sexta-feira, 24 de abril de 2015

“OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS” (8)




“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS PELA FÉ QUE CONFESSA A SOBERANIA DE DEUS: “...O Senhor o deu e o Senhor o tomou...”
        Prezado leitor, Jó ergue sua voz em louvor, mesmo cercado de trevas devido aos terríveis ataques de satanás vindos contra ele. Seu louvor e adoração a Deus mostra o que somente a fé genuína entende e que a incredulidade rejeita. Jó proclamou a soberania de Deus, exaltou Seu trono de glória e nos ensina que Ele é a fonte de toda bênção. Jó exalta seu Senhor tanto como Aquele que é infinitamente poderoso para dar, como é também para tomar. Para a fé é bênção receber e é bênção também perder, porque para a fé cristã não existe “infelizmente”, porque a fé não ordena Deus, a fé se submete e rende-Lhe glórias e graças. Sendo assim, tomemos essas palavras de nosso irmão em Cristo como um verdadeiro pacote de riquezas da graça para nosso viver terreno tão cheio de surpresas, muitas vezes amargas a um viver acostumado com esse sistema mundano tão divorciado da verdade.
        “O Senhor deu...”, então quando Ele dá é prazeroso desfrutar, e somos chamados a desfrutar dessas dádivas celestiais. A terra é palco das riquezas do nosso Criador e tudo fornece um cenário para a festa da fé, para a celebração da majestade celestial. É triste ver como até mesmo pessoas chamadas de crentes, jamais demonstram qualquer gratidão em seus corações, pois vivem sempre amarguradas, descontentes e cheias de murmurações, como fazia Israel na caminhada para a terra prometida. Mas se formos humildes e contritas no coração, todas as “cortinas” da criação são abertas e passamos a ver como o Senhor cuida de nós e que tudo o que recebemos Dele é perfeito e que veio às nossas mãos para que adoremos ao Senhor.
        O verdadeiro valor das coisas é percebido por corações santificados, humildes e prontos para render glórias ao Senhor. Somente assim tudo ocupa seu devido lugar, como quadros na parede. Veja na vida de Jó, porque suas riquezas foram usadas com sabedoria e justiça, jamais o coração daquele homem ficou cheio de vaidade e arrogância. Ele sabia que foi dado por Deus a fim de beneficiar as pessoas ao seu derredor. Todo segredo da nossa felicidade terrena não consiste em ter mais coisas, mas sim na forma como recebemos os bens de Deus, como somos gratos a Ele. Nada de bens terrenos constituem peso para uma alma cheia de alegria no Senhor e que tem sabedoria naquilo que por pouco tempo o Senhor lhe deu.
        Sendo assim, nesse entendimento, que saibamos bem que é da natureza carnal, maligna, mundana que provém todo fel e que torna o ambiente amargo. Não foi assim com Israel? Aquele povo ingrato estava sempre a brigar, contendendo com Deus e sempre descontente pela provisão de Deus. Olhando do ponto de vista mundano e carnal, Deus parecia cruel no trato com Seu povo, mas a verdade é que era naquela provisão do maná e da água que Deus concedia tudo o que o povo precisava para a jornada. Era para eles aceitarem com gratidão; era para eles cultuarem a Deus, ao ver que em nada estavam desamparados e que essa provisão consistia de milagre; era para eles entender que Deus não age com Seu povo da mesma forma que age com o mundo, a fim de eles fossem elevados na força da graça Dele, acima de toda compreensão carnal (Deuteronômio 8).
        Caro leitor, é assim que Deus trata conosco, pois aquele que deu, é o mesmo que agora dá. Vivemos em dias de profundo orgulho, de presunção, da manifestação de uma fé carnal, brotada nos corações mundanos. Que perigo nos cerca! Precisamos voltar para o Senhor em santa humildade e temor a Ele, para que compreendamos a forma maravilhosa e perfeita como Ele nos trata.

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