terça-feira, 26 de maio de 2020

CHAMADOS À SANTIDADE (6)



“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hebreus 12: A depravação total. Romanos 3:9-18
O HOMEM E SEU ESTADO DE IMUNDÍCIE
        Ao deparar com a santidade de Deus devemos entender é impossível para o homem em seu estado natural ser santo. Mesmo sabendo que esse é um assunto que todos os crentes entendem (espero que sim), ainda creio que é preciso enfatizar o assunto, porque quando o ecumenismo dá seu brado de “cristão” é porque milhares de elementos já estão se sentindo como se fossem crentes. As poderosas doutrinas da salvação não são facilmente aceitas nem pregadas. O novo nascimento, por exemplo, não é um assunto que conquista os corações, mas é a linguagem de Deus, que mostra o estado de desespero do homem, sem qualquer capacidade para dar a Deus a glória e o viver conforme Lhe agrada. Aliás, toda doutrina da salvação, quando vista com o rigorosa fidelidade às sagradas Escrituras, elas só mergulham os homens em sua calamidade.
        Tentar tornar o homem natural em um santo só resultará em completo fracasso e num cruel legalismo. Homens fieis ás suas religiões ficaram aprisionados em seus próprios erros porque nada entenderam sobre o novo nascimento, assim como Nicodemos quando exposto às palavras do Senhor: “Se alguém não nascer de novo não pode ver o reino de Deus” (João 3:3). O homem pode ser rigoroso em seu sistema religioso, assim como Saulo de Tarso era; pode ser zeloso quanto a alguns costumes e até mesmo poderá praticar muitos atos honrosos em sua vida, mas se não nasceu de novo não terá a natureza que o compele à santidade. Santidade é a natureza de Deus e não pode associar-se à natureza pecaminosa do homem. Para ser santo precisa ser filho de Deus, caso contrário Deus não lidará com a pessoa, assim como um pai lida com seu filho e não com os filhos dos outros. Em Hebreus 12 vemos como Deus trata com seus filhos, a fim de que eles sejam participantes da Sua santidade.
        Observemos bem o fato que o homem não nascido de novo não tem qualquer interesse por Deus. Ele pode gostar de saber que evangélico, pode ter uma bíblia, fazer orações, cantar louvores, etc. mas não há qualquer desejo por amar o Senhor, andar com Ele e agradá-Lo no viver. O novo nascimento produz nova natureza e esse trabalho não pode ser feito por pastor, igreja, ou quaisquer meios religiosos. Em João 3 nosso Senhor afirma que novo nascimento é obra do Espírito Santo e em 1 Pedro 1 Pedro afirma que é obra da palavra. O Espírito Santo e a Palavra de Deus formam as duas sementes que operam essa obra inexplicável pelos homens e inaceitável à mente natural. O homem não nascido de novo pode ter certa satisfação de que está no caminho certo. A natureza enganosa do homem no pecado quer sentir-se bem, quer sentir-se que está em paz e quer convencer a Deus de que nada há de errado no viver.
        Porém, as coisas não mudam quanto a real condição do estado natural do homem. Nós não podemos mudar natureza. Uma cobra venenosa será sempre venenosa, mesmo que suas presas forem arrancadas; uma hiena será sempre carniceira, mesmo que seja criada com carinho e domada num cativeiro. Um homem será sempre o mesmo caído em Adão e pronto para dizer mentiras contra Deus, mesmo que por fora pareça diferente, bondoso e amigo de todos. Enquanto Deus não entrar no coração para tirar o coração perverso, dando-lhe um novo coração que O teme, o homem será o mesmo em qualquer lugar. Se tentarmos mudar a realidade das coisas, conforme Deus mostra em Sua palavra, as consequências serão desastrosas, o engano será maior e Deus retirará Sua presença que traz convicção de pecado. Quanto mais os homens forem levados à humilhação perante o Deus da verdade, mais o Senhor se manifestará como o maravilhoso médico que trata com a alma.

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