quinta-feira, 23 de abril de 2015

“OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS” (7)




“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se  em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1:21)
CONHECIDOS PELA FÉ QUE CONFESSA A SOBERANIA DE DEUS: “...O Senhor o deu e o Senhor o tomou...”
        Amigo leitor, já pudemos ver como a verdadeira fé se ergueu da cinza e estufou o peito para mostrar a vil condição do homem, tirando-o do seu trono de presunção, e assim estabelecer o verdadeiro culto a Deus. Onde o homem é exaltado, o Senhor não está presente em Sua graça, mas sim em Seu ódio. É preciso desmantelar esse ídolo humanista, fazendo com que toda a boca venha a se calar, porque o Senhor é Deus e que todos os direitos são absolutamente pertencentes a Ele. Chegou agora o momento para que a voz da fé venha entoar o cântico de verdadeiro louvor de lábios que confessam o Nome do Senhor. Chegou agora o momento para que as palavras da fé fulmine toda mentira que ainda está ao derredor e que os raios da verdade purifiquem o ambiente de forma total, e toda incredulidade vil e perversa fique emudecida.
        A primeira lição que emerge do texto é o fato que Jó apresenta Deus como o grande doador de tudo: “...o Senhor deu...”. A aliança dos homens no coração com o pecado ignora essa verdade e assim os homens tendem a pensar que aquilo que eles têm veio deles mesmos. Por essa razão, o culto mais sublime que os homens deveriam dar continuamente a Deus – o culto de ações de graças está infinitamente longe de suas cogitações. Se Jó não fosse um homem crente, cheio do temor de Deus, certamente sua reação seria completamente oposta e teria feito exatamente o que sua esposa lhe propôs. Mas, como temos lições positivas, maravilhosas e firmadas sobre a inabalável Rocha dos séculos, devemos examiná-las para nosso bem e assim aprendermos com Jó como realmente devemos cultuar a Deus de todo nosso coração.
        Quando Jó disse: “...o Senhor o deu...”, as humildes palavras dos lábios de um genuíno crente trazem riquezas eternas. Dá para o leitor perceber que satanás levou toda riqueza material de Jó, mas não a riqueza eterna, a qual estava oculta em seu coração. Se não houvesse esse acontecimento tão trágico, jamais teríamos tais palavras de Jó agora impressas e inspiradas para nosso bem. Como precisamos aprender que é o Senhor que dá! Por quê? Tudo é Dele! Dele é a prata e Dele é o ouro. Mas há uma diferença quando recebemos diretamente do Senhor, porque satanás, ladrão e salteador também promete dar. Quando recebemos de Deus é certo que o método Dele em nos doar bens materiais sempre seguirá os princípios da justiça. Ele sustenta os homens pelos princípios da honestidade e de diligentes serviços. E isso acontece com todos, mesmo com os que não são crentes.
        Mas com os crentes, como o caso de Jó, eis que ao entender que tudo vem de Deus, eles sabem como é prazeroso desfrutar desses bens. Enquanto Jó viveu cercado pela santa prosperidade material, certamente ele teve o prazer de desfrutar. Tudo vem de Deus e por isso tudo está embasado de bênçãos, da verdade, da justiça, de alegria e compromisso em servir. Tudo aquilo que recebemos das bondosas mãos são maravilhosas bênçãos e enchem nossos corações. Ali não vai habitar o medo de perder essas coisas, nem o egoísmo para desfrutar sozinho daquilo que nossos semelhantes devem também participar. Muitos crentes correm à busca incessante daquilo que querem desesperadamente ter. Não há descanso em Deus; não há espera Nele, nem há gozo em servi-lo e nem descanso em Suas promessas. Quando sabemos que recebemos do Senhor, tudo se transforma numa verdadeira escola da graça. Foi assim com Paulo, pois ele afirmou que aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação (Filipenses 4). Aquele que sabe como render graças ao Senhor na prosperidade, também saberá louvá-lo na adversidade.

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