"Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu...”
(Cantares 6:3)
Prezado amigo, não há
felicidade fora da fonte da felicidade. Fomos chamados à fonte da água viva, à
gloriosa luz da riqueza do amor do Senhor! A ordem dada pela graça deve nos
impulsionar a vencer a carne e deseja o puríssimo ouro celestial. Por que
correr em busca dessas bijuterias mundanas? Por que alimentar a carne com
banalidade e encher nossas almas de tristezas e decepções? O verdadeiro crente
é o cálice da alegria, da riqueza, do prazer e da santidade, porque
simplesmente o Amado da alma pertence ao crente, assim como o crente
pertence ao Amado da alma.
As riquezas deste mundo satisfazem os
apetites da carne, mas Cristo não é em nada aceitável à nossa carne. A natureza
carnal milita contra a pureza e perfeição do Senhor da glória. Qualquer
felicidade contagiante à carne e que pareça bem espiritual, não passa de ilusão
e tática de satanás para nos afastar do Senhor e da Palavra. Religiosamente a
carne consegue descer a ladeira das emoções, mas não tem motor com combustível
da graça para subir com perseverança às alturas do conhecimento do Rei. O mundo
está lá em baixo com todo seu fervor religioso, cheio de festas, barulhos,
motivados pelo seu falso cristo, e a carne quer sempre descer para lá. A fé
sobe para o cume do Monte Sião em oração e no conhecimento da verdade
revelada, a fim de conhecer seu Senhor.
Digo e afirmo que essa confissão: “...e o meu Amado é meu”, mostra a plena satisfação em Cristo. O crente é como
abelhas que buscam o néctar das flores. O falso crente é como mosca que
saboreia o mel no domingo, mas também tem prazer na podridão de uma carne
durante a semana. Uma alma satisfeita não irá à busca de algo a mais. Para que
mais riqueza, se a alma achou a riqueza no Mestre? A alma salva está suprida
com suprimentos eternos. O Egito nos dias de José não precisava de qualquer
favor do mundo porque tinha abastecimento suficiente para suprir a fome que
ameaçava as nações. Assim é o crente, ele está adornado das jóias preciosas
pelo Espírito Santo, assim como o servo de Abraão adornou Rebeca com as jóias,
a fim de que ficasse plenamente certo que ela pertenceria a Isaque.
Amado leitor pense nessas verdades!
Como o mundo vê sua vida? Como é a sua confissão perante a impiedade? Os
adornos da glória de Cristo estão em sua alma? Amigos, parentes e colegas estão
certos que você é realmente um crente? Admiram seu viver, sua alegria, sua
firmeza e perseverança? São atraídos pela vida dedicada e consagrada ao Senhor,
enquanto eles descem agitados à busca de algo que encha de satisfação a carne,
os olhos e a soberba deste viver passageiro? Ou você ainda é uma alma vazia,
por isso agitada? O Rei da glória está do lado de fora da casa de sua vida, você
admira a verdade do evangelho, mas sua alma continua mergulhada na escuridão,
buscando nos amigos, parentes e outras vaidades uma satisfação que jamais será
encontrada? Satanás conduz milhares assim, mostrando miragens no deserto deste
mundo, e assim mantendo-as ressequidas e deprimidas. Venho trazer a solene e gloriosa verdade do amor do Amado da
alma. Veja o testemunho da primeira estrofe que o autor deste belo hino
transmite:
“Cristo
satisfaz minha alma, pois em meu lugar sofreu
Vida,
liberdade plena, Sua salvação me deu!”.
Ó alma, está andando em volta no
deserto desta vida, cercado de tantas promessas ocas e inúteis do príncipe
deste mundo? Chego com a preciosa notícia de que o Senhor Jesus ainda chama os
“cansados e sobrecarregados” (Mateus 11:27). Esse viver de miséria e sofrimento
chega ao fim para a alma arrependida. O terrível fardo do pecado Cristo tira
com Seu perdão, trazendo descanso eterno e alívio!
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