“Ele
te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão
que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu
Deus?” (Miquéias 6:8).
O
HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que
pratiques a justiça...”
Caro leitor, retomo o assunto com
alegria em meu coração, porque posso transmitir aos meus leitores o tema mais
importante e oportuno que precisa ser pregado em nossos dias – a justificação
pela fé. Digo isso porque a luta de satanás é para erradicar essa verdade. Ele
dispara suas mentiras como flechas de fogo para todas as direções e a natureza
corrompida do homem tem o maior prazer em aceitá-las, porque elas adornam e
enfeitiçam os corações. A religiosidade moderna, chamada de “evangélica”
apresenta-se bem trajada de santidade, bondade, alegria, festa, sacrifícios e
louvores. Eles armam seus altares e ali oferecem sacrifícios pacíficos, e assim
estão prontos para limpar suas bocas e declararem que não cometeram maldades.
Porém, eis que a Palavra da verdade
aparece para declarar a todos, que todos são culpados e que estão debaixo da
mesma condenação. A mensagem do evangelho afirma que não há possibilidade do
pecador ser aceito, a não ser mediante o sangue remidor; que as iniquidade, bem
como a culpa do pecado só pode ser encoberta pelo sangue do Cordeiro puro e sem
mácula; que somente o sangue torna o pecador aceitável perante o Justo Deus;
que somente a perfeita justiça de Cristo é o único traje mais alvo do que a
neve.
Digo e afirmo que o homem só passa a
ser novo homem em Cristo mediante a justiça perfeita do Filho de Deus. Digo e
afirmo que quando o homem é justificado é que passa a desfrutar da verdadeira
paz com Deus (Romanos 5:1), caso contrário está ainda em plena guerra, fugindo
e mentindo atrás de seus esconderijos. Afirmo também que o homem justificado
por Deus é que verdadeiramente é salvo e salvo para sempre (Romanos 8:1) e que
é a partir desse encontro tão humilhante para a natureza carnal, que o homem
passa a ser visto por Deus como nova criatura (2 Coríntios 5:17) e selado pelo
Espírito (Efésios 1:13).
Então, caro leitor estou tentando
pintar em vívidas cores essa solene verdade, a fim de que não haja engano nos
corações. Eu sei que é essa doutrina que humilha tanto os corações. É esse
ensino que faz desabar o teto e ruir as paredes dessa construção sem
fundamento eterno tão apregoado hoje. O evangelho pregado em nossos dias aqui
no Brasil tem milhões de km quadrados, mas não chega a 5 centímetros de profundidade.
Eu sei que não serei um pregador popular ao pregar a doutrina da justificação
pela fé em Cristo, porque sei que os homens no pecado não querem ser
descobertos em suas vergonhosas culpas perante Deus. Eles correm para as
igrejas já vestidos de belas e suntuosas vestes fantasiadas de louvores,
orações, superstições e sentimentalismo; estão em busca de mais pastores que
pregam o deus que lhes interessam e tomam esses pastores como relíquias vindas
do céu para eles.
Caro leitor, voltemos ao texto em Miquéias,
porque o Senhor afirma o que Ele requer do homem: “...que pratiques a justiça...”.
Veja bem que a mensagem da graça aparece para afirmar que só há possibilidade
de praticar se o pecador for feito justo. Lembre-se que no pecado a alma está
torta, “não é reta nele” (Habacuque 2:4). Com a alma torta, o caminho,
o pensamento e sentimentos serão tortuosos. A mensagem que estou pregando visa
levar meus leitores à convicção de pecado, silenciar todo ruído carnal e fazer
com que homens e mulheres humildemente curvem perante a mensagem da cruz.
Obviamente, o verdadeiro crente já foi
humilhado um dia; já conheceu o perdão e purificação de seus pecados, por isso
pode andar agora humildemente em oração e santidade rumo ao céu. Mas, pode bem
ser que entre meus leitores tenham aqueles que foram erguidos pelos sonhos e
fantasias da superstição religiosa de nossos dias. O evangelho da glória de
Cristo surge para acordar os pecadores e declarar a todos acerca do perigo
grande e grave para a alma que se descuidar. A mensagem da verdade traz o
pecador ao pó, porquanto é nessa condição que Deus chega para falar com o
pecador e apresentar-lhe Sua tão grande salvação.
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