quinta-feira, 18 de março de 2021

A ENCARNAÇÃO DO FILHO (5)

                       

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)                          

SUA INDENTIFICAÇÃO E PODER. “Cheio de graça e de verdade”

        Conhecendo a Sua obediência: “habitou entre nós” Pode ter uma notícia mais preciosa do que esta? “Alegra-te ó terra!” Veja a mensagem deste antigo hino: “Alegre nova nos chegou, o grande Deus assim amou a todo mundo pecador, que deu Seu Filho benfeitor em sua redenção”. Veja como o mundo se alegra com os grandes nomes. Se o papa vier ao Brasil ele é exclamado e admirado pela multidão. Grandes homens que prometem melhoras para o povo são tratados como heróis e mitos por todos. E quanto a esta verdade: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...”? Será que entendemos isso? Não estamos tratando de mero nome, mas sim Daquele que criou todas as coisas com Sua poderosa palavra; Aquele que fez o que aprouve Ele fazer no céu e na terra. Triste notícia: “Veio para o que era Seu, mas os Seus não o receberam”. Deveria ser a notícia mais extraordinária a ser recebida pelo mundo; todas as nações e gerações deveriam ouvir esse fato; o mundo inteiro deveria tornar-se o palco de temor, adoração e obediência.

        Mas a verdade é que não é assim para milhares. Ele se revestiu de nossa carne humilhante e se apresentou aos judeus, pois era um judeu por nascimento. Mas como foi a recepção? Calorosa? Toda nação se dispôs a ouvi-Lo e subordinar-se ao grande Profeta? A nação voluntariamente curvou-se ante o Rei dos reis? A nação buscou nele a resposta de como servir a Deus, sendo Ele o grande Sumo-Sacerdote celestial? Claro que não! Curvaram para adorá-Lo aqueles que foram atraídos pelo poder da graciosa visitação de Deus. Magos vieram de uma região longínqua para serem os primeiros humanos a santa adoração e oferta de um reverente amor ao Senhor. A reação de reis e sacerdotes em Jerusalém foi de um ódio assassino e de uma disposição cruel para resisti-Lo e rejeitá-lo nas Suas funções de Rei, Profeta e Sacerdote.

        Ó, que mundo ingrato e terrivelmente mau! Mas, conhecendo nossos terríveis corações e sabedores que toda atração pelo Verbo encarnado foi algo que Deus mesmo fez e faz naqueles que Ele aprouve salvar, ignoremos a atitude hostil deste mundo, a fim de dedicarmos a contemplar Sua identificação e poder: “...cheio de graça e de verdade...”. O que significa “cheio de graça”? Isso faz a real diferença entre o Deus do Monte Sinai e o Deus do monte do Calvário. No primeiro ira, no segundo amor. No primeiro Deus, como que carecendo da intercessão de um Moisés, a fim de não destruir um povo rebelde e idólatra. No segundo, Deus mesmo desce do céu, não com Sua face de ódio, mas de um amor inefável, de aceitação, de simpatia e empatia por homens perdidos. Lembramos bem o que Ele falou com Seus discípulos, que não veio destruir as almas dos homens, mas sim salvá-la. Graça significa que Ele se despiu de Suas prerrogativas da divindade, a fim de ser um Servo submisso ao Pai e um Homem perfeito e maravilhoso.

        Que impressionante segundo Adão! O primeiro não assumiu sua postura de obediência, porque submeteu-se ao pai da desobediência – o diabo. O segundo, em tudo foi obediente e foi assim até enfrentar a morte de cruz. Então, em Sua graça Ele mostrou Sua face de amor, de ternura, compaixão e empatia por seres humanos, porquanto Ele se tornou um ser humano e viveu entre os homens. Quanta oportunidade teve de mostrar Sua santa ira, mas pelo contrário, mostrou completa compaixão pelos homens cruéis e assassinos. Quantas vezes simplesmente retirou deles, escapando da morte, mediante Seu poder. Por que tudo isso? Ele adentrou neste império de trevas, cheio de graça. Entendemos isso?


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