quinta-feira, 11 de março de 2021

A ENCARNAÇÃO DO FILHO (2)


“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós cheio de graça e de verdade; e vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai” (João 1:14)

SUA HUMILHAÇÃO:       “E o verbo se fez carne...   

        Procurei abrir o cenário desse assunto na página anterior e minha esperança é que todos os meus leitores tenham visto “a porta aberta”, a fim de entrarmos e saudarmos nosso Senhor, tendo aprendido um pouco mais a respeito daquele que nos amou e que por Ele devemos viver. A história da Sua humilhação deve ser a mais encantadora de todas as histórias; que sejamos solícitos em receber essas lições solenes e santas em nossas vidas. Aliás, Deus preparou o cenário durante todos os milênios que antecederam esse vibrante acontecimento, o qual mexeu com o céu e que por isso deve mexer conosco. Que meu Senhor me faça capaz em expor essas lições, na esperança que os santos sejam edificados e o Nome dele engrandecido.

        Na primeira lição devemos saber acerca dessa Sua humilhação e isso deve nos chamar a encarar isso com humilhação e adoração ao Rei, assim como os magos vieram de longe adorá-Lo. Afinal, não estamos lidando com o nascimento de um homem qualquer. Mesmo nascendo alguém de alguma família imperial, alguém importante no conceito mundano, é certo que aquele que nasceu não passa de um ser humano, como qualquer outro. Intrinsecamente não há diferença entre o nascimento de um príncipe ou alguém pobre, pois somos descendentes do mesmo Adão caído e as diferenças achadas e cortejadas pelo mundo logo desaparecem com a morte.

        Mas a verdade é que foi o Verbo que se encarnou e isso significa algo eternamente grandioso. Em poucos versos, desde o começo do capítulo 1 vemos a grandeza do nosso Deus; vemos Sua glória com o Pai e Seu poder como o Verbo, nome que recebeu por ser Ele o Agente da criação, o grande EU SOU. É isso o que Paulo mostra em Colossenses 1, ali nosso Senhor é visto como o grande Autor de toda criação. Repudiamos o ensino de Ário (posteriormente da seita russelita “Testemunhas de Jeová”), porquanto nega a divindade do Verbo com o Pai em Sua glória que nunca teve início e nunca terá fim. Em João é que aparece o termo “Verbo”, mais tarde João repetiu o mesmo termo em Apocalipse. Mas o que importa é que “Verbo” transmite a ideia de ação. O termo “logos” no grego é mais do que palavra. É palavra que transmite algo que se pode ver; “Verbo” mostra algo que é documentado, e o termo era usado na Grécia (não sei se é ainda hoje) para documentos.

        Notemos isso nos atos do Senhor, pois em Suas ações, fazendo o bem, curando, ressuscitando, multiplicando pães, etc. nosso Senhor estava exemplificando o fato que Ele é o Verbo de Deus. Deus mesmo intitula o Senhor de Seu braço em Isaías. Suas palavras também nos leva a reverencia-Lo como sendo o Verbo, porque Ele transmitia mais que meras palavras. Os discípulos reconheceram isso em João 6 quando disse a Ele: “Tu tens as palavras de vida eterna”. Ora, não aprendemos essa verdade na criação? O que temos ao nosso derredor? Não é o milagre do Verbo que apenas ordenou e tudo passou a existir? Claro! O Verbo não silenciou perante os homens, pois tem comunicado Sua mensagem de a criação até agora. Como os santos são bem-aventurados com as palavras que saem da boca do nosso Fiel Pastor!

        Aliás, Ele comunica a todos! Ninguém pode ficar fora, escapando do grande Verbo divino. Toda criação opera segundo a imensidão da Sua voz; tudo na criação funciona perfeitamente, devido o poder glorioso desse que tudo fez para Sua glória. E os ímpios que fiquem atentos, que se arrependam, humilhando aos Seus pés. Se eles fogem da voz do Verbo de Deus, chamando-os ao arrependimento, certamente não vão escapar da fúria do Todo-Poderoso naquele dia final. Glórias pois a Ele nosso Salvador e bendito Senhor.


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