“Assim,
pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a
eleição da graça” (Romanos 11:5).
CONHECENDO O TRABALHO SOBERANO: 3-7.
Amado leitor, conheçamos bem o trabalho soberano de Deus
na eternidade. A doutrina da eleição traz alento aos santos e os faz respirar a
atmosfera celestial. Os crentes vivem da eternidade, porque vieram de lá e um
dia sairão deste breve sistema de vida, a fim de gozar as maravilhas eternas,
conquistadas para eles por Cristo Jesus. Sem o conhecimento da eleição,
conforme a verdade revelada, eis que a tendência é piorar a situação
espiritual. Onde Deus não é visto e conhecido em Sua soberana atuação, tudo passa
a ser visto de um modo humanista, exatamente como estamos presenciando em
nossos dias. Mas é minha função agora explicar biblicamente essas sérias
consequências, quando a vida aqui não é vista desse ponto de vista.
O que
pode implicar na ausência desse santo conhecimento? Tomemos a vida do grande
profeta Elias. Ele foi usado por Deus para mexer com o reino do norte em
Israel. Naqueles dias esse lado de Israel estava na liderança do perverso
Acabe, o qual era instigado pela sua esposa – a monstruosa Jezabel. Sem maiores
detalhes, Elias foi usado por Deus para trazer aquele povo de volta ao Deus
verdadeiro; para abrir as portas e buscar o sistema verdadeiro de adoração que
estava em Jerusalém. Foi assim que Elias desafiou todos Acabe e todos os
famigerados profetas de Baal, a fim de mostrar ao povo quem era o verdadeiro
Deus – Baal ou o Deus de Israel.
Que
grande vitória que Deus deu a Elias! (1 Reis 18). O grande Deus de compaixão se
manifestou ao povo de Israel que assistiu aquele espetáculo de derrota do culto
a Baal. Mas, após aquela grande manifestação de poder, de fé e de soberana
atuação de juízo e de compaixão de Deus, eis o que aconteceu com Elias. Sob a
ameaça de Jezabel querendo matá-lo, o profeta foge com medo (1 Reis 19). Foi
ali naquela caverna, deprimido e triste por causa da sua própria vida sob
ameaça de morte, que Elias ouviu as palavras da boca do Senhor: “...Reservei
para mim sete mil homens, que não dobraram os joelhos diante de Baal” (Romanos
11:4).
Veja
caro leitor o que pode implicar na vida do povo de Deus a ausência dessa poderosa
verdade. Sem o conhecimento de um Deus que age poderosa e soberanamente no meio
dos homens, eis que o povo de Deus sofre as consequências das mentiras deste
mundo. Elias fugiu e entrou em depressão, porque desconhecia o fato que Deus
estava atuando, mesmo em meio às perversidades de Acabe, Jezabel e seus falsos
profetas. Mesmo que o povo da nação do norte havia se afastado do Senhor, como
uma mulher infiel se afasta do seu marido, mesmo assim o Senhor mostra ao Seu
profeta que é aí que a eleição entra: “Reservei para mim sete mil homens, que
não dobraram os joelhos diante de Baal”.
Deus
está mostrando a Elias que Ele não é pego de surpresa nas maldades dos homens;
que Ele atua por misericórdia e que era pura compaixão Dele em enviar um
profeta para falar àquele povo; que ali em Israel a graça Dele operou, pois
Deus mesmo levantou sete mil homens. Esses eleitos não eram conhecidos como era
Elias; a nação nada sabia acerca deles; ali, escondido dos olhos perversos
tinha um grupo de homens que amavam o Senhor, que não adorava aqueles imundos
ídolos. Quem fez esse trabalho? Deus! O Senhor tinha usado Elias para ser o
porta voz da Sua Palavra, mas o poder não estava no profeta, mas sim em Sua
poderosa Palavra.
Foi
assim que Deus mostrou para Elias o quanto sua depressão era fruto de
incredulidade; o quanto tal atitude era desprezível e que Deus havia reservado
Eliseu para ocupar o lugar do profeta que tanto foi usado por Deus.
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