“Todos nós bramamos
como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece;
esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões
se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As
nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos
sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus;
pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que
concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs
de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode
entrar”. ISAÍAS 59:11-14
A CONFISSÃO
DESESPERADA DOS PECADORES
Estou chegando ao fim desta mensagem,
mas ela continua enchendo nossos olhos com a precisão da confissão tão bela dos
pecadores arrependidos. Todo meu esforço é para mostrar que é exatamente isso o
que Deus faz com os que são atraídos pela graça salvadora. Não me canso de
dizer o quanto precisamos de ver essa ação vivificadora do Espírito de Deus,
despertando homens e mulheres para a tão grande, perfeita, segura e eterna
salvação que há no Filho. As coisas daqui deste mundo, tão buscadas pela
natureza corrompida, elas se perdem aqui mesmo. Nos planos da salvação Deus não
lida com comida, casa, saúde, conforto terreno, etc. A salvação bíblica teve
seu início na eternidade e seguirá eternidade à frente.
Então, o que temos nas palavras daqueles
que se arrependem e buscam a verdade é que eles buscam as soluções eternas e
não temporárias. É o que vemos a seguir, que há neles um desespero por conhecer
o Salvador: “...a salvação, e ela está longe de nós”. Será que podemos entender
isso? Há um anelo no coração arrependido por conhecer Aquele que pode lhe tirar
dessa vil condição na o pecado lhes colocou e de onde não poderão escapar,
senão por mão forte e poderosa. É como alguém que está se afogando por não
saber nada e que clama por alguém que lhe salve daquela situação. É como o
aflito que sofre terríveis dores, e que clama pelo socorro médico.
Mas o fato é que ninguém pode tirar o
pecador dessa situação, senão um Salvador providenciado por Deus. Não há braço capaz
de estender para romper os grilhões do pecado, tais grilhões são terríveis; não
há força capaz de quebrar as barras de ferro que mantêm os pecadores
aprisionados; não há força capaz de desbancar a poderosa morte, nem tapar a
boca do abismo que espera os pecadores. Por esse fato é que os pecadores
confessam essa verdade que está registrada em seus corações: “...esperamos a
salvação, mas ela está longe de nós...”. Posso perceber como o forte humanismo
que adentrou nas igrejas hoje tem feito tudo para abrandar a situação dos
pecadores. Tudo hoje é feito de tal maneira que os pecadores acreditam que tudo
está bem, somente porque aprenderam algumas lições doutrinárias, fazem parte de
alguma igreja, etc.
O que posso dizer acerca disso? Creio
que tudo isso tem trazido ruina, ao invés de bênção. Qual a razão? É que não há
mais pecadores à busca da salvação; não vemos qualquer disposição de pregar a
mensagem da cruz e chamar os pecadores ao arrependimento. Quando os homens não
veem sua condição terrível no pecado, então eles não verão qualquer necessidade
de clamar por salvação. O que vemos como consequência é uma contínua busca por
auto ajuda. Por mais religiosa que for; por mais conhecimento que o homem tiver
acerca da bíblia, nada mudará o fato da sua condição tão vil diante de Deus.
Por mais que Moisés amasse seus filhos, era necessário que ambos fossem
circuncidados. Para Zípora, o Deus do seu marido era sangrento e cruel, mas a
verdade é perpétua: “Sem derramamento de sangue não há remissão dos pecados”.
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