terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

A PORTA ESTREITA (13)




Quando o dono da casa se tiver levantado e fechado a porta, e vós do lado de fora começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos a porta. Ele vos responderá: Não sei de onde sois. Então direis: comíamos e bebíamos na tua presença, e ensinavas em nossas ruas” Lucas 13:25,26.

O JUIZO: “Quando o dono da casa...”
         Convido o amigo a abrir sua bíblia novamente para esta passagem tão impressionante de Lucas 13. Temos muito a aprender. Já estou pregando alguns dias nesta passagem para trazer a todos uma explicação bem clara e vívida. E eu creio que o leitor que procura examinar a exatidão da Palavra da verdade, pode entender o que tenho falado até agora. Muitos são aqueles que estão andando no caminho largo, indo em direção ao inferno, despreocupados, achando que não há qualquer perigo à frente. Estão contentes neste mundo, então contentes no pecado e no engano que o pecado injeta em suas almas. Mas há tanto perigo, e eu quero aqui, com a graça de Deus, lhe ajudar, para que seus olhos espirituais sejam abertos e você possa enxergar o que está escrito, a verdade bíblica como ela é. Deus nos deu sua Palavra, e ela está diante de nossos olhos, está bem perto de nossos corações, e nós podemos ver o que está escrito, e eu procurarei com a bênção do Deus Vivo salientar ainda outra lição.
         Estamos considerando o juízo que há de vir. O Senhor apresentou no verso 25 o dono da Casa levantando e fechando a porta, e isso é algo realmente impressionante. Estamos considerando o juízo sério que há de vir, o juízo está vindo. Até agora, nas últimas mensagens, procurei salientar quanto a questão do juízo em si, e que a chance do pecador escapar, está aqui neste mundo, antes que seus pés se escorreguem para o abismo eterno, o pecador ainda está de pé, ele ainda se encontra debaixo da luz da misericórdia; ele ainda habita nesse corpo mortal e pode enxergar a compaixão de Deus estendida em seu favor para ser salvo. Hoje, enquanto você tem olhos para ver, ouvidos para ouvir, boca para falar, enquanto seus pés podem transitar neste mundo, suas mãos podendo ser estendidas para clamar o socorro de Deus, ainda há chance para você.
         Mas quero lhe convidar a examinar mais de perto o que diz o verso 26. O Senhor afirmou para aquele povo que estava ao Seu derredor: “Então direis: comíamos e bebíamos em tua presença, e ensinavas em nossas ruas”. É impressionante o argumento mostrado por Cristo que aquele povo haveria de usar no dia do juízo. O que nós podemos ver? Vemos o nosso Senhor abrindo um pouquinho a cortina da eternidade, e mostrando o que vai acontecer com milhares que vão adentrar nos terrores do juízo divino. Milhares vivem achando que aquilo que Deus fala em Sua Palavra é brincadeira, milhares pensam assim, milhares não levam a sério, estão ignorando o juízo de Deus, mas notem o que Jesus diz para um grupo de pessoas religiosas, para um grupo de pessoas que achavam que já eram salvas, que estavam satisfeitas com a vida que estavam levando. Eles tinham o Velho Testamento, eles aprenderam a buscar o Deus de Abraão, mas não eram salvos, estavam indo para a perdição. Mas muitos se encontram hoje na mesma situação, pensando que Deus está blefando, ou mesmo, passam de largo simplesmente ignorando não dando mínima atenção aquilo que está escrito. Mas eis aí, Cristo expondo em Lucas 13 o que realmente vai acontecer para todos quantos não correrem para a porta estreita que a porta do novo nascimento, para os que não clamarem aflitos para o socorro e livramento que há somente, e tão somente no Filho de Deus. Elas estão ainda em seus pecados, e não foram purificadas, não receberam o perdão de Deus, não foram salvas, não receberam vida eterna, portanto se acham debaixo do juízo, são réus que serão jogados na aflição eterna.
         Eu sei que esta mensagem não vai agradar a multidão, não é um discurso gostoso de ser ouvido. Muitos vão achar que é um discurso ruim e vão procurar afastar, e não vão querer ouvir uma mensagem como essa proferida pelos lábios de nosso Senhor. Mas, o homem é uma alma eterna, e seus físicos terminarão aqui. A qualquer momento a porta da misericórdia será fechada. A qualquer momento essa corda que está estendida para que o aflito corra para ela e agarre nela a fim de ser salvo, será tirada, então não haverá mais qualquer recurso. Aqui ficará aquilo que o homem ajunta durante o tempo de tua breve peregrinação terrena. A terra pertence ao Senhor, a ninguém mais, tudo pertence ao Senhor, prata, ouro, etc. tudo pertence ao Senhor, o homem não passa de um miserável peregrino, e seu tempo de peregrinação findará. Aqui ficarão os queridos, o dinheiro, bens, amigos, e nada levará consigo quando tiver que enfrentar o que milhares enfrentaram e todos terão que enfrentar - a perigosa morte. Mesmo que tudo aqui parece tão belo e  não há qualquer perigo, tudo é enfeitado ao  derredor; tem tudo aquilo que tanto deseja, mas a sepultura aguarda o pecador, e ela não faz exceção, mesmo que aqui goze, enfim, de todos os favores que o mundo oferece, mesmo que seja cercado de amigos, de bens, de um bom emprego, mesmo que nada falte aqui, entretanto o homem está caminhando para a casa eterna, de onde jamais poderá retornar. 
         É bom saber também, que os pecados acompanham o homem após a morte. O dinheiro ,  parentes, religião, bens não irão não acompanham, mas há uma herança que o homem carrega consigo para a eternidade: seus pecados, suas iniqüidades, eles são seus companheiros diariamente aqui; o homem fez aliança com eles e vão lhe acompanhar e estarão com ele onde estiver, no quarto, na rua, em qualquer lugar, as iniqüidades lhe prendem. Agora são seus companheiros, mas na eternidade serão seus algozes; serão açoites para seus açoites de sofrimento eterno. Mesmo que pareçam poucos, mas eles são terríveis, eles são como ursos e leões que querem devorar, mas estarão com o impenitente na eternidade, longe de Deus, longe da glória de Deus. O homem verá que esses que agora são seus amigos queridos, seus pecados, transgressões, ofensas contra Deus, iniqüidades, serão seus ferozes e terríveis inimigos para sempre. Eles não parecem inimigos aqui porque os homens gostam deles, andam com eles dia e noite, deitam pensando em como servir melhor o pecado amanhã; renovam a aliança com eles para servi-los mais ainda. Então amigo, a alma enfrentará o fato de que é tão terrível aquilo que aqui tanto amou neste mundo.
         O Deus Santo avisou tanto, o Deus Santo avisou que Ele odeia pecado, mas o homem diz, na prática para Deus: “Eu não odeio o pecado que tu odeias, Deus, eu quero viver aqui com eles, eu quero andar com eles. Se tu me queres com meus pecados, então eu vou te seguir.” Porém, Deus não é ministro do pecado, então o homem despreza o fato de que o Deus Santo tem ódio do pecado e continuamente diz para Deus: “Vou fazer o que eu bem quero, vou dirigir minha vida, vou controlar minha vida, vou ser guiado como eu quero, eu tenho os meus caminhos, e vou andar nesses meus caminhos assim como eu gosto, como eu sinto, como eu quero e como sempre procurei ser.” Então, sendo assim, seus olhos serão abertos na eternidade, e eles vão enxergar tardiamente que neste mundo brincaram com fogo, e aquele que carrega fogo em seu seio, será queimado.
        

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