“Os que se assentaram nas trevas e nas
sombras da morte, presos em aflição e em ferros, por se terem rebelado contra a
palavra de Deus e haverem desprezado o conselho do Altíssimo” (Salmo
107:10,11)
EM FAVOR DOS PRISIONEIROS DO PECADO.
(VERSOS 10-16)
Prezado
leitor, que o Senhor em Sua graça me conceda argumentos claros, pautados nas
Escrituras, a fim de mostrar o real livramento prometido aos que clamam a Ele.
Os homens no pecado jamais irão buscar o socorro da compaixão de Deus, a não
ser que o Senhor se aproxime para atraí-los. No pecado os homens sofrem gemem
angustiados na escravidão, mas preferem curtir os prazeres, do que arrependidos
invocar o Nome do Senhor para serem salvos.
Caro
leitor, as “panelas de carne” deste Egito mundano são apreciadas pela natureza
carnal, mesmo na presença da morte. Para os homens no pecado é preferível gemer
sob os açoites daquilo que eles colhem. Mas, a compaixão vem do céu, pois o
maravilhoso Senhor desceu de lá para conhecer aqui na terra o que significa o
ser humano no pecado. A raça caída tem um representante humano no céu; tem alguém
que soube por experiência ser “varão de dores, que sabe o é padecer”. Oh, como
Ele é amável, terno! Seu ser pulsa de íntima compaixão pelos aflitos e
desesperados que realmente clamam em busca do Seu livramento.
Seu
livramento é eterno e glorioso e o texto em pauta nos mostra isso: “Então,
na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações.
Tirou-os das trevas e das sombras da morte e lhes despedaçou as cadeias”
(versos 13 e 14). Ora, esse Salmo profético é uma promessa do evangelho feita a
todos os povos: “Todo aquele que invocar o Nome do Senhor será salvo” (Romanos
10:13). Que mensagem incrível de salvação! A verdade é que homens e mulheres,
em qualquer condição da miséria do pecado; no poço da perdição e agrilhoados na
sombra da morte, certamente encontrarão o socorro do grande Senhor e Salvador,
quando invocarem Seu Nome. Em Suas promessas banhadas de Suas misericórdias Ele
afirma que é o socorro e livramento bem presente para os angustiados (Salmo
46:1). Ele não tem intermediários para fazer isso; Ele não o faz por meio de
homens ou de anjos, pois é Ele mesmo que chega para acudir e libertar as almas
arrependidas e contritas. Não precisa da intervenção de Maria, de Paulo, de
Pedro, de qualquer pastor ou missionário.
Digo
mais, que Seu livramento é realmente glorioso e que trata exatamente daquilo
que as almas precisam: “Tirou-os das trevas e das sombras da morte...”.
Notemos bem que em nada a Palavra de Deus está tratando com coisas
insignificantes da carne; nada absolutamente daquilo que o mundo pode prover
para os homens mundanos. Nosso Senhor traz livramento eterno, pois lida com
almas e não com meros gostos carnais e passageiros. Quando homens e mulheres
percebem o que significa “trevas”; quando dão conta de que
estão paralisados e aprisionados num mundo enganoso e quando percebem que estão
indo em direção ao sofrimento eterno, certamente todas as luzes mundanas são
apagadas. Quando as almas percebem que estão longe do Senhor; que apalpam a
escuridão; que estão perdidos, então clamam por livramento.
Meu
caro leitor, veja bem que enquanto a homens e mulheres estão sendo tratados na
carne com as ocas promessas do príncipe deste mundo, certamente ignoram e vão
desprezar a mesa do Senhor. Eles não percebem que habitam na escuridão; não
conseguem ver como estão sendo fisgados pela morte para a eternidade; são
levados na corrente da mentira e puxados pela morte rumo à goela do inferno.
A
mensagem do evangelho visa saudar os pecadores; visa despertar as almas para as
boas novas; visa alcançar os aflitos e perdidos, a fim de anunciar o fato que o
grande Salvador é o mesmo – forte e zeloso em seu ministério de alcançar os
perdidos. Portanto, clame a Ele agora, pois Ele está perto!
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