“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel
e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João
1:9). (terceira)
Amigo leitor, retorno
ao assunto a respeito da genuína confissão, porquanto o verso
lido afirma que a salvação eterna que Cristo dá ao pecador é achada por aquele
que chega em sincera confissão de arrependimento. Devo ir adiante e afirmar
que a confissão verdadeira é um passo muito humilhante para o homem natural. O
caminho da cruz não é benquisto para o homem no pecado. Mas, notemos bem que
Deus não aceita outro meio. Deus não faz adaptações com Seu evangelho para
satisfazer gostos de gregos e troianos. O caminho é um só para achegar a Ele, e
é o caminho estreito da sincera confissão de fé. Deus não se
inclina para o homem a não ser que este seja achado em humilhação e contrição.
Ele é o Deus que está perto dos contritos e quebrantados de coração.
Se você estiver com sua bíblia aberta
nesta passagem do primeiro cap. de João, observe bem o verso 8: “Se dissermos
que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós.” Eis aí um exemplo
de pessoas que não têm um coração de confissão.
Pelo contrário, há uma revolta contra a verdade da Palavra de Deus. A bíblia
afirma que o homem é um pecador; nascido no pecado; que carrega uma natureza
avessa a Deus; que seu coração é um profundo poço do pecado e que
conseqüentemente é amante do mal e odiador de Deus, e que nessa situação jamais
poderá entrar no Reino de Deus. Mas há um conflito no íntimo. Talvez seja uma
pessoa religiosa; talvez seja alguém bondoso no trato com os outros; talvez
seja alguém que procure fazer muitas obras de caridade, por isso não pode
aceitar a doutrina bíblica a respeito do pecado. Talvez por fora ninguém
perceba sua revolta, mas essa atitude é do coração. Sua guerra contra Deus está
escondida no íntimo. Tal pessoa procura se manter longe da verdade. A verdade é
muito dura para ser ouvida; fere muito seu egoísmo, por isso prefere se ocultar
na escuridão. Pode-se perceber ausência de confissão na vida dessa pessoa. Ela mantém seu
estado de empedernida e arrogante perante a luz do evangelho; construiu uma
verdadeira muralha, como a muralha de Jericó, em torno do seu coração para que
a luz da verdade não venha a entrar ali.
Outro tipo de pessoa aparece no verso
10 da passagem lida: “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo
mentiroso, e a sua palavra não está em nós”. Como é tão clara a Palavra de
Deus! Ela revela tudo o que está escondido. Temos nesse verso uma descrição
nítida daquilo que mais aparece em nossos dias. Muitos são aqueles que
reconhecem que são pecadores; muitos são os que admitem o fato de terem
nascidos no pecado e que são corrompidos desde o ventre da mamãe. Porém, a
Palavra de Deus chega com espantosa eficiência para nos mostrar nossos malignos
atos feitos constantemente, revelando o que sai de um coração não convertido. A
palavra de Deus mostra o que fazemos por meio de nossa boca, de nossos pés, de
nossas mãos, de nossos pensamentos. Esse é o ensino que Paulo trata em Romanos
6. Ali Paulo mostra que quando a pessoa está escravizada no pecado ela vive dia
a dia a serviço do pecado: “... pois assim como apresentastes os vossos membros
como servos da impureza e da iniqüidade para a iniqüidade...” (Romanos 6:19). Com clareza o apóstolo fala de nosso viver na
maldade para a maldade. Ora, o homem natural não gosta de ser descoberto por
Deus. Ele prefere tentar se acobertar usando até meios religiosos. Mas a luz do
evangelho vai ao profundo do ser humano para revelar a natureza maligna do seu
coração disposto e predisposto a praticar o mal.
A mensagem tem em vista chegar ao
recôndito da alma, anular as trevas com a presença da verdade e assim trazer o
pecador humilhado aos pés do Rei da Glória. O ministério do Senhor Jesus é
salvar perdidos, e Ele está perto de todos os que O invocam em verdade.
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