“Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, porque
eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão”(Lucas 13:24)
Caro amigo, o Deus de amor e de tão rica misericórdia, que lhe provê
das maravilhas dele e que deseja o seu bem eterno. Aquele tudo fez e está lhe
mostrando que é tudo dele, e que Ele, Deus, tem o poder de tomar, assim como
Ele tem o poder de dar. Olhe em todas as direções, e veja que é tudo dele. Do
Senhor é a terra e a sua plenitude. Meu amigo, nada você tem. Essa imensa casa
da criação de Deus, casa que os nossos olhos não podem alcançar pertence ao
glorioso Senhor. Volte os olhos para o texto de Lucas 13, pois quem está
falando não é um mero homem, mas sim o Senhor da Criação, e Ele adverte com mui
terno amor. Muitos procurarão entrar e não poderão.
Se você meu amigo está
enquadrado neste grupo de milhares, que serão acordados tarde demais. Mas Ele,
com a poderosíssima força de sua graça, usa sua maravilhosa e rica palavra para
abrir os seus olhos espirituais, para que veja a grave e desesperadora situação
na qual se encontra o perdido, para que você possa correr para buscar socorro e
livramento para sua alma. Que grande oportunidade você tem agora para conhecer
o tempo da visitação de Deus. Ai de você, se quer permanecer nessa falsa
impressão de bem-estar que fatalmente lhe levará à perdição. Tudo agora lhe
favorece. Toda providência Ele tomou para lhe trazer ao arrependimento. Veja a
história do Calvário e o preço da redenção. Deus entregou o melhor dele para
trazer ao perdido uma verdadeira libertação, a fim de tirar o pecador do medo e
da vergonha que há de vir. Então, pode estar certo, que há redenção no sangue
vertido, pode estar certo que o Deus de toda bondade tem riquezas, não esse
tesouro ilusório que Satã oferece, e que se desvanece com o tempo, como o gelo,
e não traz uma satisfação duradoura. A porta estreita está plenamente aberta para
sua entrada. O Salvador diz ‘Vinde a mim’, mas Ele chama cansados e oprimidos.
Ele convida aquele que sabe que carrega o peso do pecado. Vá aos pés do Rei
agora, pois tem lugar no reino dele para a alma arrependida. Ele veio ao mundo
buscar e salvar o perdido, e não importa o tamanho do pecado, ou a quantia exorbitante
de suas iniqüidades, a sua confiança e a sua ida a Cristo é o que importa.
“Quando o dono da casa…” (Lucas 13:25). O amigo que está lendo
esta mensagem vai perceber que há um progresso nesta mensagem. Sim. Ao passar
para o versículo 25, nós vemos que Jesus Cristo amplia o que Ele estava
querendo falar para aquele interrogador. Quero convidá-lo, então, para pôr seus
olhos nesta porção da Palavra inspirada. O homem havia chegado a Jesus e havia
perguntado ao Senhor: “São poucos os que são salvos”? Dá
impressão de que o Senhor Jesus Cristo não queria dar uma resposta para o
homem. Mas ele alonga a resposta, Ele vai passo a passo para mostrar que tudo
aquilo que Ele tem falado é uma resposta da interrogação daquele homem. E o
Senhor iniciara no versículo 24 uma lição impressionante a respeito da
responsabilidade do homem em se humilhar, deixar o caminho largo que lhe levará
à perdição eterna, e correr pela fé para o caminho estreito. Está bem claro no
versículo 24. E já passei por aquele versículo um bom tempo.
No versículo 25, vemos o
Senhor mostrando a razão porque deve haver por parte do pecado esse esforço
para correr imediatamente ao lugar de escape, que é a porta estreita. Já falei
sobre o que Ele apresenta no final do versículo 24. “Muitos procurarão...” ,
mas no versículo 25, o Senhor Jesus vai mais longe ainda. O que acontece ali? O
Senhor está ali diante de homens e mulheres que conheciam o Velho Testamento.
Não era só aquele homem que chegou para Jesus e fez aquela pergunta. Havia
muitas pessoas ao redor de Cristo, talvez milhares de pessoas. E o Senhor
estava diante de pessoas que já sabiam a história do Novo Testamento. E aquele
povo judeu se gloriava em sua religião judaica. Aquele povo achava que por
serem descendentes de Abraão, já eram automaticamente herdeiros do céu. Eles
desprezavam outras nações. Eles achavam que todos os judeus já eram,
naturalmente, herdeiros do céu. Eles vangloriavam disso. Mas Cristo procura
desmanchar toda aquela arrogante confiança. E Jesus mostra-lhes o perigo eterno
que lhes aguardava, caso não houvesse conversão sincera partindo de um coração
quebrantado, humilhado, e que corresse para o Senhor em busca de salvação.
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