quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A VERDADEIRA FELICIDADE (35)




 Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” (Salmo 32:10)
A APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ: “...mas o que confia no Senhor...”
         Caro leitor, meu trabalho consiste em examinar de perto a frase: “...mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá”. Já pude mostrar que a verdadeira felicidade tem um alicerce; que sua base está na firme e sólida segurança eterna; que foi o Filho, o grande conquistador de uma tão grande salvação e que a nova vida começa na morte do velho homem, quando o homem arrependido passa a conhecer o temor do Senhor e sabe que foi visitado pela misericórdia; que agora é nova criatura, caminha com Deus neste mundo e que marcha triunfalmente para o céu.
         Pude mostrar também, que a fé que leva o homem à salvação em Cristo é uma chama que jamais apaga: “...aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus” (Filipenses 1:6), por isso a verdadeira felicidade é resultado de uma contínua confiança em Deus: “...mas o que confia no Senhor...”, e essa confiança é fortalecida na palavra e pela palavra. Nossa natureza tão apegada às coisas terrenas inclina-se a fugir da Palavra, por isso o salmista suplicou: “...não me deixes desviar dos teus mandamentos” (Salmo 119:10). Sofremos porque não mantemos a fé acesa, em plena luz num mundo de trevas. Sofremos porque ao recusar a direção da palavra de Deus, nossa tendência é buscar os tições acesos deste mundo. O salvo precisa manter a lâmpada de sua fé brilhando, porquanto continuamente satanás tenta apagar nosso amor e arrefecer nosso ânimo. Caro leitor crente, o mundo precisa ver em plena incandescência nossa confissão e nosso viver precisa estar cheio de fruto da justiça, a fim de que o Nome do Senhor seja glorificado. Uma fé sem determinação, sem um propósito firme de servir ao Senhor; uma fé que brilhou apenas na conversão mas, que não expandiu, não se tornou cálida mediante as maravilhas da verdade revelada, certamente fará que sejamos como crianças, egoístas, ocupados com nossos interesses pessoais. Precisamos avançar! A alegria do Senhor é nossa força! Prossigamos em conhecê-Lo mais e conquistar territórios do Seu amor e de Sua santidade!
         Vamos agora curtir a frase final do verso 10: “...a misericórdia o assistirá”. Ó como a palavra de Deus é realmente reveladora e humilhante para a natureza carnal! Porque, como podemos compreender felicidade onde há necessidade de misericórdia? Parece tão paradoxal, não?’’. Ora, o mundo não aceita isso, porque para a mente mundana não pode haver esse conceito tão negativo acerca de si mesmo, se alguém quer ser feliz. Para o mundano, o caminho da felicidade consiste em que você seja bem positivo, a fim de aproveitar bem a vida como ela é. O homem natural conhece felicidade de fora para dentro, enquanto o crente conhece a verdadeira felicidade de dentro para fora: “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento...” (Romanos 12:2).
         O verdadeiro crente sabe disso e não há necessidade de montar uma nova estrutura espiritual em seu viver. O salvo não busca uma nova teologia de vida abundante, porque sabe que sua vida começou quando foi visitado pelo braço forte da salvação em Cristo: “...mas segundo a sua misericórdia Ele nos salvou...” (Tito 3:5). Um homem cujos olhos foram abertos para conhecer sua condição tão triste em Adão, há de permanecer na santa dependência dessa misericórdia! Ele sabe que até mesmo uma pequenina atitude de orgulho é o passo certo para a ruína, por essa razão é que Deus disciplina Seus santos.
         Caro leitor, você um dia conheceu sua miséria e merecimento do inferno? Um dia a perfeita lei mostrou seu estado de maldito? Um dia pode olhar para aquele que na cruz sofreu o castigo de nossos pecados? Um dia pode invocar o Salvador bendito e achar Nele tudo o que sua alma tanto anelava? Se houve isso, não há alguém mais feliz neste mundo, porque você sabe o que significa a frase: “...a misericórdia o assistirá”!

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