“Todos nós bramamos
como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece/
esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões
se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As
nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos
sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus;
pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que
concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs
de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode
entrar”. ISAÍAS 59:11-14
CONFESSANDO A MANEIRA
CLARA COMO O PECADO DOMINA NO ÍNTIMO.
O texto de Isaías mostra a dramática
experiência vivida pelos eleitos em sua confissão íntima, quando enxergam seus
pecados no íntimo. Homens e mulheres quando são despertados por Deus logo
percebem o quanto o pecado aparece em sua forma hedionda, vil, enganadora e
perversa. O pecado é em essência injustiça e necessita ser julgado. Os eleitos
querem saber como tratar com o mal de uma forma correta, por isso eles
confessam: “...esperamos o juízo, mas ele não aparece. Sob o poder e escravidão
não temos nenhuma arma capaz de lidar com o pecado para puni-lo; somos escravos
dominados e eles exercem esse domínio no homem durante toda vida.
É quando Deus nos abre os olhos que vemos
o quanto o pecado nos impulsiona às más obras, que exige que nossos membros
sejam santificados para as obras de injustiça e para promover a maldade contra
outros. Foi essa verdade que nosso Senhor transmitiu aos judeus, naquele
magnifico capítulo 8 de João. Ele afirma que aqueles elementos arrogantes e
aparentemente espirituais não passavam de escravos do pecado (João 8:34). Paulo
experimentou isso e usou sua experiência para expor o capítulo 7 de Romanos.
Nota-se que Paulo já era um crente que agora percebia a realidade do poder do
pecado em seu corpo mortal. Os eleitos confessam isso e com os olhos da alma
abertos eles percebem esses inimigos agora como algozes, como criminosos rindo
da miséria deles e aguardando que sejam empurrados para o abismo e sofrimento
eterno: “...testificam contra nós”. Eis aí a triste realidade do pecado no
viver dos homens e são milhões que nada veem dessa tão triste condição na qual
o pecado lhes deixou.
Os eleitos também veem o pecado como
elementos que policiam suas vidas constantemente: “...estão conosco”. Um
prisioneiro de guerra contou que foi mantido numa cela onde o único acesso de
luz era um buraco na porta, onde um olho permanecia fixado nele dia e noite.
Não é assim o pecado quando visto como pecado? Os homens pensam que suas
maldades lhes abandonam e o que ficou para trás é como leite derramado. Mas
quanto engano! Os eleitos, pela maravilhosa atuação da graça começam a
revirar-se em seus túmulos; começam a ver que realmente não tem qualquer saída
para eles e que os poderes do mal tomaram seus olhos, ouvidos, mãos, boca, pés,
etc. que não são livres e que não podem subir para o céu. Por isso eles clamam
contando a situação deles.
Também, a experiência é dramática e
amarga: “Conhecemos as nossas iniquidades”. Que confissão impressionante,
porque não é algo comum no meio dos homens. Antes eles diziam que o pecado não
era inimigo; que eles tinham direito do que faziam; que não eram transgressores
e que podiam viver do jeito que bem queria, porque simplesmente se sentiam
felizes. Mas agora eles veem seus pecados sem máscaras. Aquela face de amizade
e de conselheiros desaparece e eles veem quem são os elementos que lhes
colocaram como réus e dignos do inferno.
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