terça-feira, 12 de maio de 2020

A PAZ QUE É PERMANENTE (8)



“ Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não dou como a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27)
A PAZ QUE O SENHOR OFERECE AOS PECADORES: “A minha paz...”
        É tão dinâmica e poderosa a paz que Cristo dá aos Seus santos que nossas palavras são simplórias e incapazes de explicar. Tudo o que posso fazer aqui é lutar no uso das Escrituras, a fim de expandir essa dinâmica paz, porque sabemos que ela vem de uma totalidade das perfeições da obra salvadora do nosso Senhor. Ninguém pode sobreviver sem paz, especialmente quando a alma se vê nesse conflito e longe de Deus. Devido a ausência do evangelho fortemente bíblico que reflete a glória de Cristo, tudo tem sido feito ultimamente para abrandar homens e mulheres que se dizem crentes, mas que vivem sem paz. É o caso de suicídios de muitos “crentes”. Quem tira sua própria vida é alguém que não tem paz no íntimo, Cristo não reina em seu coração e não passa de um assassino. Deixo o assunto para tratar noutra ocasião.
        “Paz” significa que a pessoa experimenta vitória num mundo conturbado, e a paz de Cristo tem esse objetivo. Como podemos enfrentar este mundo conturbado por guerra e diversos conflitos? Como enfrentar os perigos, os males, as maldades, as atividades impiedosas dos homens neste sistema chefiado pelo cruel príncipe mundano? Ter paz não significa que sairemos do local de batalha; não buscaremos distanciar-nos desse burburinho terreno. Os crentes trabalham, estudam e luta para obter o sustento. “Paz” significa que não há tormenta no íntimo, que há um governo perfeito e justo no coração. Notemos bem que não estou afirmando que há haverá tranquilidade física, na mente e nas emoções. A paz do coração ensina que da parte de fora há alguém que ousaremos buscar em meios as lutas, dores e choro. A paz que vem do glorioso Príncipe da paz há de governar as ações externas. Paulo fala sobre isso em 2 Coríntios em todo capítulo 1, quando testemunha acerca dos sofrimentos e perigos de morte que enfrentavam, mas sabiam que o resultado de todo sofrer era o gozo da consolação. Poderia desenvolver mais esse assunto, mas findarei aqui.
        Também, a paz que Cristo dá aos pecadores os leva à experiência de ter a convicção de ir morar com Ele no céu. Quando os crentes cantam: “Eu salvo das penas eternas já sou” significa que há paz sim. Cristo não deu uma falsa certeza de salvação; Ele não conquistou uma salvação hipotética, mas sim real e segura: “Agora pois já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1) e esse assunto é bem desenvolvido e apreciado pelos crentes em todo capítulo 8 dessa bendita carta. Há grupos que creem, “sem qualquer base segura nas Escrituras) que o crente pode perder a salvação. Esse ensino é fruto de um evangelho falso e fundamentado nas obras dos homens. Os que aceitam essa heresia são vistos como pessoas aflitas, que procuram atividades para se sentirem em paz. Quando a salvação é vista como uma experiência do livre-arbítrio, então a salvação bíblica será um tremendo peso para a alma insegura. A paz real nos faz sentir seguros em seguir o Senhor que jamais nos abandonará; que afirma ter Suas ovelhas seguras em Sua mão e na mão do Pai (João 10:28,29) e que Ele não foi preparar em vão um lugar para Seus santos (João 14).
        Finalizo esta página tratando da última lição que trata do fato que a paz dada pelo Senhor leva o pecador à experiência que o Senhor cuida dele. (Fil. 4:6,7). Já falei muito sobre a paz recebida na salvação e a paz conquistada no dia a dia. O que vemos em Filipenses é Paulo tratando dessa conquista contínua. Observemos a letra de um antigo hino: “Vem dar-me paz, ó meu Jesus, dá-me teu braço ó Cristo. Vou perecendo longe da cruz e eu em clamar insisto”. O escritor está falando dessa paz que ele deseja obter no meio das aflições na jornada, na busca por santidade e na vitória contra o mal.

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