quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

“QUEM SÃO OS VERDADEIROS CRENTES” (16)




 E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências”. (Gálatas 5:24).
O MODO DE VIDA (cont.): “...crucificaram a carne...”
         Caro leitor, na meditação anterior pude mostrar que a cruz condena a filosofia carnal e concede sentido verdadeiro de humanidade. Noutras palavras, a cruz mostra com clareza a ruína do pecado em Adão e como somente a nova criação em Cristo pode agradar a Deus e servir ao próximo em verdadeiro e genuíno amor. Todas as exortações dadas aos que “estão em Cristo”, têm em vista a dissipação do velho homem e a exibição desse novo homem: “...que segundo Deus foi criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24).
Devido o fato que ainda estão habitando nesta tenda carnal e temporária, os santos de Deus esperam quando sairão deste estado de imperfeição para a habitação perfeita e permanente.
         Caro leitor, a cruz também rompe os grilhões mentirosos da religiosidade carnal e estabelece na vida o verdadeiro culto a Deus. Neste mundo cresce e estabelece a religiosidade da aparência. Aliás, sempre foi assim, mesmo no meio do povo de Deus: “...Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas tem afastado para longe de mim o seu coração, e o seu temor para comigo consiste em mandamentos de homens, aprendidos de cor” (Isaías 29:13). O falso evangelho tem propagado o culto da aparência, da piedade externa e do falso louvor. Homens e mulheres desconhecem a verdade no íntimo; não querem ser descobertos em Adão; não querem sentir sua culpa e condenação merecida; querem lisonjear a Deus nos lábios, mas seus corações são mundanos, corrompidos, avarentos e apegados às paixões.  
         Mas a mensagem da cruz vem para descobrir o coração corrompido; a mensagem da cruz chega para humilhar o homem, levá-lo ao pó; fazê-lo conhecer o verdadeiro significado de arrependimento. A mensagem da cruz faz a soberba calar e reconhecer que Senhor é soberano e que age no meio dos homens pela sua misericórdia: “...Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia...” (Romanos 9:15). A mensagem da cruz faz o homem temer e tremer perante a majestade celestial; faz o homem compreender o tão grande amor que Cristo demonstrou pelos perdidos e assim anelar o perdão pelo sangue e a justificação vinda de Deus.
         Assim, “os que são de Cristo... conhecem o real significado do verdadeiro louvor a Deus. São crentes no coração, amam e obedecem ao Senhor e realmente caminham rumo ao lar celestial. Os verdadeiros santos de Deus não inventam novas fórmulas de adoração; não põem fermento na massa; não vivem das ocas emoções que passam como fumaça,  pois vivem da simplicidade do conhecimento de Cristo (Colossenses 2:6). Os que “...crucificaram a carne...” adoram a Cristo em Espírito e em verdade (João 4:24), porquanto conheceram o poder transformador em seus corações e constroem suas vidas sobre firmeza inabalável das Escrituras.
         Caro leitor, prossigo em afirmar que os que “...crucificaram a carne...”, anularam os obstáculos postos pela carne e estão habilitados a andar pelo caminho rumo ao lugar certo – ao lar celestial. No pecado os homens escorregam para o abismo; desconhecem o terror que os espera com a morte. No pecado os homens não podem e nem querem caminhar para o céu. Aliás, no pecado os homens abominam o paraíso destinado aos santos. Os homens no pecado não podem conviver com as coisas santas e puras. Lá no céu não há maldade, corrupção, imoralidades, vícios, etc. No pecado o homem convive com os abraços paternais do pai da mentira (João 8:44) e estão enlaçados pelo domínio da morte. O caminho para o inferno é quente de paixões! O caminho para o juízo é cercado pelos burburinhos mundanos e de estímulos malignos!

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