terça-feira, 25 de junho de 2013

William MacDonald - “Um dia de cada vez”




“Meu filho Absalão, meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera que eu morrera por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” (2Samuel 18:33)

Ignoramos se Absalão era salvo ou não, mas os gemidos de seu pai refletem a dor que muitos crentes experimentam quando morre algum parente não convertido, por quem possivelmente oraram por muitos anos. Há algum bálsamo em Gileade para tal ocasião? Que postura adota a Escritura?
            Em primeiro lugar, nem sempre podemos estar seguros se a pessoa em realidade morreu sem Cristo. Escutamos o testemunho de um homem que foi arrojado por um cavalo e que confiou em Cristo: “Entre o chão e o estribo, misericórdia procurou e misericórdia encontrou”. Outro homem caiu da passarela de um navio e antes de que o seu corpo tocasse a água, converteu-se. Se tivessem morrido naqueles contratempos, ninguém teria sabido que morreram na fé.
            Cremos que é possível que uma pessoa se salve estando em coma. Os médicos dizem-nos que uma pessoa em estado de coma amiúde pode escutar e entender o que se diz na casa, ainda que não possa falar. Se pode ouvir e entender, o que impede que alguém receba a Jesus Cristo por um ato concreto de fé?
            Mas suponhamos o pior: que a pessoa morre sem ser salva. Nesse caso, qual deve ser a nossa atitude? Devemos pôr-nos do lado de Deus contra a nossa própria carne e sangue. Se alguém morrer nos seus pecados não é culpa ou erro de Deus; porque a um custo excepcional, Deus há provido um meio pelo qual as pessoas podem ser salvas dos seus pecados. A salvação é um dom gratuito, totalmente à parte de qualquer ideia de dívida ou mérito. Se os homens rechaçam o dom da vida eterna, que mais pode fazer Deus? Certamente não poderá povoar o Céu com os que aí não desejam estar; pois então deixaria de ser o Céu.
            Se alguns dos nossos seres queridos entram na eternidade sem esperança, tudo o que podemos fazer é compartilhar a dor e a angústia do Filho de Deus, o Qual, chorando sobre Jerusalém, dizia: “Quantas vezes quis... mas não quiseste”.
            Sabemos que o Juiz de toda a Terra fará o que é justo (Gn18:25). Afirmamos a Sua perfeita justiça quando castiga os que se perdem, assim como quando salva os pecadores que se arrependem.
Tradução de Carlos António d

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