
assim, a fé vem pelo ouvir...” (verso 17). Isso significa que a eleição não
desmancha a obra de evangelização, pelo contrário a eleição estimula esse
ministério. Como os eleitos ouvirão se não houver a pregação?
Mas vamos aqui avaliar essa fé, porque
ela é primeiramente manifestada em confissão: “Se com a tua boca confessares...”
(10:9). Arrancou a confissão e a fé deixa de ser fé verdadeira, porquanto Deus
lida com o coração e não com mera mente ou emoção. É também uma fé que provém
da Palavra: “E assim a fé vem pelo ouvir...” (17). Notemos bem que Deus tem na
pregação todos os meios perfeitos para que as Seus eleitos cheguem a Cristo e
sejam salvos. Também, é uma fé que invoca o Nome do Senhor: “Todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo” (verso13). É então que a verdade aparece
conforme vimos acima, que os eleitos não estão apenas em Israel, mas no mundo
inteiro.
Enfim, temos no cap. 11 de Romanos o
fato que é Deus em Sua soberana atuação, que opera neste mundo, com Israel e
com os gentios, buscando salvar todos aqueles que na eternidade foram
escolhidos para a salvação. Nestas meditações vamos seguir esse santo roteiro;
vamos conhecer essa história eterna, porque o Senhor Deus nos entregou em Sua
Palavra. Vamos conhecer quem são esses homens e mulheres que um dia, na
eternidade, o Pai aprouve escolhê-los em Seu amado Filho (Efésios 1:6). Caro
leitor, almejo que sua fé seja confirmada e que seu viver seja cheio de
gratidão, pois quem somos nós? O que Ele viu em nós para usar de compaixão
assim?
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