“Torre
forte é o nome do Senhor, no qual o justo se acolhe e está seguro” (PROVÉRBIOS 18:10)
OS
QUE CORREM PARA ESSA TORRE FORTE: “Na
qual o justo se acolhe...”
Chegando ao final, vemos que o próprio
texto mostra que não são todos os homens que buscam refúgio nessa “Torre forte”.
É claro que os homens no pecado nem sequer cogitam confiar no nome do Senhor. É
mais fácil para o homem natural confiar num pedaço de madeira do que confiar no
Senhor.
Mesmo aqueles que viveram perto e
presenciaram as maravilhas de Deus, se não houve um trabalho da graça em suas
vidas, jamais eles vão tolerar até mesmo o pensar em confiar no Senhor. Não
esqueçamos de que foi essa a atitude do povo mais pobre de Jerusalém, pois
mesmo vendo cidade destruída e eles escapando da espada e da fome, por causa da
misericórdia de Deus, não quiserem ouvir o profeta Jeremias, antes se uniram
para sacrificar e trabalhar pela deusa chamada “rainha do céu”. Diz a tradição
que foram eles mesmos quem apedrejaram o
profeta e o mataram.
Os homens no pecado não correm para lá
porque confiam neles mesmos e cravados nessa insensata disposição eles agem
como peixes que, uma vez tirados da água se debatem querendo voltar ao seu habitat
natural. Foi pela misericórdia de Deus que Ló e as filhas foram arrastados para
fora da cidade, para buscar refúgio numa monte e depois numa caverna. A esposa
de Ló, bem como os genros se dispuseram a morrer em seus pecados, como ocorreu
com todos os moradores das pervertidas cidades de Sodoma e Gomorra. Essa é a
história deste mundo soberbo, o qual se acha na disposição de armar-se para
enfrentar o próprio Deus.
Mas o texto nos mostra que a “Torre
forte” é o lugar dos Justos: “...onde o justo se acolhe e está seguro”. Ora,
não devemos nós buscar esse entendimento? Incrível, mas temos em Jesus no
perfeito modelo, porquanto em Sua humilhação Ele se dispôs a confiar em Seu
Deus. Ele o Justo, desde que entrou no mundo, Sua jornada aqui foi de completo
abandono à vontade do Pai e jamais deixou essa confiança de lado. Foi Ele
ridicularizado pelos inimigos: “Confiou em Deus? Que ele o livre!”. Ele, o
Justo buscou refúgio no nome do Seu Deus e se abrigou Nele, como vemos no
majestoso Salmo 22, onde Ele mesmo narra Sua experiência na cruz – lugar de
horror e desespero. Nosso Senhor se torna o perfeito modelo do Justo, o qual
aprendeu, com duras provas o que realmente significa confiar em Deus. Ele fez
isso na Sua posição de Cordeiro, porquanto sofrendo toda afronta inimiga,
jamais abriu Sua boca para se defender, antes Se entregou ao Pai, para que Ele
fosse Seu forte defensor.
Como Homem muito mais, porque veio
carregar em Seu corpo de humilhação nossos pecados, nossas enfermidades e para
isso foi o manso Senhor, longânimo, paciente, humilde, sem deixar de ser o
forte herói. O Justo não recuou, com medos dos inimigos; ao buscar refúgio no
Seu Deus Ele não fugiu amedrontado como Pedro. Antes foi enfrentar sozinho os
terríveis inimigos, para destruí-los, a fim de trazer as maravilhas da tão
grande salvação ao Seu povo. O que os justos fazem agora? Eles tomaram Cristo
como a verdadeira “Torre forte”; o Nome do Senhor é a poderosa Torre para todos
os justos e é nessa verdade que eles encaram pela fé e são mais que vencedores.
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