“E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória,
glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)
SUA INDENTIFICAÇÃO E
PODER. “Cheio de graça e de verdade”
Conhecendo a Sua obediência: “habitou
entre nós” Pode ter uma notícia mais preciosa do que esta? “Alegra-te ó terra!”
Veja a mensagem deste antigo hino: “Alegre nova nos chegou, o grande Deus assim
amou a todo mundo pecador, que deu Seu Filho benfeitor em sua redenção”. Veja
como o mundo se alegra com os grandes nomes. Se o papa vier ao Brasil ele é
exclamado e admirado pela multidão. Grandes homens que prometem melhoras para o
povo são tratados como heróis e mitos por todos. E quanto a esta verdade: “E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós...”? Será que entendemos isso? Não
estamos tratando de mero nome, mas sim Daquele que criou todas as coisas com
Sua poderosa palavra; Aquele que fez o que aprouve Ele fazer no céu e na terra.
Triste notícia: “Veio para o que era Seu, mas os Seus não o receberam”. Deveria
ser a notícia mais extraordinária a ser recebida pelo mundo; todas as nações e
gerações deveriam ouvir esse fato; o mundo inteiro deveria tornar-se o palco de
temor, adoração e obediência.
Mas a verdade é que não é assim para
milhares. Ele se revestiu de nossa carne humilhante e se apresentou aos judeus,
pois era um judeu por nascimento. Mas como foi a recepção? Calorosa? Toda nação
se dispôs a ouvi-Lo e subordinar-se ao grande Profeta? A nação voluntariamente
curvou-se ante o Rei dos reis? A nação buscou nele a resposta de como servir a
Deus, sendo Ele o grande Sumo-Sacerdote celestial? Claro que não! Curvaram para
adorá-Lo aqueles que foram atraídos pelo poder da graciosa visitação de Deus.
Magos vieram de uma região longínqua para serem os primeiros humanos a santa
adoração e oferta de um reverente amor ao Senhor. A reação de reis e sacerdotes
em Jerusalém foi de um ódio assassino e de uma disposição cruel para resisti-Lo
e rejeitá-lo nas Suas funções de Rei, Profeta e Sacerdote.
Ó, que mundo ingrato e terrivelmente
mau! Mas, conhecendo nossos terríveis corações e sabedores que toda atração
pelo Verbo encarnado foi algo que Deus mesmo fez e faz naqueles que Ele aprouve
salvar, ignoremos a atitude hostil deste mundo, a fim de dedicarmos a
contemplar Sua identificação e poder: “...cheio de graça e de verdade...”. O
que significa “cheio de graça”? Isso faz a real diferença entre o Deus do Monte
Sinai e o Deus do monte do Calvário. No primeiro ira, no segundo amor. No
primeiro Deus, como que carecendo da intercessão de um Moisés, a fim de não
destruir um povo rebelde e idólatra. No segundo, Deus mesmo desce do céu, não
com Sua face de ódio, mas de um amor inefável, de aceitação, de simpatia e empatia
por homens perdidos. Lembramos bem o que Ele falou com Seus discípulos, que não
veio destruir as almas dos homens, mas sim salvá-la. Graça significa que Ele se
despiu de Suas prerrogativas da divindade, a fim de ser um Servo submisso ao
Pai e um Homem perfeito e maravilhoso.
Que impressionante segundo Adão! O
primeiro não assumiu sua postura de obediência, porque submeteu-se ao pai da
desobediência – o diabo. O segundo, em tudo foi obediente e foi assim até
enfrentar a morte de cruz. Então, em Sua graça Ele mostrou Sua face de amor, de
ternura, compaixão e empatia por seres humanos, porquanto Ele se tornou um ser
humano e viveu entre os homens. Quanta oportunidade teve de mostrar Sua santa
ira, mas pelo contrário, mostrou completa compaixão pelos homens cruéis e
assassinos. Quantas vezes simplesmente retirou deles, escapando da morte,
mediante Seu poder. Por que tudo isso? Ele adentrou neste império de trevas,
cheio de graça. Entendemos isso?
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