quarta-feira, 24 de março de 2021

A ENCARNAÇÃO DO FILHO (7)


“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)  

SUA INDENTIFICAÇÃO E PODER. “Cheio de graça e de verdade”

        Posso assegurar que nessa graça e verdade o Senhor jamais se afastou do Seu firme propósito em servir. O livro de Deus só registrou aquilo que precisávamos saber, mas é dito que Seus atos foram tantos que não há livro que possa descrever tudo. Maravilhoso Senhor, quanta compaixão tiveste de nós! Sua passagem por este mundo não foi de conforto carnal, pois seu conforto e alegria estavam voltados para alcançar Seu povo, o qual o Pai lhe confiou.

        Mas também seu ministério foi cheio de verdade também: “Cheio de graça e de verdade”. É bom destacar esse fato porque a graça fez que brilhasse a verdade em todos os detalhes. Sem a verdade, a graça seria agradável a todos sem exceção, mas a verdade trouxe a lume as coisas celestiais, os fatos que são chamados de boas novas do céu. Nosso Senhor fez com que todos pudessem ver que por detrás de toda Sua graciosidade estava a triunfante verdade que atrai os perdidos, mas que, por outro lado faz tremer o mundo, as hostes inimigas e o inferno. Toda sua vida foi pautada na verdade, e isso fez com que todos soubessem de onde Ele veio e a razão porque veio ao mundo. Maria e José ouviram dos Seus lábios ainda infantis que veio para cumprir a vontade do Seu pai celestial. Os religiosos, mas arrogantes judeus O odiaram porque Ele se igualou ao Pai e afirmou que veio do Pai. Ele jamais deixou que as perversidades assassinas dos judeus desfizessem Sua coragem. Ele avançou e passou por cima de todas as ameaças, para que todos soubessem quem era Ele, seu propósito de salvar Seu povo e quem era o homem no pecado.

        Esse foi Seu propósito ao vir ao mundo, pois se revestiu de graça e de verdade. Parecia que era somente graça, somente uma face de amor, bondade e compaixão. Mas o fato é que Suas palavras, Seu caminho por onde trilhou, indo até à cruz e Seus atos, em tudo isso brilhou a radiante verdade que glorificava Deus e que lançava luz às sagradas Escrituras do Velho Testamento. Por causa disso nosso Senhor foi cercado pelas hostes mundanas de judeus e gentios inimigos ferozes da verdade, e também pelas hostes das trevas. É perceptível isso desde Seu nascimento e que foi avolumando até chegar sozinho à cruz. Ora, é com isso que nosso Senhor organizou seu evangelho bendito e foi com graça e verdade que Ele encheu Seus discípulos do poder do Espírito, mostrando que era essa a verdade a ser vivida e pregada. Ele mostrou que era Ele o caminho ao céu, mas que esse caminho precisava da luz, por isso se apresentou como a verdade e a vida.

        O mundo terrível gosta de ouvir sobre “graça”, mas o fato é que sem a verdade o mundo não entenderá o que significa graça. A mensagem do evangelho vem bela e adornada de graça, mas essa mensagem é totalmente iluminada da verdade. O mundo quer um Jesus diferente, cheio de graça, mas sendo uma graça conforme os padrões do mundo. O mundo quer ouvir de um Jesus que lhe forneça tudo daqui mesmo, conforme seus desejos firmados num mundo melhor. Foi assim que os judeus se dispuseram a ter Jesus como rei, assim que presenciaram a multiplicação dos pães (João 6).

        Mas a doce face da amorável graça traz consigo a doce verdade celestial, que todos são culpados e condenados. A verdade traz a nova que Cristo, pela Sua graça veio buscar Suas ovelhas e que por elas o preço seria pago com a morte Dele na cruz. E assim, a graça faz iluminar o fato que homens e mulheres culpados precisam se arrepender e converter, para terem seus pecados perdoados de uma vez por todas, e que precisam invocar o nome do Senhor para serem salvos (Romanos 10:13)


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