“Enquanto calei os
meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o
dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou
como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)
A ORIGEM DA
INFELICIDADE: “Enquanto calei os...”
Se voltarmos aos versos 1e 2 veremos que
eles trazem a resposta imediata ao que vemos nos versos 3 e 4, que a causa da
infelicidade é descoberta; que Deus aponta o pecado e que ao apontar o pecado,
os homens são acusados diretamente como sendo eles mesmos os culpados. Ora, não
podemos separar o homem do pecado, porque este faz parte da natureza, assim
como não podemos separar o leão da sua natureza de carnívoro. Com um remédio
próprio podemos ser curado de alguma enfermidade, mas o pecado é algo
intrinsecamente ligado à própria natureza do homem. O pecado não foi um tipo de
vírus que se apossou de nós, assim que nascemos. A bíblia expõe a verdade com
clareza: “Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo
51:5).
Tendo essa verdade em mente, podemos
assegurar aqui que toda tentativa de melhorar o homem via os meios humanos são
tentativas inúteis. Ele pode se tornar disciplinado, religioso, educado e
ajustado para o bem da sociedade, mas nada disso pode aniquilar o pecado,
porque este faz parte da sua constituição no pecado. Olha como o Salmista trata
sua experiência: “Enquanto calei os meus pecados...”. O que é isso? Davi está
narrando o que ele fez, coisas que a psicologia nem a filosofia mundana conseguem
explicar. A sua natureza pecaminosa, maligna, egoísta e odiadora de Deus estava
ali protegendo seus atos, tentando escondê-los de Deus. Não é algo que nós
mesmos podemos entender em nossa própria experiência? Pergunte a qualquer
crente se não foi essa sua experiência. A razão é clara: o pecado faz parte da
essência do nosso viver.
Outro detalhe de considerável
importância é que é algo individual: “...os meus pecados...”. Sempre que os
pecados são encobertos, na tentativa enganosa de enganar Deus, então há de
manifestar as atitudes de culpar os outros. Davi tentou fazer isso; tentou usar
o marida de Bate-Seba, a fim de dizer que o filho era dele; tentou se ocultar e
passar-se despercebido, usando outros, até mesmos os inimigos para eliminar o
marido de Bate-Seba com a morte. Notemos como os homens sempre estão passando o
bastão das suas culpas para os outros. Foi isso o que ocorreu no Éden, com o
marido acusando a esposa e esta, por sua vez apontando a arma acusadora contra
a serpente. Que mundo terrível, mentirosa e cruel! A individualidade do pecado
mostra a que ponto de monstruosidade o pecado chega.
Enquanto os homens encobrem seus
pecados, eis que tudo ao seu derredor, sem que ele perceba, fica vulnerável às
suas maldades. Davi não contava que os prejuízos dentro da sua família e no
reino fossem tantos e dramáticos, fazendo os mais fracos sofrer. Ter o pecado
encoberto é como amarrar dinamite em torno de si, porque ao explodir trará
sofrimento ao derredor. Alguém disse com muita propriedade: “Se você não matar
o pecado dentro de si, certamente ele te matará”. Ora, não estou falando a
respeito dos homens mundanos, mas sim dos crentes. Davi era um homem crente,
chamado de “o homem segundo o coração de Deus”. Mas Deus o soltou, para que
pudesse ver o quanto os crentes precisam estar continuamente na dependência e
obediência da palavra de Deus no viver.
O que acontece ultimamente é que as
maldades feitas, são como se tivessem lidando com coisas normais na vida.
Pessoas chamadas de crentes praticam seus atos, limpam a boca e dizem que não
houve maldade. Quanto engano! Os resultados seguirão, mostrando adiante que os
que semeiam vento colherão tempestades.
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