A MORTE DO SALVO E A MORTE DO NÃO SALVO (2 de 13).
“Como ovelhas são postos na sepultura; a morte é o seu pastor; eles
descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é
o lugar em que habitam. Mas Deus remirá a minha alma do poder da morte, pois
ele me tomará para Si” (SALMO 49:14,15).
Caro leitor, creio que a introdução tão
breve serviu para mostrar quão importante é esse assunto e que esse tema não
faz parte da pregação em nossos dias. Até parece que isso é antiquado e fora de
moda, porque para a pós-modernidade não existe mais o homem mortal e o mundo
deve ser o lugar buscado e desejado para uma vida de prosperidade sem limites.
Mas o que o mundo
pensa e o que os evangélicos modernos pensam e pregam não me interessa. Devemos
colocar nossos olhos e concentrar nossa fé de forma vigorosa e decidida na
pura, santa e eterna Palavra de Deus. Por isso chamo a atenção dos meus
leitores para a passagem supra citada do Salmo 49 e concentremos nossa atenção
nessas palavras cheias de sabedoria do Espírito Santo.
Caro leitor, vamos
dar uma olhada geral nesse Salmo, porque não somente vale a pena conhecê-lo,
mas também teremos mais luz tirada do próprio contexto para que entendamos
melhor as lições dos versos 14 e 15. Veja bem o quanto o Salmo 49 mostra a
luta do não salvo para obter um seguro de vida aqui. Ora, o que passa
perante nossos olhos todos os dias em nossas cidades pelo mundo afora, eis que
o Espírito de Deus revela com clareza perante os olhos daquele que crê.
O que homens e
mulheres fazem neste mundo? Puseram a confiança numa segurança tão tosca que o
mundo oferece. Sempre foi assim, desde que o pecado entrou. O pecado
transformou o cenário mundano num paraíso. Não mais Deus; não mais o Criador;
não mais a segurança da Sua presença; não mais a santidade e pureza do ambiente
aceitável a toda criação; não mais glória para Ele e não mais Suas promessas
salvadoras de um paraíso eterno. Segundo os mundanos, Deus é algo obsoleto,
descartável. Tudo o que os homens precisam está aqui e que os homens devem
lutar para adquirir aqui a segurança que tanto precisam, a fim de viver, de
aproveitar o máximo dos seus dias aqui.
Caro leitor, dê
uma olhada no verso 6: “Dos que confiam nos seus bens e na sua muita
riqueza se gloriam?” Veja como os mundanos buscam segurança em seus
bens. A confiança deles está naquilo que podem obter aqui. Por isso que vivem
lutando para conquistar o máximo que puderem alcançar. Querem ficar ricos;
querem cercar suas existências com máxima proteção; puseram sua confiança não
em Deus, mas nos bens; não no Criador, mas na criação; não no Eterno, mas sim
naquilo que simplesmente murcha, seca e é consumido pelo tempo e pela
selvageria dos homens. Eles sobem às alturas das glórias passageiras e de lá se
atiram aos prazeres, usando esses apetrechos como se fossem paraquedas.
Mas o fato é que
aquilo em que os homens confiam passa a ser para eles motivo de glória. Por
essa razão eles se gloriam nessas coisas. Como eles olham ao derredor eles
acham que estão seguros, porque se veem cercados dessas “paredes protetoras”.
Mas o fato é que os mundanos não conseguem olhar para cima (Isaías 22:11). Nem
sequer passa em seus corações obscurecidos que o perigo não vem daqui, mas de
cima – de Deus. Quando os homens põem sua confiança nos bens, quanto mais
ampliarem seus bens, então eles se tornam seus deuses, dignos de toda fé.
Foi assim com o
rico da parábola contada por Cristo (Lucas 12:16-21). Com toda esperteza ele
conseguiu acumular muitos bens e encarou tudo o que possuía como um verdadeiro
cerco contra os infortúnios da vida. Mas pobre alma! O que para ele era ganho
se tornou eterna perda! Enquanto imaginava ser prudente, sábio e esperto, não
passava de um pobre louco, o qual tentava driblar a morte. Ele soube bem olhar
tudo ao seu derredor, mas esqueceu de que o Rei dos reis e Senhor dos senhores
reinava sobre tudo e sobre todos!
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