sexta-feira, 15 de maio de 2020

A SINGELA CONFISSÃO DOS PECADORES (12)



“Todos nós bramamos como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece; esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus; pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode entrar”. ISAÍAS 59:11-14
A CONFISSÃO DESESPERADA DOS PECADORES
        Estou chegando ao fim desta mensagem, mas ela continua enchendo nossos olhos com a precisão da confissão tão bela dos pecadores arrependidos. Todo meu esforço é para mostrar que é exatamente isso o que Deus faz com os que são atraídos pela graça salvadora. Não me canso de dizer o quanto precisamos de ver essa ação vivificadora do Espírito de Deus, despertando homens e mulheres para a tão grande, perfeita, segura e eterna salvação que há no Filho. As coisas daqui deste mundo, tão buscadas pela natureza corrompida, elas se perdem aqui mesmo. Nos planos da salvação Deus não lida com comida, casa, saúde, conforto terreno, etc. A salvação bíblica teve seu início na eternidade e seguirá eternidade à frente.
        Então, o que temos nas palavras daqueles que se arrependem e buscam a verdade é que eles buscam as soluções eternas e não temporárias. É o que vemos a seguir, que há neles um desespero por conhecer o Salvador: “...a salvação, e ela está longe de nós”. Será que podemos entender isso? Há um anelo no coração arrependido por conhecer Aquele que pode lhe tirar dessa vil condição na o pecado lhes colocou e de onde não poderão escapar, senão por mão forte e poderosa. É como alguém que está se afogando por não saber nada e que clama por alguém que lhe salve daquela situação. É como o aflito que sofre terríveis dores, e que clama pelo socorro médico.
        Mas o fato é que ninguém pode tirar o pecador dessa situação, senão um Salvador providenciado por Deus. Não há braço capaz de estender para romper os grilhões do pecado, tais grilhões são terríveis; não há força capaz de quebrar as barras de ferro que mantêm os pecadores aprisionados; não há força capaz de desbancar a poderosa morte, nem tapar a boca do abismo que espera os pecadores. Por esse fato é que os pecadores confessam essa verdade que está registrada em seus corações: “...esperamos a salvação, mas ela está longe de nós...”. Posso perceber como o forte humanismo que adentrou nas igrejas hoje tem feito tudo para abrandar a situação dos pecadores. Tudo hoje é feito de tal maneira que os pecadores acreditam que tudo está bem, somente porque aprenderam algumas lições doutrinárias, fazem parte de alguma igreja, etc.
        O que posso dizer acerca disso? Creio que tudo isso tem trazido ruina, ao invés de bênção. Qual a razão? É que não há mais pecadores à busca da salvação; não vemos qualquer disposição de pregar a mensagem da cruz e chamar os pecadores ao arrependimento. Quando os homens não veem sua condição terrível no pecado, então eles não verão qualquer necessidade de clamar por salvação. O que vemos como consequência é uma contínua busca por auto ajuda. Por mais religiosa que for; por mais conhecimento que o homem tiver acerca da bíblia, nada mudará o fato da sua condição tão vil diante de Deus. Por mais que Moisés amasse seus filhos, era necessário que ambos fossem circuncidados. Para Zípora, o Deus do seu marido era sangrento e cruel, mas a verdade é perpétua: “Sem derramamento de sangue não há remissão dos pecados”.

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