“Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia”
(João 6:44).
A NECESSIDADE DA SOBERANIA
(continuação) “Ninguém pode vir a mim...”
Prezado leitor, tenho procurado mostrar
no texto a necessidade da soberania de Deus na salvação dos perdidos, porquanto
nosso Senhor revela isso na frase: “Ninguém pode vir a mim, se...”.
Estaremos completamente equivocados e embaraçados se pensarmos que precisa de
alguma participação do homem; que se espera uma decisão por parte dele para que
seja completada a obra salvadora. Na meditação anterior procurei mostrar alguns
textos que revelam essa verdade. Mas, visto que meu ministério consiste em
divulgar o evangelho da glória de Cristo, devo empenhar-me em mostrar esse
assunto de uma maneira ainda mais profunda, a fim de que meus leitores possam
caminhar pelas vias iluminadas da revelação bíblica.
Convido
o leitor atento à necessidade da atuação soberana de Deus na salvação dos
perdidos de outro ângulo. Contemplemos as promessas de Deus vistas nas
profecias e nelas vemos como a atuação de Deus é completa para apresentar o
modelo do novo homem. O que a perfeita lei de Deus jamais pode nem poderá
fazer, a graça aparece para declarar essa total realização de Deus. Tomemos
Jeremias 31 e ali veremos algo inaudito, glorioso nos versos 33 e 34: “Mas este é o pacto
que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a
minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus
e eles serão o meu povo. E não ensinarão mais cada um a seu próximo, nem cada
um a seu irmão, dizendo: Conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde
o menor deles até o maior, diz o Senhor; pois lhes perdoarei a sua iniqüidade,
e não me lembrarei mais dos seus pecados”. Ora, o que
vemos nessas impressionantes declarações proféticas? Não é exatamente aquilo
que Deus realmente faz por meio do evangelho nas vidas de homens e mulheres? A
prova está no fato que o Espírito de Deus fez com que o verso 34 fosse
registrado em Hebreus 8:12, para que os crentes hebreus pudessem fazer
diferença entre a velha aliança da lei e a nova aliança da graça no coração.
Outra incrível verdade que revela a
necessidade da absoluta atuação de Deus na salvação, conforme aquilo que nosso
Senhor afirma no texto: “Ninguém
pode vir a mim, se...”, é o ensino do novo nascimento.
Realmente, o que vimos em Jeremias 31 e que podemos ver noutros textos do Velho
Testamento é a verdade do Novo Testamento acerca da necessidade que o homem tem
de nascer de novo. Mesmo no Novo Testamento a luz desse ensino vai acendendo
paulatinamente, e sua revelação plena é vista no esplendoroso evangelho de
João. A mensagem central desse volume sagrado deixa bem nítida a verdade que o
Filho de Deus veio ao mundo para dar vida eterna. Notemos como esse fato
aparece imediatamente no cap. 1 versos 12 e 13: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhe o poder de
serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu Nome. Os quais não nasceram
do sangue nem da vontade da carne nem da vontade do homem, mas de Deus”.
Veja amigo, como essa mensagem anuncia
os milagres da graça! Quem é o salvo? Quem é o crente? Quem é essa pessoa que
afirma ter achado a redenção pelo sangue? É resultado da incrível obra da
graça! É Deus realizando a obra da nova criação! É Deus exibindo ao mundo a Sua
obra de arte, algo vindo do céu! É mais do que uma nova criação, é Deus usando
Sua Palavra e Seu Espírito para trazer à luz Seus filhos! Que exuberante graça!
Nada de mim, nada que partiu do velho homem! Cristo conquistou tudo na cruz, a
fim de que a glória e a honra pertencessem totalmente a Deus!
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