“E o Verbo se fez
carne e habitou entre nós cheio de graça e verdade, e vimos a Sua glória,
glória como do Unigênito do Pai” (João 1:14)
INTRODUÇÃO:
Amado leitor, o quanto nós pudermos ler
e ouvir de Cristo, melhor para nós. A história do Amado de nossas almas deve
ser nossa ambição ouvir sempre, porque é a história eterna daquele que nos amou
e que provou isso vindo para nos servir. Que amigo incomparável! Aliás, ao
abrirmos nossas bíblias, o que vemos ali? Não é Ele mesmo falando? Curvemo-nos
diante Dele! Ouçamos pela fé Sua bondosa voz; conheçamos o fato que Ele é digno
das mais altas expressões de nossos sentimentos, porque todo Velho Testamento é
um caminhar na excelência do conhecimento desse maravilhoso Santo de Israel e
da igreja.
E ao abrirmos o primeiro capítulo de
João? Não é verdade que Ele se sobressai como o Verbo? Impressionante! Fixemos
nosso olhar nessas palavras benditas do verso 14, porquanto partimos da
grandeza de Sua divindade na glória da criação, para chegarmos até à glória da
Sua humanização: “E o Verbo se fez carne...”. Por que ressaltei glória na Sua
humilhação aqui? Por que os santos ficam pasmados ao ver o que os discípulos,
Pedro, Tiago e João viram na transfiguração. E João relata isso em admiração e
adoração: “...e vimos a Sua glória...”. Ora o mundo não pode nem quer ver a
glória do Verbo encarnado. O mundo inteiro sucumbiria, caso a glória Dele fosse
manifestada. Aliás, o mundo nem sequer tolera ouvir de Sua humilhante
encarnação: “E o Verbo se fez carne...”, porque não suporta uma religião
verdadeira, a qual honra o filho de Deus que se fez carne e veio habitar entre
nós. Isso para o mundo é horrível, porque a religião que eles buscam é emendada
de superstições e falsa humildade.
Se pusermos nossos corações em conhecer
nosso Senhor estaremos no caminho certo de uma fé que descansa em fatos
eternos, mas muito mais na glória de conhecermos o Senhor. Quem não se deleita
nele é porque não o conheceu na salvação, porquanto a salvação do perdido é o
encontro dele com o Senhor. Se nossos interesses visam apenas uma salvação que
me garante o céu, pelo fato que fiz uma suposta decisão, é porque não O
conhecemos realmente, a refulgente glória do evangelho não perfurou meu
coração, a fim de quebrar minha arrogância e por terra minha soberba.
Outro detalhe que marca a importância
desse verso de João 1:14 é o fato que naturalmente não poderemos conhecer nosso
Senhor melhor. A fé genuína é o único aluno que tem permissão a entrar na sala
de aula da graça. Fora disso ninguém terá qualquer noção da glória do Filho de
Deus. O mundo falará arrogantemente sobre um Jesus inventado pelo mundo, mas é
tudo mentira e nova fórmula usada pelo pai da mentira para manter os homens
ainda mais prisioneiros em suas próprias crendices. Os crentes em Cristo,
somente eles são convocados a conhecer João 1:14, mas não é aquele conhecimento
superficial que nos leva a decorar o verso apenas. Somos chamados a entrar
nesse recinto sagrado. João 1:14 é um santuário, porque trata da glória do
Filho Unigênito. Tiremos nosso calçado para entrar ali, porque é lugar santo.
Minha esperança é que eu possa ser útil
aos meus leitores em expor o texto com clareza. Me vejo indigno e incapaz de
lidar com tantas maravilhas, mas na força da graça poderei trabalhar bem. É
claro que têm muitos santos de Deus que gastaram tempo num texto como esse e
deixaram relevante explicação. Em tudo podemos aprender, porque grande é o
reino do Senhor! Caminhemos juntos nessa maravilhosa jornada, cheios da alegria
e felicidade em poder conhecer melhor nosso grande amigo.
“Graça real, sem fim, mostra Jesus por
mim, gozo me dá alegria sem par, que prazer, prazer!”
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