“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não dou como a dá o mundo. Não
se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27)
A PAZ QUE O SENHOR OFERECE AOS PECADORES: “A minha paz...”
Quero
agora destacar o significado dessa paz que Cristo dá aos perdidos que chegam a
Ele de todo coração. Ele dá essa paz aos que chegam a Ele em busca da salvação
eterna; aos crentes que estão experimentando lutas e aflições e aos crentes que
estão agora pelo vale da dor, chegando ao final de suas vidas terrenas.
Precisamos conhecer essa paz que emana somente Dele e também porque Ele mesmo
dar Seus santos ensinos em Sua palavra.
Essa
paz é experimentada pelos pecadores que buscam o perdão eterno Dele. Quão
terrível é para o homem quando sabe que viveu e vive com terrível e impagável
dívida contra Deus. Milhões nem sequer sentem o toque dessas culpas em suas
consciências, mas quando são despertados eles se desesperam e correm para o
Senhor, assim como fez Davi quando descoberto em seu terrível pecado de
adultério e assassinato (Salmo 51). Oh! Como o Senhor tem consigo esse bendito
perdão! E Ele concede de forma completamente diferente, da maneira como os
homens perdoam seus semelhantes. Nós perdoamos alguém que nos ofende, mas sendo
imperfeitos, não raro jogamos na face do outro o que ela nos fez. Mas não é
assim com o Senhor, porque Ele perdoa e realmente esquece. Em Miquéias é ilustrada
a maneira como Ele faz para esquecer nossa culpa, porque Ele toma nossos
pecados e os atira nas profundezas do mar.
Também
nosso Senhor em Seu perdão Ele trata da totalidade dos nossos pecados. Já ouvi
muitos crentes orando pedindo perdão dos seus pecados e posso entender a
sinceridade deles. Mas o fato é que na salvação o Senhor trata com a soma total
das nossas iniquidades, perdoando todas, na excelência da Sua perfeita graça,
de tal maneira que o crentes sente-se na liberdade de sobrevoar a vida cristã.
É claro que não significa que foi dada a liberdade de viver na prática do
pecado. O crente que ofende a Deus sabe da necessidade de chegar-se ao Seu Pai
celestial em santa confissão, a fim de poder andar. Confissão é a demonstração
de que depende de Deus no viver diário, caso isso não ocorra Deus pode trazer
sérios açoites, como forma de disciplinar Seu filho (Hebreus 12).
Também
a paz que deriva-se do perfeito perdão vem nos livrar dos momentos cruéis,
quando somos tentados a desistir e entrar em depressão, assim como ocorreu com
Elias na caverna e com Josué com a derrota contra o simples povo de Ai (Josué
7). Mas a resposta vem, quando a fé entra em ação e impulsiona o crente a agir,
voltando seus pensamentos e emoções para seu Deus: “Bendize, ó minha alma ao
Senhor...é Ele quem perdoa todas as tuas iniquidades...” (Salmo 103:1-3). Será
que entendemos isso? Na lei diz: “É Ele quem perdoa”. Na graça diz: “É Ele quem
perdoou”. Veja como o crente adquire paz e não necessita que ele vá à busca dos
meios mundanos, a fim de adquirir vitória no viver diário.
Notemos
bem essas lições que emanam da promessa do Senhor: “Deixo-vos a paz, a minha
paz vos dou...”. Naquilo que o salvo recebeu do Senhor, por meio da Sua
poderosa e eternal conquista na cruz, eis que temos a abundância da paz. É
lógico que enfrentaremos as lutas contra as contínuas atividades da carne, do
mundo e do diabo, mas nossos inimigos só nos impulsionam às maiores conquistas.
Fomos chamados a conquistar as maiores riquezas da paz em meio aos conflitos,
na luta por santidade na caminhada rumo ao céu. Deixo com meus leitores a letra
de um antigo hino do nosso hinário batista: “Triste procuro refúgio ao Teu
lado, volta-me a paz e o descanso me vem. Quando na terra me achar desprezado,
glória terei noutra pátria de além”.
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