“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)
SUA DIVINDADE. “E vimos a Sua glória”.
Não deve ser nossa expectativa mirar a glória do Filho de Deus e ser semelhantes a Ele? João diz em sua 1 Carta (3:3) que “a si mesmo se purifica o que nele tem esta esperança, assim como Ele é puro”. Essa santa aspiração celestial ocupou o coração de todos os santos que passaram por este mundo, pois viveram nessa santa esperança. Aqui viveram por Cristo e para Cristo, pois queriam um dia vê-Lo e ser semelhante a Ele. E nós devemos ser assim também, enfrentando um mundo hostil a Deus e com todas as mortíferas armas do pecado apontadas contra os santos. Você pode dizer que hoje, num mundo tão cercados de perversidades que chegam até nós e dentro das nossas casas, como podemos viver santamente? Mas o que venho dizer é que o mundo é o mesmo e suas intenções agora sempre foram as mesmas que santos no passado enfrentaram. O fato é que a nós foi nos dado o Espírito Santo, assim como foi dado a eles, para que nós pudéssemos ser tão vencedores quanto outros santos foram. O segredo não está em nós, mas sim em nossa obediência ao Senhor. Lembremos, caros irmãos, que fomos chamados para sermos partícipes da glória com Cristo e que por isso fomos salvos. Os santos estão em altíssima posição, mesmo vivendo cercados neste mundo. Um dia eles voarão para os lugares celestiais, para reinar com Cristo e ainda descer com Ele, revestidos de glória, a fim de julgar o mundo. Naquele dia o mundo inteiro verá a glória do Filho Unigênito de Deus.
Chego agora à parte final, porque o texto tem muito mais para que aprendamos e conheçamos nosso Amado redentor. O que temos perante nossos olhos é o fato que no texto é qualificada a glória do Filho: “...glória como a do unigênito do Pai”. O que aprendemos com isso? Ah! Eu sei como a natureza humana despreza o tesouro celeste. Não gostamos por natureza de sentar nessa santa “sala”, a fim de aprender daquele que é o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. O texto mostra que Ele é Filho de Deus: “...Unigênito do Pai” e é o único Filho. Sendo Ele o Filho, Deus o trata como o Amado do Pai. Que linguagem tão inteligível a nós! Que veio do céu à terra para ser o nosso Salvador e Senhor não foi um ser que Deus criou. Ao dizer que o Verbo é o Filho, significa que tem Ele a mesma natureza do Pai. Os anjos são seres que foram criados, mas não foi o caso do Filho. Outro detalhe é que essa linguagem vem a nós no Novo Testamento, para que façamos distinção, entendendo que Ele não um mero homem, filho de Adão, assim como nós somos. Ele veio de Deus, pois sempre existiu com Deus. Essa santa harmonia sempre houve entre as Pessoas da divindade, de sorte que há nessas Pessoas perfeita alegria, comunhão, riquezas, prazer, riquezas e felicidade.
Também podemos dizer que Ele é o Filho, e que mesmo assumindo a forma de homem, jamais perderá sua identidade de Filho de Deus. Deus pôs Nele o título de Filho, porque Ele veio ao mundo como o Unigênito, a fim de um dia ser o Primogênito. Será que podemos entender isso? Ele veio para levar muitos filhos à glória. Como fez isso? Sua morte e ressurreição teve em mira salvar perdidos, livrando-os da ira vindoura e os capacitando pelo novo nascimento a se tornarem filhos de Deus. Sua morte e ressurreição fê-Lo subir ao céu e se apresentando a Deus, não de mãos vazias, mas sim declarando: “Eis-me aqui, e os filhos que me deste...”. De tal maneira que a Nova Jerusalém estará lotada de seres humanos, que um dia se tornaram filhos de Deus pelo novo nascimento.
Que terrível horror espera as milhões de almas que em seus pecados morrerão!
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