“Ninguém há que clame
pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é
nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam
ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um
dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5).
VISTO
SOCIALMENTE: COMPLETA IGNORÂNCIA DA
CONDENAÇÃO MERECIDA: “Ninguém há que invoque a justiça com retidão...”
Caro leitor, estou aqui
usando este texto de Isaías na tentativa de explicar como aquela situação
espiritualmente caótica dos dias de Isaías descreve a nossa condição atual aqui
no Brasil (e talvez no mundo). Minha real esperança é que possa ajudar meus leitores
a enxergar o que está acontecendo à luz da Palavra revelada. Quem sabe
poderemos ter muito mais pessoas dispostas a batalhar em oração, em suplicar e
interceder, a fim de que não venhamos a cair nas mãos de instrumentos que Deus
normalmente usa para punir uma nação e especialmente os chamados crentes.
Outro fato que acontece em
nossos dias é completo domínio da
mentira religiosa: “... nem há quem pleiteie com verdade...”. Nota-se uma completa busca pela verdade em
nossos dias, porque o que prevalece é a mentira e ela é buscada com ardor,
especialmente quando ela vem adocicada com ensinos bíblicos. Digo e afirmo aos
meus leitores que eu estaria bem rico se espalhasse superstições religiosas com
melados de positivismos bíblicos. Os homens modernos estão em busca de um Deus
que lhes favoreça em tudo; eles pagam caro para alguém que lhes ensine que Deus
lhes ama e que lhes aceita com seus pecados; que eles podem viver do jeito que
quiserem e que mesmo assim irão para o céu; que a vida aqui será cercada de
bênçãos e favores materiais, etc. Era assim nos dias de Isaías e o progresso
dessa maldade foi avançando para os dias de Jeremias e Ezequiel, até que Deus
trouxe a espada dos Caldeus para punir a nação de Israel.
Mas preciso trazer meus
leitores a realidade de nossos dias. Sou pregador do evangelho e meu ministério
é dedicado inteiramente à Palavra de Deus. Sei que o Senhor na misericórdia
Dele tem levantado muitos outros obreiros fieis e bem equipados com a verdade
para a autêntica pregação. Mas a verdade é que a Palavra de Deus tem sido
desprezada. Os homens querem a Bíblia, mas eles a desejam como um amuleto de
sorte. Seus ouvidos estão apurados para ouvir o que eles querem ouvir e não
aquilo que precisam ouvir. Eles não querem a Palavra que sai da boca do Senhor
por meio de um verdadeiro profeta, mas querem sim que a Palavra saia da boca de
falsos mestres, trazendo-lhes ilusão, sonhos e inutilidades. Eles atiram flores
para pregadores que proferirem palavras “amigas”; eles estão prontos a dar-lhes
tudo o que falsos pastores querem ganhar, desde que continuem a lisonjeá-los
com palavras melosas e consolações vãs.
Caro leitor, estou falando
isso com profunda tristeza em meu coração. Claro que as misericórdias do Senhor
ainda estão atuando, pois há aqui e ali alguém sendo chamado à salvação. Mas o
que falo é num contexto geral, a Palavra da verdade como espada do Espírito,
como autoridade do céu, como a voz de Deus, ela tem sido intolerável para os
milhares. Eles a rejeitam como “espada do Espírito”, porque ela fere o orgulho,
mexe com as vaidades e revela suas maldades ocultas. Falo assim porque já
experimentei reações terríveis de homens arrogantes voltados contra mim. O que
está acontecendo? Quero trazer aqui as palavras de Isaías: “Eles dizem aos
videntes: Não tenhais visões; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é
reto; dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos ilusões” (Isaías 30:10).
Meu caro leitor, se você
ama o livro de Deus, você pela graça é uma exceção neste mundo, e dou louvores
ao Senhor por isso.
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