“Então,
Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre
de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o
nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS
PELA FÉ QUE CONFESSA A VACUIDADE DA EXISTÊNCIA HUMANA. “...nu saí do ventre da
minha mãe e nu voltarei”.
Caro leitor, pelas palavras de Jó
podemos ver que os direitos pertencem absolutamente a Deus e não aos homens. Jó
pela fé pode perceber isso e foi imediatamente fortalecido pela graça para
proclamar tal verdade em tom de louvor quando se levantou, rasgou o seu manto,
rapou a cabeça e lançou-se em terra para adorar a Deus.
Como essa atitude de um homem de Deus,
visitado repentinamente pelas mais terríveis aflições deste mundo, é tão
diferente daquilo que usualmente vemos pregado e praticado pelo evangelho
moderno. Em nossos dias tudo funciona ao contrário, porque o Deus que os homens
modernos apregoam é um deus popular, feito para ser adaptado aos gostos e
ambições de mentes carnais, mundanas e completamente voltada aos desejos de ter
o mundo inteiro aos seus pés. Esse deus moderno não passa de um ídolo enfeitado
de versos bíblicos e aparelhado para entrar em todos os segmentos evangélicos. É
triste sim, mas é pura verdade o que estamos presenciando aqui no Brasil.
Mas devemos voltar às palavras de louvor
e adoração que saíram da boca de um homem crente. Nós podemos aprender pela fé
e da fé; nós podemos extrair tesouros eternos da inspiração bíblica e não do
lixo mundano. Por essa razão creio que devemos por todo nosso ser nessas
Palavras, porque Jó falou inspiradamente; que o nosso Sumo Professor nos ensine
como viver e agradar a Deus e não aos homens; que sejamos elevados às alturas
de uma confissão viva, santa e que realmente adora a Deus. Que sejamos livres
dessa descida sutil e macabra que a carne tanto busca aqui neste vale da sombra
da morte.
Veja amigo, primeiramente o nosso
acesso a esta existência: “Nu sai...”. Como o pecado é tão enganoso! Como
no íntimo pensamos que somos donos do mundo, que somos as verdadeiras estrelas
do universo! Como foi que entramos neste mundo? “Nu...”. Será que esse
retrocesso ao nosso nascimento não nos faz pensar com profunda humildade? Veja
o que exibimos quando foi avisado a todos que nascemos: nossa nudez. Não
trouxemos conosco nem mesmo nossas vestes. Pobres criaturas! Indignas, vis e
cheias de vãs pretensões! Quão imbecis somos nós que pensamos ter nascidos, já
trazendo em mãos um talão de cheques, um baú carregado de riquezas, e
documentos de casas com tudo à disposição. É certo que nossos queridos aqui nos
receberam com alegria, que houve festas, que nossos pais queridos e amáveis nos
consideraram como verdadeiros tesouros e que até mesmo tudo foi preparado em
nossa casa para que fôssemos recebidos com honras e glórias.
Mas tudo isso que tenho falado mostra o
ponto de vista daqui, da terra. Mas nem todos têm a mesma sorte. Quantos nascem
e morrem imediatamente, lançando choro e desespero ao derredor; quantos nascem
em meio a tanta pobreza, para sentir a miséria na qual vivem seus pais; quantos
nascem em períodos de escravidão, enfrentando a maldade dos homens; quantos
nascem carregando em seus corpos as marcas de um sofrimento que apenas começou
e que vai perpetuar até à morte.
Meu caro amigo, o Salvador bendito veio
ao mundo e nasceu na mais completa pobreza. Ele conheceu o que realmente
significa “nudez” humana, porque experimentou sofrimento até à morte. Desceu do
céu em completa humilhação. E nós somos melhores? Achamos que nascemos para
herdar essa glória daqui? Ousamos abrir nossas bocas para falar o que? Exigir o
que de Deus?
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