“Então,
Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e
adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e
o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS
PELA FÉ QUE CONFESSA A SOBERANIA DE DEUS: “...O Senhor o deu e o Senhor o
tomou...”
Caro leitor, nós estamos vivendo numa
época quando satanás assanhou o mundo com suas vãs promessas de prosperidades.
Com isso ele atraiu as multidões à busca dessas coisas e atingiu até mesmo
aqueles que são chamados de evangélicos. Estamos aprendendo na confissão de Jó
o que a verdadeira fé entende e como devemos agir em relação àquilo que Deus
nos dá de bens neste mundo. Na confissão Jó realmente pode adorar a Deus ainda
mais intensamente do que ele O adorava quando estava cercado de suas riquezas.
Quando Jó disse: “...O Senhor deu...”,
aprendemos que Ele dá e para muitos Ele realmente dá em abundância. Mas para a
fé a quantia que Ele dá não faz diferença, porque o que vale é a atitude de um
coração grato, tranquilo, confiante e cheio de adoração. Por isso deve haver
respeito em relação àquilo que recebemos de Deus. Falo isso porque a
natureza rebelde e totalmente inclinada ao mundanismo tende a se encher de
ódio, desespero e murmuração contra Deus, assim como Israel murmurava porque
não recebia em abundância e sempre estava comparando o que Deus dava com aquilo
que eles acreditavam ter de sobra no Egito.
Os santos de Deus devem estar
mobilizados para dar glórias e graças a Deus em toda e qualquer circunstância.
Muitas e muitas vezes Deus retira a abundância dos bens, a fim de que
aprendamos a viver com pouco, porque aprenderemos no pouco a viver em gratidão,
ganhar maturidade e amar as coisas eternas. Tenho visto que os crentes que mais
crescem na fé são aqueles que são atingidos pelas dificuldades materiais,
quando Deus os cerca de todos os lados pelas aflições desta vida. O respeito
pelo pouco que Deus me Deus me leva à sabedoria de saber como usar, como gastar
melhor, como ficar sem aquilo que tanto a carne quer ter. O Senhor está
continuamente nos colocando na Sua “sala de aulas” na faculdade da graça.
Também, Ele nos dá e a medida dessa
doação é totalmente dele. Ele sabe o quanto preciso para viver neste mundo.
Quando somos tentados a ter mais; quando deixamos ser arrastados pela amargura
e insatisfação, eis que imediatamente começamos a escorregar na vida, apelando
para o que o mundo entende como sorte. Quão triste é para o crente se envolver
com loterias e alternativas que para o mundo é normal! Caro leitor, somos os
milionários dos céus, nossas riquezas estão entesouradas lá e o mundo precisa
ver que nossos trajes espirituais de alegria, prazer, contentamento e ações de
graças, tais “trajes” revelam que somos príncipes e representamos neste mundo o
reino celestial. É claro que devemos lutar para ganhar melhor por meio do
trabalho honesto. É claro que devemos aqui reivindicar nossos direitos por um
salário que compensa. Não estou ignorando isso. Estou mostrando o que deve o
salvo fazer quando estiver cercado como Jó pelas aflições aparentemente
insuperáveis e intransponíveis.
Sendo assim, quão importante é que avancemos
pela fé, que superemos o mundo, que estejamos acima de toda essa agitação vista
e ouvida aqui! Que subamos as alturas da oração, da dependência e confiança em
Deus! Que sejamos sábios, a fim de fazer do pouco, o muito; para fazer com que
aquilo que parece que vai faltar, venha a sobrar. O que nosso Senhor deixou
para os Seus discípulos quando estava prestes a ir para a cruz? “Deixo-vos a
paz...”. Que entendamos isso, que sejamos tomados no íntimo dessa companhia
maravilhosa Daquele que é nosso amigo, nossa provisão bendito e que prometeu
jamais nos deixar!
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