“Sonda-me, ó Deus, e
conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim
algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139:23,24)
ELE SOLICITA QUE
TRAGA TUDO À MENTE: “...prova-me, e conhece os meus pensamentos”.
Caro leitor, veja bem que em seu pedido
o salmista sabe bem que Deus conhece tudo: “Tu me sondas e me conheces...”. Ele
é um crente que tem a noção certa da teologia bíblica e esse conhecimento foi
algo bem prático para ele. Essas verdades atingiram seu coração para encher sua
alma de santo temor, em face dessas maravilhas que aprendera acerca do seu
Deus. Por essa razão ele almeja que Deus mostre as verdades que antes eram
ocultas, enquanto vivia no pecado. Ele agora está acordado nessa sala de aula
da graça e embevecido por esses fatos. Ele não quer viver mais enganado, como
estava antes.
Com muita tristeza posso afirmar que o
povo que se intitula de “evangélico” hoje nem sequer sabe o alfabeto acerca de
Deus. O conhecimento que muitos têm hoje está encoberto pelo orgulho próprio.
Não é um conhecimento que os arrastou à humilhação, pois age exatamente como
Israel no deserto, querendo que Deus lhes abrisse uma mesa, com todas as
iguarias do Egito. O conhecimento que muitos têm de Deus não foi adquirido na
sala de aula da graça, mas sim foi embutido em seus corações pelos homens.
Então, chegou o momento para que
analisemos outra verdade despontada no texto, porque vemos que o salmista
solicita que Deus traga tudo à sua mente: “...prova-me, e conhece o meu coração”.
Mas eu posso assegurar aqui que não é um mero conhecimento. É fato que a Bíblia
trata do fato que Deus requer que os homens tenham conhecimento Dele e de Sua
vontade revelada. Vida cristã sem conhecimento nada mais é do que zombaria e
cegueira. Deus lida com a mente, além de lidar com sentimentos: “...que é o
vosso culto racional” (Romanos 12:1). Mas os ensinos de Deus devem sair da
cabeça, a fim de tomar posse de nosso sentimento e assim fazer parte do nosso
viver. A fé cristã vive desse conhecimento e toma posse da verdade, a fim de
colocar os fatos no viver do dia a dia. Por essa razão o salmista diz: “...prova-me
e conhece o meu coração”. Analisemos isso de perto.
Vemos que é algo extremamente forte
contra nosso orgulho próprio. Parece que funciona como um “santo veneno”, letal
para a natureza corrompida, a qual quer viver na ignorância e desprezando
prontamente o conhecimento de Deus no viver. Não tem um pedido que mais sufoca
o ego do que esse, pois o salmista está mostrando que quer viver em santidade,
que seu interesse é mortificar os feitos do corpo (Romanos 8:13), a fim de
viver para Deus. Seu pedido é feito conscientemente e com o fogo santo aceso no
altar do seu coração. Ele deseja viver para Deus, por isso anseia que a luz da
verdade brilhe intensamente em seu coração.
Também, ele anseia que o Senhor rasgue o
seu coração; que a porta não fique fechada; que as maldades não fiquem
escondidas lá; que todos os “ratos” do mal sejam expulsos de lá. Os homens sem
Deus nem sequer imaginam que vivem na escuridão neste mundo; nem sequer
imaginam o quanto estão sendo levados pelos vendavais do pecado oculto no
coração; nem imaginam que escorregam nesta vida, rumo à escuridão. Quão triste
é isso! Nossos pensamentos controlam nosso viver, por isso quanto maior
conhecimento tivermos das nossas intenções pervertidas é melhor. Santidade de
vida brota num coração iluminado pela verdade vinda de Deus. Quando Deus sonda
o coração, eis que o homem passa a ter firme fundamento debaixo dos seus pés e
assim passa a viver corretamente para a glória de Deus e para o bem do seu
próximo.
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