“Então,
Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre
de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o
nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS
PELA FÉ QUE CONFESSA A SOBERANIA DE DEUS: “...O Senhor o deu e o Senhor o
tomou...”
Amigo leitor, já pudemos ver como a
verdadeira fé se ergueu da cinza e estufou o peito para mostrar a vil condição
do homem, tirando-o do seu trono de presunção, e assim estabelecer o verdadeiro
culto a Deus. Onde o homem é exaltado, o Senhor não está presente em Sua graça,
mas sim em Seu ódio. É preciso desmantelar esse ídolo humanista, fazendo com
que toda a boca venha a se calar, porque o Senhor é Deus e que todos os
direitos são absolutamente pertencentes a Ele. Chegou agora o momento para que
a voz da fé venha entoar o cântico de verdadeiro louvor de lábios que confessam
o Nome do Senhor. Chegou agora o momento para que as palavras da fé fulmine
toda mentira que ainda está ao derredor e que os raios da verdade purifiquem o
ambiente de forma total, e toda incredulidade vil e perversa fique emudecida.
A primeira lição que emerge do texto é o
fato que Jó apresenta Deus como o grande doador de tudo: “...o Senhor deu...”.
A aliança dos homens no coração com o pecado ignora essa verdade e assim os
homens tendem a pensar que aquilo que eles têm veio deles mesmos. Por essa
razão, o culto mais sublime que os homens deveriam dar continuamente a Deus – o
culto de ações de graças está infinitamente longe de suas cogitações. Se Jó não
fosse um homem crente, cheio do temor de Deus, certamente sua reação seria
completamente oposta e teria feito exatamente o que sua esposa lhe propôs. Mas,
como temos lições positivas, maravilhosas e firmadas sobre a inabalável Rocha
dos séculos, devemos examiná-las para nosso bem e assim aprendermos com Jó como
realmente devemos cultuar a Deus de todo nosso coração.
Quando Jó disse: “...o Senhor o deu...”,
as humildes palavras dos lábios de um genuíno crente trazem riquezas eternas.
Dá para o leitor perceber que satanás levou toda riqueza material de Jó, mas
não a riqueza eterna, a qual estava oculta em seu coração. Se não houvesse esse
acontecimento tão trágico, jamais teríamos tais palavras de Jó agora impressas
e inspiradas para nosso bem. Como precisamos aprender que é o Senhor que dá!
Por quê? Tudo é Dele! Dele é a prata e Dele é o ouro. Mas há uma diferença
quando recebemos diretamente do Senhor, porque satanás, ladrão e salteador
também promete dar. Quando recebemos de Deus é certo que o método Dele em nos
doar bens materiais sempre seguirá os princípios da justiça. Ele sustenta os
homens pelos princípios da honestidade e de diligentes serviços. E isso
acontece com todos, mesmo com os que não são crentes.
Mas com os crentes, como o caso de Jó,
eis que ao entender que tudo vem de Deus, eles sabem como é prazeroso desfrutar
desses bens. Enquanto Jó viveu cercado pela santa prosperidade material,
certamente ele teve o prazer de desfrutar. Tudo vem de Deus e por isso tudo
está embasado de bênçãos, da verdade, da justiça, de alegria e compromisso em
servir. Tudo aquilo que recebemos das bondosas mãos são maravilhosas bênçãos e
enchem nossos corações. Ali não vai habitar o medo de perder essas coisas, nem
o egoísmo para desfrutar sozinho daquilo que nossos semelhantes devem também
participar. Muitos crentes correm à busca incessante daquilo que querem
desesperadamente ter. Não há descanso em Deus; não há espera Nele, nem há gozo
em servi-lo e nem descanso em Suas promessas. Quando sabemos que recebemos do
Senhor, tudo se transforma numa verdadeira escola da graça. Foi assim com
Paulo, pois ele afirmou que aprendeu a viver contente em toda e qualquer
situação (Filipenses 4). Aquele que sabe como render graças ao Senhor na
prosperidade, também saberá louvá-lo na adversidade.
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