“Todos nós bramamos
como ursos e gememos como pombas; esperamos o juízo, mas ele não aparece;
esperamos a salvação, mas ela está longe de nós. Porque as nossas transgressões
se multiplicam diante de Ti, e os nossos pecados testificam contra nós. As
nossas transgressões estão conosco, e conhecemos as nossas iniquidades. Temos
sido infiéis e mentimos contra o Senhor; nós nos afastamos do nosso Deus;
pregamos a opressão e a rebeldia; proferimos palavras de falsidade que
concebemos em nosso coração. Por isso o direito se retirou e a justiça se pôs
de longe, porque a verdade anda tropeçando pelas praças, e a retidão não pode
entrar”. ISAÍAS 59:11-14
CONFESSANDO A MANEIRA
CLARA COMO O PECADO DOMINA NO ÍNTIMO.
Também, na confissão de homens e
mulheres arrependidos vemos o que o texto que há provas de ingratidão naquilo
que fala: “... falamos a opressão e a rebelião...” Uma das terríveis provas da
depravação total é a revolta, em lugar de satisfação. O pecado se manifesta num
firme propósito de seguir nosso caminho em busca de nossos projetos; o pecado
endeusa nosso ego e nos faz sentir fortalecidos em caminhar pelo caminho, sem
importar as consequências. Para milhares de Israelitas que saíram do Egito,
eles se sentiram que saíram do paraíso, não obstante seus sofrimentos na
terrível escravidão. Aquela vida cheia de opressão, angústia e dor era
compensada pelas panelas cheias de carne e de todo tipo de legume que comiam, a
fim de serem mantidos fortes para o sofrimento diário nas fornalhas.
Almas arrependidas reconhecem isso, que
de seus lábios não saem contentamento, ações de graças nem louvores ao Senhor.
Eis aí a natureza arrogante e apóstata do pecado. Se a vida estiver boa, com saúde,
comodidade e confortos terrenos nem sequer há lembrança de que da mão de Deus
essas coisas vêm. Deus anunciou a Israel as maldições que cairiam sobre a nação
por causa da rebelião contra Ele, mesmo em face de tantos privilégios
(Deuteronômio 28). Eles entrariam na terra prometida, teriam tudo de mãos
beijadas por assim dizer, mas nem sequer eles lembrariam de adorar ao Senhor,
servi-Lo com alegria e humildade.
Quando não há conversão sincera essa
disposição pervertida e ingrata é vista no viver. A ausência proposital aos
cultos; a falta de gratidão vista nas horas da refeição; a ausência da glória
vista numa festa de aniversário; a avareza quanto a fidelidade financeira, etc.
Tudo isso é mostrado no estilo de vida. Mas é importante que saibamos que a
ousadia de desafiar Deus acontece quando as coisas ficam difíceis. Os lábios
pronunciam palavras torpes, xingamentos, o viver manifesta revolta e os sinais
de brigas e discussões aparecem. Isso é antigo, porque começou na queda. Nós
queremos luz, vida, alegria, prazer, amizades, sustento, tudo brilhando à nossa
frente, mas não queremos a presença de um Deus que venha estorvar nossa festa. Por
isso, quando a escuridão surge, a tendência é mostrar que o culto do pecado é
chamado de culto da revolta.
Encaremos o Salmo 106. Ali é a forma
como o Espírito Santo conta como é que funciona a natureza humana, com profunda
ingratidão, mesmo em face de tamanhas demonstrações da bondade, longanimidade e
fidelidade de Deus em prover sustento para Seu povo. Quando homens e mulheres
se convertem a Deus eles chegam ao Salvador cheios de humildade e disposição de
ações de graças. Deus tem prazer em almas que chegam a Ele nesse estado de
espírito, dizendo: : “... falamos a opressão e a rebelião...”. Que confissão! Que
milagre da graça! Diante dessa exibição o mundo fica perplexo, porque não é
algo natural visto aqui.
Quanto amor demonstra o Senhor por
pecadores que se achegam a Ele de todo coração. Essa confissão vista em Isaías
59 mostra que são esses os pecadores que Cristo jamais os lançará fora, porque
são esses que o Pai entrega ao Filho.
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