“Eis que estou à
porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir, eu entrarei em sua casa e
cearei com ele e ele comigo” Apocalipse 3:20)
ETERNA BENÇÃO DESSE
CHAMADO: “...entrarei em sua casa, cearei
com ele e ele comigo”.
Caro leitor, o próprio texto nos fornece
todo material para encerrarmos o assunto com chave de ouro. Precisamos saber
que a salvação é eterna, que o Salvador veio para reinar em corações. O
propósito do Senhor é entrar no coração: “entrarei em sua casa...”. Cristo não
veio ao mundo para entregar ingressos para a entrada de pecadores no céu. Ele
veio para salvar e habitar no coração; veio para expulsar todo mal, para
arrancar a regência do pecado e toda liderança das trevas; veio para fazer a
luz da verdade brilhar e assim guiar o salvo em toda verdade; veio para ser
Senhor, Rei, amigo e Guia fiel do salvo; veio para encher o coração da real
felicidade e fazer a alma vibrar nas maravilhas eternas da graça.
Ao entrar Ele mostra Seu propósito de
recíproca comunhão: “entrarei em sua casa, cearei com ele e ele comigo”. Caro
amigo, veja que diferença do Senhorio de Cristo no viver. No pecado satanás é
um dominador, cruel, ladrão e homicida. Enquanto os homens estão no pecado, que
alegria eles têm? Enquanto estão se alimentando dos manjares deste mundo, à
semelhança do povo escravo no Egito, eis que eles sentem a banal felicidade,
mas quando tudo passa, eis que o cenário é de escuridão e desespero no íntimo. O
Senhor diz duas vezes em Isaías que para os ímpios não há paz. Por fora é
festa, mas por dentro é miséria; por fora parece haver calma e sossego, mas por
dentro há um mar agitado que faz do ímpio uma alma inquieta e insegura.
Mas quando Jesus reina eis que tudo isso
é arrancado no poder da graça, porque passa a habitar ali o amigo fiel, justo e
verdadeiro; amor glorioso passa a comandar o viver do salvo e mais do que isso,
o Salvador é perfeito homem que entende e teve experiência de saber quais são
as lutas, as fraquezas e o sofrer do Seu povo. Portanto, ao entrar no coração
para ali reinar, o Senhor faz com que toda mentira do diabo seja tirada.
Podemos perceber o quanto os olhos espirituais da alma salva são abertos, a fim
de que possam enxergar a situação deste mundo e o caminho pelo qual terá de
andar.
Outro detalhe é que a solidão é
arrancada. Neste mundo o pobre pecador sempre está só, mesmo que por fora ele
acumule bens e amigos. O fato é que todos esses bens são inúteis, porque tem
valor transitório. Seus ídolos fazem parte desse ajuntamento externo e são
completamente inúteis nos momentos de terror. Essa solidão do ímpio aparece
mesmo quando os verdadeiros inimigos começam a cercar-lhe e mostrar suas “unhas
e dentes”; quando o invisível vem para afastar todo recurso visível e
mostrar-lhe que não há mais esperança. O verdadeiro homem é o do coração e este
está só, desamparado e entregue às trevas.
Mas quão diferente é o salvo! Ele agora
tem um amigo; ele percebe o quão imbecil era em querer andar sozinho; agora ele
vê que não passa de uma frágil ovelha no meio de feras terríveis: “Por isso,
todo aquele que é santo orará a ti, a tempo de te poder achar; até no
transbordar de muitas águas, estas não lhe chegarão” (Salmo 32:6). Não tem um
amigo melhor do que esse amigo invisível, porque Ele mesmo afirma que jamais há
de abandonar o crente.
Finalmente, nessa comunhão Ele torna o
viver do salvo uma verdadeira festa: “cearei com ele e ele comigo”. É a festa
da graça no viver! Agora o salvo sabe o que significa liberdade, porque pode
andar livremente para o céu; pode transbordar de amor, gozar eternamente do
perdão, viver na segurança de que nada poderá lhe afastar do amor de Deus que
está em Cristo e encher seu ser de viva esperança, porque agora sabe que jamais
será atirado no inferno e que morará para sempre com o Senhor no céu.
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