“Não
é a minha Palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que
esmiúça a penha?”
(Jeremias 23:29). FOGO
CONSUMIDOR:
Prezado
amigo, não somos capazes de imaginar o poder da palavra de Deus. Ela é fogo
consumidor. É difícil para a natureza incrédula acreditar no poder
aterrorizante do livro de Deus. Já temos idéia do que o fogo pode fazer,
especialmente quando fecha o cerco. Não posso esquecer o incêndio no prédio
Joelma, na avenida nove de julho em São Paulo no ano de 1974. O incêndio
iniciou no nono andar e foi empurrando as pessoas para cima. Muitos morreram
carbonizados e outros preferiram a morte mais rápida saltando do prédio. Foi
terrível aquela tragédia que ficou na memória do povo paulistano.
Assim
também a Palavra de Deus é suficiente. Ela funciona por si mesma; ela não
precisa de qualquer ajuda humana. Consideremos essa verdade na prática, porque
é crucial que entendamos tal verdade numa época como a nossa, quando até mesmo
no meio evangélico ignoram a Palavra de Deus. É prevalecente a ausência de
temor àquilo que Deus tem revelado. A atitude é de desprezo, como se o livro de
Deus fosse algo qualquer. Mas a Palavra de Deus é fogo, e veremos agora sua
atuação como fogo consumidor.
Primeiramente
sabemos que ela tem essa função quando sai da boca de Deus. Eis o que o Senhor
afirma em Isaías 55:11: “assim será a
palavra que sair da minha boca: ela não voltará para mim vazia, antes fará o
que me apraz, e prosperará naquilo para que a enviei”. As bocas dos profetas são instrumentos de Deus na
comunicação da Sua verdade revelada aos homens. Mas quando Deus passa a Sua
Palavra aos homens que Ele escolhe, Ele faz com que todo ser do profeta seja
visitado com Sua compaixão, com Seu zelo e com Seu amor. Vejamos Jeremias
inflamado de compaixão! Eis o profeta chorando pelo povo endurecido! Eis o
profeta se expondo às perseguições e injúrias da liderança religiosa e política
em Jerusalém. Os profetas eram homens cheios do Espírito de Deus transmitindo a
linguagem de Deus de forma tal que o povo pudesse compreender, temer,
arrepender e se converter.
As palavras dos profetas comunicavam
misericórdia, justiça e juízo. Essas palavras funcionavam como fogo, do
contrário não tinha qualquer efeito que glorificasse a Deus. A Palavra de Deus
desce do céu, do coração de Deus por meio dos Seus servos. Nas palavras melosas
dos falsos mestres não há tonalidade da misericórdia, nada é aceso das ameaças
e das punições de Deus para um povo rebelde. Pelo contrário, em suas palavras
há armadilhas, porque elas mostram um deus diferente do Deus que se revelou nas
Escrituras. O deus dos falsos mestres é atraente à carne; é pacífico com o
pecado; é conivente com as mentiras religiosas. Os falsos mestres são
instrumentos de punição; são caminhos fáceis para o castigo eterno. Com suas
palavras pomposas, suaves e lisonjeadoras eles são materiais de endurecimento
para corações rebeldes.
Quando
o mundo está cheio de falsos mestres não há avivamento, a não ser um avivar da
maldade. Os falsos mestres têm por meta, não a glória de Deus, mas sim a glória
humana, e lucro pessoal. Eles desviam os homens do caminho certo e ativam a
rebeldia do coração. Eles aprofundam o orgulho no íntimo e promovem o culto
idólatra e supersticioso e fortificam a muralha da resistência a Deus em torno
do coração. Que o Senhor tenha misericórdia desta atual geração! Invoquemos o
Senhor suplicando-Lhe que envie mais profetas, mais homens chamados por Ele!
Sua Palavra não perdeu o poder de fogo! Sua Palavra é gloriosa, suficiente nela
mesma, capaz de queimar todo esse amontoado de palhas! Quantos estão seguindo
elementos malignos e avarentos! Quantos estão seguindo o pai da mentira,
achando que estão pelo caminho certo! São milhares, até mesmo dentro das
igrejas que desconhecem os ardis do diabo, suas astutas ciladas, seus
empreendimentos da mentira, a fim de deter o reino de Deus!
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