sábado, 23 de fevereiro de 2013

O AMOR DE CRISTO PELA SUA NOIVA (26)




“...ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz. Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço; porque o amor é forte como a morte; o ciúme é cruel como o Seol; a sua chama é chama de fogo, verdadeira labareda do Senhor. As muitas águas não podem apagar o amor, nem os rios afogá-lo. Se alguém oferecesse todos os bens de sua casa pelo amor, seria de todo desprezado” (Cantares 8:5)
O PERFIL DO AMOR DO NOIVO:
         Amigo leitor acheguemo-nos perto dessa tão gloriosa declaração: “...porque o amor é forte como a morte...”, e a razão dessa declaração é que nela o noivo explica toda exigência feita anteriormente. Cabe a ela tê-lo como selo no coração e no braço. Toda essa advertência é claramente motivada pelo amor, porque toda segurança no andar dela e todo aperfeiçoamento que ela deve obter no caráter santo e puro Dele deriva desse forte amor.
         Agora cabe a nós conhecer o amor de Cristo, porque o amor do Noivo amado é “forte como a morte”. Todas as exortações dirigidas pelo Senhor à Sua igreja; todas as exigências de santidade, disciplina, separação do mundo, coragem para enfrentar as dificuldades e provações, enfim, tudo aquilo que aparenta ser para nós um peso insuportável, nada mais é do que a presença gloriosa de um amor eterno, conquistador e triunfante.
         Notemos a linguagem do Senhor para Seu povo: “...com amor eterno eu te amei...” (Jeremias 31:3). O “eterno” qualifica o amor, mostra que começou na eternidade e que há de superar todo e qualquer obstáculo, força e poderio vistos nesse breve período de tempo; mostra que está em pleno exercício agora e que em nada esse amor será frustrado e apagado! Mostra que todo planejamento foi feito na eternidade e para a eternidade. Então, o momento agora é para olhar sim, não para nossa pobre e tão ignóbil força; não é para esperar que temos em nós qualquer coisa admirável. Fomos achados no estado de completa repugnância e agora somos como um barquinho navegando no imenso oceano do amor! Somos como leves como penas nas mãos do Onipotente! Na linguagem de Moisés: Por baixo de nós estão os braços eternos! (Deuteronômio 33:27).
         Amigo leitor, os crentes muitas vezes querem voltar atrás! Temos toda disposição para correr em busca da loucura! Nossa natureza carnal ousa nos atrair para os dentes dos ferozes inimigos e preferimos o alimento que tem na panela do diabo! Mas, qualquer esforço é inútil, porque nada mais pode separar o salvo do amor de Deus que está em Cristo (Romanos 8:39). O amor eterno nos tomou para Si e fez uma muralha de fogo ao nosso derredor! O amor eterno nos abraçou, colocou dentro de Sua forte habitação e desafia todos os mais terríveis e atrozes inimigos! Quem pode chegar e arrancar os salvos da Onipotente mão? Como retornar para o Egito? Como cair novamente na antiga escravidão? Como voltar a ser pertencente ao império das trevas? Nunca mais!
         Amigo leitor encaremos seriamente a nossa natureza. Quanta ingratidão há em nossos corações! Quanta disposição para reclamar contra Deus! Quanta demanda por aquilo que para nada presta! Quanta força temos para escorregar em direção ao abismo! Queremos saber o que nos mantém em pé? Estamos dispostos a compreender o que é que nos faz andar rumo ao nosso lar? A resposta única e exclusiva é esse Amor forte como a morte!
         Concluo a meditação deste dia ao mostrar quão abandonada, escravizada e condenada está a alma sem salvação! Quão enganoso é o coração no pecado! Ele respira no mundo um paraíso, ignorando que as negras nuvens da Ira de Deus pairam sobre sua cabeça (João 3:36). Ele não sabe quanto desejo tem a morte eterna em saborear seu sangue como se fosse uma leoa faminta! O convite agora é para que os pecadores se arrependam! É urgente o convite para que homens e mulheres corram para o Salvador Bendito!

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