sexta-feira, 12 de março de 2021

A ENCARNAÇÃO DO FILHO (3)


“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)

SUA HUMILHAÇÃO:       “E o verbo se fez carne...“

        Conheçamos hoje o amor do Senhor demonstrado em Sua encarnação. Ele não veio sem antes comunicar isso ao Seu povo, e é óbvio que vemos essa comunicação Dele em todo Velho Testamento. Ele jamais deixou que Seus santos em toda história do Velho Testamento ficasse sem as informações claras do Seu imenso amor. É fato que Ele apareceu em forma visível e essa aparição sempre encheu os santos de coragem e vigor. Mas o fato é que ainda não tinha nascido entre os homens. Sua mensagem foi para avisar que um dia o Cordeiro desceria à terra e aqui se tornaria semelhante a nós. Ó que linda história!

        Sua comunicação durante toda história do Velho Testamento, de certa forma foi humilhação sim, porque, quem disse que Deus precisa de nós? Quem é o homem para que Dele te lembres? Mas o que aconteceu foi que do céu o Senhor Ele viu nossa miséria e se apiedou de nós; do céu Ele traçou seu caminho, subindo e descendo, a fim de envolver com os homens, mostrando que estava sim, cumprindo a missão de preparar a história da redenção ao mundo. E não fez Ele de modo perfeito? Não foi Ele tão adorado, admirado e temido? Claro! Os santos, em toda história cantam e contam a mesma redenção.

        Mas, por que a encarnação? Por que o Verbo se fez carne e habitou entre nós? Precisava? Não podia ser o mesmo desenrolar da história que envolveu séculos e milênios? Claro que não! A encarnação não seria completa se Ele não baixasse até nós e tornasse semelhante a nós (sem pecado) pelo nascimento? Como cumpriria os planos de Deus? Como Deus enviaria ao mundo Seu cordeiro, o qual apareceu aos antigos apenas em figura? Como os santos veriam e entenderiam a linguagem toda das Escrituras do Velho Testamento, se não contemplassem sua face de tanta humilhação, a fim de ser o Cordeiro que seria levado à cruz? Como aplicaria as profecias contidas na parte histórica, poética e profética? Como um eunuco entenderia Isaías 53, se Ele não tivesse vindo, a fim de que Filipe pudesse explicar e levar aquele homem à salvação? Olha o que Simeão disse a Deus em oração de louvor: “Senhor, tu podes me levar, pois meus olhos já viram a tua salvação” (linguagem minha).

        Ainda, como as nações veriam a salvação de Deus, conforme a promessa em Isaías? Não é verdade que a história da cruz é tão sublime e gloriosa que bastou essa história para que milhares de judeus e gentios entendessem a verdade. Com Sua encarnação Deus expôs Seu perfeito Mediador entre Deus e os homens. Seu Nome Jesus também trouxe a baila essa humanização do Senhor. Ele é apresentado com um nome que todos entender: “E será chamado Jesus porque Ele salvará o Seu povo dos seus pecados”. Além disso, como seria apresentado por João Batista como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo?

        Também, como poderia nosso Senhor provar Seu amor, sentindo o sofrimento, as dores e as agonias atrozes dos sofrimentos da cruz? Num cordeiro, puro animal do Velho Testamento, bastava uma punhalada e o fim chegava. Mas no tocante ao Senhor, não foi mera punhalada; Ele foi cercado por cima e por todos os lados, recebendo golpes, afrontas, cuspes, bofetadas, palavrões e açoites. Eis aí, em rápidas palavras os resultados tremendos da encarnação. Mas isso não conta tudo, porque não chegamos ainda a compreender tudo do Senhor, especialmente no fato que Ele se agregou a nós; Ele simplesmente se aproximou para nos tocar em nossa miséria e atrair pecadores sujos, maculados e vis, a fim de purifica-los. Ele veio para entrar no meio dos pecadores tomando o nome de Filho do Homem, a fim de sentir de perto o que significa a miséria humana.


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