“E o
Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a
Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)
SUA INDENTIFICAÇÃO E
PODER. “Cheio de graça e de verdade”
Posso assegurar que nessa graça e
verdade o Senhor jamais se afastou do Seu firme propósito em servir. O livro de
Deus só registrou aquilo que precisávamos saber, mas é dito que Seus atos foram
tantos que não há livro que possa descrever tudo. Maravilhoso Senhor, quanta
compaixão tiveste de nós! Sua passagem por este mundo não foi de conforto
carnal, pois seu conforto e alegria estavam voltados para alcançar Seu povo, o
qual o Pai lhe confiou.
Mas também seu ministério foi cheio de
verdade também: “Cheio de graça e de verdade”. É bom destacar esse fato porque
a graça fez que brilhasse a verdade em todos os detalhes. Sem a verdade, a
graça seria agradável a todos sem exceção, mas a verdade trouxe a lume as
coisas celestiais, os fatos que são chamados de boas novas do céu. Nosso Senhor
fez com que todos pudessem ver que por detrás de toda Sua graciosidade estava a
triunfante verdade que atrai os perdidos, mas que, por outro lado faz tremer o
mundo, as hostes inimigas e o inferno. Toda sua vida foi pautada na verdade, e
isso fez com que todos soubessem de onde Ele veio e a razão porque veio ao
mundo. Maria e José ouviram dos Seus lábios ainda infantis que veio para
cumprir a vontade do Seu pai celestial. Os religiosos, mas arrogantes judeus O
odiaram porque Ele se igualou ao Pai e afirmou que veio do Pai. Ele jamais
deixou que as perversidades assassinas dos judeus desfizessem Sua coragem. Ele
avançou e passou por cima de todas as ameaças, para que todos soubessem quem
era Ele, seu propósito de salvar Seu povo e quem era o homem no pecado.
Esse foi Seu propósito ao vir ao mundo,
pois se revestiu de graça e de verdade. Parecia que era somente graça, somente
uma face de amor, bondade e compaixão. Mas o fato é que Suas palavras, Seu
caminho por onde trilhou, indo até à cruz e Seus atos, em tudo isso brilhou a
radiante verdade que glorificava Deus e que lançava luz às sagradas Escrituras
do Velho Testamento. Por causa disso nosso Senhor foi cercado pelas hostes
mundanas de judeus e gentios inimigos ferozes da verdade, e também pelas hostes
das trevas. É perceptível isso desde Seu nascimento e que foi avolumando até
chegar sozinho à cruz. Ora, é com isso que nosso Senhor organizou seu evangelho
bendito e foi com graça e verdade que Ele encheu Seus discípulos do poder do
Espírito, mostrando que era essa a verdade a ser vivida e pregada. Ele mostrou
que era Ele o caminho ao céu, mas que esse caminho precisava da luz, por isso
se apresentou como a verdade e a vida.
O mundo terrível gosta de ouvir sobre “graça”,
mas o fato é que sem a verdade o mundo não entenderá o que significa graça. A
mensagem do evangelho vem bela e adornada de graça, mas essa mensagem é
totalmente iluminada da verdade. O mundo quer um Jesus diferente, cheio de
graça, mas sendo uma graça conforme os padrões do mundo. O mundo quer ouvir de
um Jesus que lhe forneça tudo daqui mesmo, conforme seus desejos firmados num
mundo melhor. Foi assim que os judeus se dispuseram a ter Jesus como rei, assim
que presenciaram a multiplicação dos pães (João 6).
Mas a doce face da amorável graça traz
consigo a doce verdade celestial, que todos são culpados e condenados. A
verdade traz a nova que Cristo, pela Sua graça veio buscar Suas ovelhas e que
por elas o preço seria pago com a morte Dele na cruz. E assim, a graça faz
iluminar o fato que homens e mulheres culpados precisam se arrepender e
converter, para terem seus pecados perdoados de uma vez por todas, e que
precisam invocar o nome do Senhor para serem salvos (Romanos 10:13)
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