“Não
é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que
esmiúça a penha?”
(Jeremias 23:29). SUA RELEVÂNCIA:
Amigo leitor, o
Senhor afirma aos falsos mestres que Sua
Palavra é fogo.
Isso significa que a Palavra é suficiente e poderosa nela mesma e que assim
como o fogo, nada existe que possa prevalecer ante a força consumidora da
verdade revelada. As palavras que saíam das bocas daqueles homens não eram
oriundas de Deus. Eles não foram enviados por Deus, não foram autorizados a
pregar, Deus não colocou Suas palavras em suas bocas. Eram movidos por ganância,
por lucros passageiros. Aqueles homens, bem como todos os falsos mestres, não
amavam o povo. Suas palavras eram melosas e agradáveis. Os falsos mestres modernos
seguem o mesmo padrão. Então, o que pregavam ao povo era apenas palha. O que
pregam hoje é mentira e a mentira nada pode suportar diante da verdade, assim
como a escuridão não prevalece ante a luz.
Deus utiliza Seus servos para a
pregação da verdade. Quando Ele chamou Jeremias, o profeta ouviu estas palavras
do Senhor: “Antes que eu te formasse
no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te
dei por profeta” (Jeremias 1:5). O jovem Jeremias naquele momento sentiu sua indignidade e
incapacidade diante de tremenda responsabilidade. As Palavras do Senhor revelam
a soberana escolha de Deus até mesmo para o ministério da pregação. Não passava
de loucura correr para pregar, quando Deus não chamou. Mesmo que as intenções
eram honestas, toda tentativa era vã. É melhor continuar sua vida normal, ficar
na sua humilde função dentro e fora da igreja do que correr desvairado a fim de
pregar o que Deus não mandou. Quando Deus chama, Ele habilita o servo; ele concede poder e enche a alma da verdade. É
exatamente isso o que Ele comunicou a Jeremias: “...Eis que ponho
as minhas palavras na tua boca”
(Jeremias 1:9).
Prossigo para deixar esse assunto ainda mais
destacado. Estamos vivendo dias tormentosos de heresias, justamente porque elementos
ímpios correram e estão correndo para pregar ao povo exatamente aquilo que os
falsos profetas pregavam. O resultado era desastroso: “...porque dos profetas de
Jerusalém saiu a contaminação sobre toda a terra” (Jeremias
23:15). Incrível! Eles estavam contaminando toda população, porque pregavam
aquilo que derivava do engano dos seus corações corrompidos e gananciosos. Ouça
a advertência de Deus ao povo naqueles dias: “...Não deis ouvidos as palavras dos profetas, que vos
profetizam a vós, ensinando-vos vaidades; falam da visão do seu coração, não da
boca do Senhor. (Jeremias
23:16). O que pregavam vinha da sujeira de seus corações, da enganosidade de
corações não regenerados.
As palavras dos falsos mestres são
venenosas, contaminadoras, porque aliciam os corações. Elas levam uma paz às
almas, mas é a paz que não vem de Deus. Elas fazem com que os ímpios deitem e
durmam num gostoso colchão, sobre um vulcão que logo entrará em erupção da ira
de Deus. Os falsos mestres põem um tapete no caminho para a chegada do príncipe
das trevas com suas astutas ciladas. A multidão presume que não há sinal de
ira, nem de desaprovação por parte de Deus, por isso homens e mulheres
continuam vivendo em seus pecados, sentindo o conforto e a brisa em seus
corações enganosos e enganados.
Foi assim nos dias de Jeremias, porque
os falsos profetas eram milhares, enquanto os verdadeiros servos enviados por
Deus eram poucos. Estes eram rejeitados, humilhados e assassinados. É assim em
nossos dias quando vemos a maneira debochada que tratam a Palavra de Deus. Ele
está retirando Sua bondade deste mundo. Sua presença de misericórdia está dando
lugar para os festejos do culto carnal, daquilo que mantém a multidão cega
cercada de perigos, porém vivendo numa atmosfera venenosa.
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