“E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a
Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)
SUA
DIVINDADE. “E vimos a Sua glória”.
Essa glória do Verbo encarnado não é a
glória dos anjos nem de qualquer homem, mas de Deus: “Como a do Unigênito do
Pai”. Como tenho falado, é impossível descrever a glória do Filho de Deus. O
que podemos fazer é narrar as
experiências de homens que presenciaram
um pouquinho só desse Ser glorioso. Bastou que brilhasse um pouco desse
resplendor, para que Saulo de Tarso tombasse perante essa luz, a qual incidiu
sobre um pecador com o propósito de leva-Lo ao conhecimento do Santo Salvador e
Senhor. Também, nosso Senhor reservo essa visão para os três apóstolos, para
que eles pudessem narrar e temer o grande nome daquele que se fez carne e
habitou entre nós.
E nós os santos que Nele cremos para
sermos salvos? Fomos agraciados com a beleza
e poder da palavra. Para nós isso é suficiente, porque no momento
precisamos ouvir e não ver. Nossos olhos terrenos não podem vislumbrar a glória do Senhor, até que
O vejamos face a face e para isso teremos que obter o corpo semelhante ao Dele.
Note bem que veremos o Senhor que se fez carne
e tornou-Se homem. Veremos a
glória Dele em Seu corpo glorificado, porquanto os santos serão semelhantes a
Ele naquele dia. Os santos que já partiram deste mundo aguardam a ressurreição,
a fim de obterem o corpo de glória, semelhante ao do Senhor. Mas agora, aqui
neste mundo, o que Deus fez e faz é usar os corpos de barro, a fim de fundir
neles o novo homem em Cristo. O que somos por fora é apenas a forma, ou o
formato externo. É o homem espiritual que
avança de força em força, até que a casa de
barro seja desfeita e receba o que Paulo chama de edifício.
Amado irmão, nosso corpo frágil e mortal
não pode suportar a glória que há de
vir. Então, toda nossa compreensão das realidades eternas está tremendamente
distante de nossa pobre capacidade. O que haveremos de ser entendemos muito
pouco agora. Neste mundo estamos na sala do abc e ficamos felizes por grandes
conquistas no saber acerca das
coisas referentes à glória que teremos
no céu com Cristo. Não esperemos visões e revelações aqui, porque a palavra é suficiente. A bíblia inteira narra
acerca de Cristo e o que temos em mãos no livro nos faz avançar em felicidade,
gozo e exultação, quando dispomos a conhecer nosso Senhor. Pisemos no solo da
sobriedade bíblica, em santa obediência à palavra; desprezemos as fórmulas
mágicas deste mundo religioso, o qual quer nos tirar da verdade revelada na
palavra.
O que precisamos mais? Não nos alegramos
com a Palavra? Não é a palavra de Deus suficiente para nós, assim como o maná
era suficiente para Israel no deserto? Ainda estamos revestidos dessa carne;
ainda o que haveremos de ser não chegou; o
que somos em Cristo está
encoberto pela visão externa que a carne nos traz. Que
fantástica história! Deus se revelou a nós de uma forma que jamais os
homens mundanos hão de compreender. A fé
bíblica toma esses fatos no coração, porque a fé vive da palavra e se delicia
nela. Mas até mesmo nossa fé, o Verbo encarnado a conquistou para Seu povo, a
fim de que nosso ser tivesse constante contato com ele.
O que vemos agora pela fé é tão valioso quanto o os santos presenciaram. Ele é nosso e somos Dele para sempre!
O
que devemos fazer agora? Devemos sim manter nosso ser em pureza, mediante
constante oração e humilde obediência a Ele. Quanto mais perto Dele, mais e
mais conheceremos. Ó amor glorioso! Como o Senhor atentou para nós
pobres pecadores, a fim de que fôssemos dele para sempre,
privilégio inaudito do amor que
veio da eternidade, para a
eternidade.
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