“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel
e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João
1:9). A CONFISSÃO (oitava)
Chamo sua atenção
para 1 João 1:9. O tema que ainda estou abordando é a respeito da genuína
confissão que leva o pecador a conhecer a verdadeira salvação, que Cristo dá
aos que chegam a Ele em sincera fé: “ Todo aquele que invocar o Nome do Senhor
será salvo” (Romanos 10:13). Afirmo que a confissão para a salvação é algo
incompreensível ao entendimento dos homens. O mundo não pode e não tem como
explicar isso, porquanto é algo feito pela Graça de Deus no coração do pecador.
Está longe da imaginação dos grandes deste mundo, pois é algo reservado para os
escolhidos de Deus. Mas entre os homens podemos obter algumas ilustrações
acerca da confissão. Um criminoso mediante a pressão da justiça poderá vir a
confessar seu crime até então encoberto. Vemos que confissão é a declaração do
que a pessoa realmente fez. Outro exemplo clássico é a confissão de amor por
parte de um homem para uma mulher. Ele abre seu coração e declara seu
sentimento para ela. É uma confissão. No mundo vemos confissões feitas
expressando ódio, amor, amargura, desprezo, separação, etc.
Em
1 João 1:9 vemos a confissão de um pecador que chega perante o Salvador; de uma
alma que ouviu a respeito da salvação conquistada na cruz do Calvário, e que
Deus é Fiel e Justo para lhe perdoar e purificar. Sendo que é o encontro entre
uma alma culpada com o Deus perdoador, segue-se que é algo que não se pode
explicar, porque envolve o coração, o íntimo. Nada tendo a ver com aparência,
apesar de que a confissão pode se manifestar de forma externa. Porém, quero
deixar bem esclarecido que as confissões não se manifestam todas igualmente em
termos de experiência ou sentimentos. A experiência é comum a todos os que
confessam no sentido de que eles chegam perante o Salvador em sincero coração,
sem que haja qualquer parte de sua vida que esteja encoberta perante o Deus da
Glória; que toda sua alma está inundada pela luz da verdade bíblica, e ele
achega-se perante o Salvador não mentindo, mas afirmando ser verdade o que Deus
diz a seu respeito em
Sua Palavra. O que quero dizer, em linguagem mais clara, é
que nem todos os que se achegam ao Salvador para invocar-lhe Sua salvação graciosa
vão sentir fortes emoções. Às vezes a fome de alguém é tanta que ele pode
chorar e clamar por comida. A confissão em muitos, entretanto, não se manifesta
assim, pelo contrário, muitos vão a Cristo na simplicidade e calma de uma fé
confiante num salvador que jamais vai falhar.
Posso
ilustrar na maneira que Deus salvou Zaqueu aquele cobrador de impostos (Lucas
19). Na presença do Senhor ele se levantou corajosamente para expressar a
mudança que acontecera em seu coração antes dominado pela avareza, dizendo:
“Senhor, resolvo dar...” Estava pronto a por um ponto final em seu caminho
tortuoso de enganar e roubar. Amigo, sua confissão não precisa ser expressa em
choro e angústia, desde que você se achegue ao Salvador, sendo direcionado pelo
caminho certo conforme nosso Senhor delineia bem em Sua Palavra. Para
outros, entretanto, o poder do pecado foi muito atroz; causou-lhe grandes
ruínas de tal modo que no seu íntimo eles podem estar amargurados; parece que o
fogo da desolação passou deixando sua vida crestada restando apenas choro,
angústia, miséria e disposição até mesmo para por um ponto final em seu viver.
Essas almas ouvem a palavra de Deus e ficam impressionadas ante a verdade de
que Jesus, o Filho de Deus é o Salvador Bendito. Elas vêem que esse Caminho
está aberto e acessível a todos os pecadores, mesmo o mais carregado de pecado;
que Ele, o Salvador Bendito é Fiel e Justo para perdoar todos esses malignos e
destruidores pecados, bem como é poderoso para entrar e renovar seus corações.
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