sexta-feira, 28 de junho de 2013

O INERENTE HUMANISMO




Mas o povo, vendo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e lhe disse: Levanta-te, faze-nos um deus que vá adiante de nós; porque, quanto a esse Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu” (Êxodo 32:1)      
         Logo no limiar da aliança estabelecida entre Deus e a nação de Israel podemos presenciar o que realmente significa a natureza humana em sua condição depravada, cruel, inimiga de Deus e predisposta a viver na impiedade. Desde a saída do Egito até aquela ocasião toda aquela população esteve cercada de sinais e maravilhas feitas pelo Todo Poderoso; nenhuma outra nação pode ter esse privilégio. Mas mesmo assim eis aí a inclinação natural susceptível a confiar no homem em lugar de Deus: “...esse Moisés, o homem que nos tirou...”.
         Ó como os homens estão dispostos a glorificar o homem em lugar de Deus! Ó como estão aptos a por sua confiança na carne mortal! (Jeremias 17:9). Foi no silêncio da ausência do grande líder de Israel que a nação mostrou as intenções do coração humano. As maravilhas do braço forte do Senhor e os terrores da lei não foram suficientes para acalentar seus corações nem animá-los para andar em temor e santa obediência à Palavra. Eles tinham olhos, mas eram espiritualmente cegos; seus ouvidos eram carnais e completamente surdos para Deus. A ausência de Moisés indicava que estavam “livres” desse Deus Santo; ali mostraram o quanto seus corações eram mundanos e agregados ao sistema de vida egípcio, mesmo com a escravidão. Queriam liberdade, mas para dar vazão à carne.
         A conclusão de seus corações foi que Moisés morreu, e para eles não era motivo de pesar e tristeza, pois ansiavam uma liderança segundo as corrupções de seus corações, pois queriam festas, orgias e religião segundo os moldes da carne. Nada havia de santo temor, reverência, gratidão e devotada obediência Àquele que mostrou Seu amor por eles no grande livramento ocorrido no Egito. Ao pé do monte Horebe eles ficaram cercados de um ânimo mundano, na expectativa de ter o que tanto a natureza humana almeja – a liberdade para pecar e pecar mais!
         Caro leitor, Israel mostra exatamente o que o homem é no coração – humanista. Se Moisés morreu, levantemos um Arão; queremos novidade religiosa; almejamos um deus do nosso estilo; queremos ficar com a teologia certa, mas queremos adorar um deus feito por nossas mãos – bezerros de ouro. Deixe conosco, pois ao celebrarmos nossos cultos em torno desses “bezerros”, diremos: “Esses são os deuses que nos tiraram do Egito!”.
         Ora, esse humanismo religioso de nossos dias segue o mesmo estilo, pois conseguiram adaptar os ensinos bíblicos com os deuses que eles fabricaram e fabricam. Eles celebram suas festas pagãs, pulam, dançam, cantam, buscam prosperidades, porque querem continuar vivendo em seus pecados. Nada podemos esperar do velho homem em Adão, pois sai do ventre materno apto para desferir mentiras contra Deus (Salmo 58:3).      Caro leitor, enquanto não houver uma mudança no coração, o homem no pecado é o mesmo, pronto para buscar liderança religiosa dos homens, pois não quer e odeia a liderança do Senhor Deus. Não há solução, a não ser que o Senhor em Sua misericórdia realize Sua portentosa obra de tirar o coração de pedra e conceder um novo coração (Jeremias 31:33). Vemos isso ocorrendo quando homens e mulheres passam a buscar o Senhor de todo coração! Quando o arrependimento e a fé genuína irrompem do céu, atingindo as almas. Assim homens e mulheres passam a ter o temor do Senhor; passam a amá-lo de todo coração e vivem em santidade de vida, odiando o pecado e amando a justiça.

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