“...ali esteve tua mãe
com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre
o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte;
o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda
do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se
alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo
desprezado” (Cantares 8:5)
O ZELO DO AMOR DO ESPOSO (continuação):
Prezado
leitor, o noivo pede à noiva que Ele seja o selo no seu braço: “Põe-me como... selo sobre o teu braço...”. Ela precisa
agarrar-se ao amor que lhe conquistou; que lhe buscou no deserto; que lhe tirou
do sono perigoso e letal onde jazia sua alma. A noiva ainda é frágil e
vulnerável e inimigos vorazes estão ao
seu derredor procurando corromper sua vida e assim afastar da simplicidade do
noivo.
Essa
lição tão preciosa trazida a nós numa linguagem espiritualmente romântica
mostra como a igreja deve ser zelosa em santidade. Que responsabilidade pesa
sobre cada crente de passar sua peregrinação terrena vivendo para a glória do
Rei! Ela primeiramente deve ser separada para o seu Senhor. Cristo comprou com
Seu sangue um povo para Si; Sua entrega na cruz tinha em mira resgatar e
purificar com Seu sangue um povo especial (Tito 2:14); Seu alvo era ter para Si
a esposa amada, por isso não hesitou em provar Seu eterno amor por ela ali na
cruz: “...Cristo amou a igreja, e a Si mesmo se entregou por
ela”
(Efésios 5:25).
Tendo
essa verdade em nossas mentes, firmada em corações alicerçados na Rocha eterna,
segue-se que não mais deve haver qualquer aliança com o pecado. Não há qualquer
razão para que venhamos a ser novamente escravos. Ora, não temos qualquer dívida
com as obras da carne e do mundo maligno! Aquela que era escrava foi resgatada
e chamada para ser liberta do pecado e que agora há de servir voluntariamente
seu Senhor. O direito sobre nossa vida pertence àquele que nos chamou, por isso
cada crente deve ser consciente e obediente em andar com esse Selo no braço.
Agora
passaremos às razões dessa exigência do noivo amado. A bíblia é um livro
impressionantemente revelador e esclarecedor, por essa razão o mundo cego e
insensato não pode suporta a luz fulgurante dessa revelação dada ao povo de
Deus. Os homens ímpios, especialmente os mais cultos são atrevidos e arrogantes
quando ousam aproximar do livro santo, por isso desdenham e afrontam a
linguagem simples, mas preciosa e maravilhosa aos corações santificados. O
mundo jamais poderá aceitar aquilo que Deus entregou aos que foram chamados
pelo evangelho. Corações mundanos jogam beijinhos às mentiras que satanás lhes solenemente lhes mostra.
Não
podemos esquecer o verdadeiro significado do amor. A linguagem do Noivo aparece
de forma distinta: “...porque o amor é forte como a morte...”. Que majestosa
verdade! Que história de amor cerca os remidos: “... Com amor eterno eu te amei por isso com benignidade
te atraí”
(Jeremias 31:3). Qual é a razão de um viver santo e separado para Cristo? Qual
o motivo tão óbvio, sensato e justo de viver exclusivamente para esse Deus? A
resposta está no fato que Ele nos amou.
Querido
leitor, inclinemo-nos ante esse cetro de gracioso do Rei! Curvemo-nos submissos
perante aquele que provou Seu amor por nós quando éramos rebeldes e pervertidos
no viver! Há qualquer razão para que continuemos desprezando o Senhor? Aqueles
que agora são filhos da luz (Efésios 5:8) podem alegar qualquer falta de
comunicação desse amor? Faltaram palavras claras na mensagem do evangelho que
nos chamou da morte para a vida? O amor não se afastou! Aquele que nos comprou
para Si permanece com Seu amor aceso. O que ocorreu na eternidade permanece
ativo para a eternidade!
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