“Sabemos que somos de Deus e que o mundo
inteiro jaz no maligno” (1 João 5:19) UM
POVO DE ORIGEM DIVINA: “...que somos de Deus...”
Caro leitor que ama a verdade bíblica,
que prazer tem meu coração quando posso retornar ao exame de um texto como
este! Preciso me esforçar para que a luz celestial venha brilhar neste mundo
carregado de confusão e mentiras religiosas. Estou certo que os verdadeiros
crentes precisam desse norteamento bíblico, a fim de que possam de fato
produzir fruto para Deus e para a glória de Deus. Nossa felicidade não carece
desse tempero religioso; nossa felicidade não depende das aparências de um
mundo que passa com suas paixões; nossa felicidade parte de corações que foram
santificados na verdade e que por isso andam na verdade.
Mas o texto continua mostrando seu
próprio fulgor, pois a frase: “Sabemos que somos de Deus...” traz
consigo esses preciosos ensinos da graça. Notemos bem que somos UM POVO FELIZ
porque a origem do povo de Deus é do próprio Deus: “...somos de Deus...”. Se o
leitor for meticulosamente atento verá como a pequena frase fornece lições
maravilhosas da graça a respeito da origem dos verdadeiros crentes. Se
considerarmos a preposição “de” referindo a origem (assim como
dizemos: “esta carta veio de Maria”), então entenderemos bem que ao lidar com a
igreja de Deus estamos realmente envolvido com coisas eternas. O mundo sempre
pensa na igreja do ponto de vista mundano, terreno e passageiro. Não estamos
tratando de denominações, nem de qualquer organização religiosa. Referimos sim,
ao povo remido e comprado pelo sangue; falamos da igreja, noiva amada do
Cordeiro que será eternamente Dele. Então chegamos ao lugar sagrado, aonde o
mundo não pode entrar.
Então, tendo essa verdade em mente
vemos que a igreja é obra de Deus na eternidade: “Assim como nos escolheu Nele
antes da fundação do mundo...” (Efésios 1:4). Veja caro leitor, que a
igreja é fruto de um plano idealizado pelo conselho de Deus; é resultado de uma
eleição ocorrida em tempos sempiternos, completamente distantes do nosso pobre
entendimento. Assim sendo, ao mirar esse POVO FELIZ, lidamos com coisas
incompreensíveis à mente natural e loucas à sabedoria terrena. Estamos entrando
em terreno santo e mexendo com uma população imensa de milhões e milhões, de
milhares e milhares. Esse POVO FELIZ veio da eternidade e segue firmemente para
a eternidade. Milhões desses santos já partiram, mas eles estão vivos, pois o
Senhor deles não é Deus de mortos, mas sim de homens e mulheres vivos, mesmo
que não estejam pisando este solo terreno.
Mas quero continuar envolvendo meus
leitores em argumentos doutrinários, porque sei que os que amam a verdade
anseiam firmar sua fé na verdade. Veja bem caro leitor, nada há nesse POVO
FELIZ que motivou Deus a escolhê-los, a não ser pura misericórdia. A eleição
não foi meritória, pois fomos vistos em nossos pecados; fomos vistos caídos em
Adão; fomos vistos como rebeldes, atrevidos e ofensivos contra Deus; fomos
vistos como merecedores da Ira e da condenação eterna. Os genuínos crentes em
nada eram diferentes de toda massa adâmica. A escolha não foi feita por Deus
baseando em indivíduos, mas sim em Cristo: “Assim como nos escolheu Nele...”.
Veja que o termo Nele para dar ênfase, pois esse vocábulo nos traz o ensino que
precisamos compreender. Quando Deus o Pai escolheu Seu povo, Ele o fez em Seu
Filho Amado, a fim de que a escolha tivesse como base Sua graça.
Então caro leitor, a eleição em Cristo
já mostra por si mesma a santidade da escolha, a pureza da escolha, o triunfo
da escolha, a glória da escolha, o amor de Deus na escolha, os planos eternos
cumpridos na escolha, porquanto nessa maravilhosa obra de arte da graça não
pode haver frustração. O povo santo de Deus é UM POVO FELIZ! Os verdadeiros
crentes caminham rumo a felicidade eterna e eles experimentarão essa verdade de
forma perfeita. Agora não, agora as nuvens deste mundo e do inferno tendem a
dissipar nosso gozo, mas tudo serve para que o fogo santo venha a arder ainda
mais em nossos corações!
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